sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

TECNOLOGIA

WhatsApp cria verificação em duas etapas; entenda recurso que pode apagar conta e mensagens

Processo aumenta segurança no acesso ao serviço de mensagens instantâneas.






WhatsApp cria verificação em duas etapas; recurso pode apagar conta ou deletar mensagens; entenda
O WhatsApp anunciou nesta quinta-feira (9) a criação de um processo de verificação de número em duas etapas, que aumenta a segurança do aplicativo de bate-papo. A novidade chegará às plataformas iOS, Android e Windows em breve.
Uma vez que o recurso for ativado, todas as vezes em que o número de telefone associado ao WhatsApp tiver de ser verificado, o usuário terá de inserir um código de seis dígitos criado por ele.
Quando tem de verificar um número, o WhatsApp exige que o usuário insira um número de celular para o qual um código é enviado. Além da sequência de números recebida por SMS, o usuário terá de criar uma senha.
A verificação em duas etapas já funciona em uma série de serviços conectados para dificultar acessos indevidos e, assim, ampliar a segurança a programas e aparelhos.
O usuário poderá ainda incluir um endereço de e-mail ao seu perfil no WhatsApp. Caso esqueça sua senha, poderá solicitar o envio de um link para desativar a verificação em duas etapas. “Assim você não corre o risco de ficar sem acesso a sua conta caso se esqueça de seu código de acesso”, explica o WhatsApp.

Passo-a-passo para ativar a verificação em duas etapas

  1. Abra o aplicativo e vá até a aba “Configurações”;
  2. Escolha o item “Conta”;
  3. Selecione “Verificação em duas etapas”;
  4. Clique em “Ativar”.

Segurança

Antes mesmo de liberar o recurso de segurança, o serviço de mensagens instantâneas já prevê que golpes possam ser aplicados. Por isso, informa que usuários que recebam e-mails para desativar a verificação em duas etapas, mas não se lembrem de terem solicitado esses envios, devem ignorar a mensagem e não clicar no link. “Alguém pode estar tentando registrar o seu número no WhatsApp”, explica a empresa.
Para aqueles que optarem pelo recurso de segurança, o WhatsApp pedirá de tempos em tempos que insiram o código – isso só deixa de ocorrer se toda a verificação for desativada.

Restrições podem apagar conta

Quem ativar a verificação em duas etapas melhora a segurança do acesso à conta do WhatsApp, mas terá de ficar atento às regras da nova ferramenta. A desativação do recurso ou a não inserção da senha pode fazer com que as mensagens sejam apagadas e até levar à desativação da conta.
  1. Reverificação: uma vez que a verificação em duas etapas seja ativada, não é possível reverificar o número de telefone com o WhatsApp em até sete dias após usar o WhatsApp sem código de acesso.
  2. Sem senha, sem e-mail: aqueles que esquecerem a senha de acesso mas não tiverem adicionado um endereço de e-mail para desativar a verificação não conseguirão reverificar o número de celular com o WhatsApp dentro de sete dias a partir do último dia em que o WhatsApp foi usado pela última vez.
  3. Mensagens apagadas: Após o período de sete dias, os usuários que tiverem esquecido a senha e não tiverem cadastrado um endereço de e-mail poderão voltar a fazer a verificar no WhatsApp com número de celular e sem o código de acesso. Só que as mensagens pendentes (aquelas que não haviam sido enviadas ou haviam chegado) serão apagadas.
  4. Conta apagada: Se o usuário fizer a reverificação do número de celular no WhatsApp após 30 dias da última vez o usou o app sem o código de acesso, a conta será apagada. Uma nova será criada após a reverificação. O WhatsApp não informa se a nova conta terá os dados da antiga, como grupos, contatos e conteúdos compartilhados.


POLITICA

Eike, Cabral e Adriana Ancelmo viram réus na Operação Eficiência

Outras seis pessoas também vão responder ao processo, que é um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.MPF pediu pena superior a 40 anos de prisão.







O ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o empresário Eike Batista e mais sete pessoas viraram réus nesta sexta-feira (10) no Rio de Janeiro na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato, após o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitar denúncia do Ministério Público Federal contra os acusados.
Além de Eike e Cabral, também viraram réus no caso a mulher do ex-governador do Rio, Adriana Ancelmo; Wilson Carlos, ex-secretário de Governo; Carlos Miranda, suspeito de ser operador do esquema; Flávio Godinho, ex-sócio de Eike, Luiz Arthur Andrade Correia, Renato Chebar e Marcelo Chebar, apontados como operadores financeiros no esquema.
G1 procurou os advogados de defesa de Cabral, Adriana Ancelmo, Eike Batista, Flávio Godinho, Carlos Miranda e Wilson Carlos e, até as 20h30, nenhum deles atendeu as ligações. As defesas de Luiz Arthur Correia e de Renato e Marcelo Chebar não foram encontradas.
Na decisão, o juiz Marcelo Bretas aceitou a denúncia oferecida nesta sexta-feira pelo MPF dos nove acusados por cinco crimes.
Esta é a segunda vez que Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, se tornam réus na Operação Lava Jato. Em dezembro, o ex-governador e a ex-primeira-dama viraram réus em Curitiba, após decisão do juiz federal Sérgio Moro.
Eike é acusado de cometer dois crimes de corrupção ativa e um de lavagem de dinheiro. Já Cabral foi denunciado por dois atos de corrupção passiva, dois de lavagem de dinheiro, além de um de evasão de divisas.
Segundo os procuradores, a pena de Eike pode chegar a 44 anos e a de Cabral a 50, caso eles sejam condenados por todos crimes denunciados. A legislação brasileira, porém, limita o cumprimento de pena a 30 anos.
Réus na Operação Eficiência
  • Sérgio Cabral, ex-governador do Rio: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
  • Adriana Ancelmo, mulher de Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Wilson Carlos, ex-secretário de Governo: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Carlos Miranda, suspeito de ser operador do esquema : corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Eike Batista, empresário: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • Flávio Godinho, ex-sócio de Eike: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • Luiz Arthur Andrade Correia: lavagem de dinheiro
  • Renato Chebar, operador financeiro: lavagem de dinheiro e evasão de divisas
  • Marcelo Chebar, operador financeiro: lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Na última quarta (8), a Polícia Federal tinha indiciado 12 pessoas na Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Mas nem todas elas foram denunciadas pelo MPF. Entre as que ficaram de fora, estão os operadores Luiz Carlos Bezerra e Sérgio de Castro Oliveira, a ex-mulher de Cabral, Susana Neves Cabral, e o irmão de Cabral, Mauricio de Oliveira Cabral Santos.
As investigações continuam e mais pessoas ou crimes ainda podem ser denunciados pelo MPF.
O que diz a denúncia
O MPF investiga dois pagamentos suspeitos feitos por Eike Batista ao ex-governador. O primeiro deles, de US$ 16,5 milhões, se refere a um contrato falso de intermediação da compra de uma mina de ouro. Outro, revelado nesta sexta, seria de R$ 1 milhão a ex-primeira dama e mulher de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo. O escritório de advocacia dela teria recebido a propina numa simulação de prestação de serviços através da EBX, uma das empresas do conglomerado do empresário.
De acordo com os procuradores, ainda não é possível dizer quais negócios de Eike foram favorecidos por causa dos repasses ao grupo do ex-governador.
O pagamento a Adriana Ancelmo foi feito por meio de transferência bancária. Segundo os investigadores, advogados que trabalhavam no escritório dela há anos disseram que jamais haviam prestado serviço para a empresa de Eike.
Em operação de busca e apreensão no escritório, também não foram encontrados documentos relativos à EBX, segundo o Ministério Público Federal do Rio.
Adriana Ancelmo está presa desde 6 de dezembro do ano passado, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A prisão é a mesma onde está o marido. Ela foi detida na Operação Calicute suspeita de lavar dinheiro e ser beneficiária do esquema de corrupção comandado por Cabral.
Desde que foi preso, em 30 de janeiro deste ano, Eike Batista já foi levado duas vezes a prestar depoimento à Polícia Federal, mas segundo seu advogado, Fernando Martins, ele se manteve calado, reservando-se o direito de falar apenas em juízo. Ainda segundo Martins, o empresário disse apenas que desconhecia o repasse de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Cabral.

POLITICA

Planalto defende nomeação de Moreira e diz ao STF que não há desvio de finalidade

Ministro Celso de Mello pediu informações ao presidente Michel Temer sobre a nomeação de Moreira Franco para a Secretaria-Geral; posse se tornou alvo diversas ações judiciais.







O presidente Michel Temer enviou nesta sexta-feira (10) resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual defendeu nomeação de Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência.
Na manifestação, composta pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pela Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, o governo diz que a posse do ministro não incorreu em "desvio de finalidade" e deve ser mantida pela Corte.
O documento contesta duas ações apresentadas pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL ao STF nas quais os partidos pedem a anulação da nomeação, argumentando que o ato só ocorreu para dar a Moreira Franco o chamado "foro privilegiado" – direito de ser investigado no STF.
Moreira Franco foi nomeado dias após a homologação da delação premiada da Odebrecht. Ele teve o nome citado em depoimentos de ex-executivos do grupo que colaboram para a Operação Lava Jato. Para a Rede, por exemplo, tratou-se de uma "artimanha" do presidente Michel Temer.
Em favor do ministro, a AGU argumentou que ele é protegido pela chamada "presunção da inocência" e, por isso, não se poderia inferir que a nomeação visou lhe privilegiar numa eventual investigação.
"A existência de qualquer vício no ato administrativo não passa de mera elucubração. Não há qualquer investigação em curso contra o ministro e, conforme a jurisprudência desse Supremo Tribunal Federal, o impedimento a acesso a cargos públicos antes do trânsito em julgado de sentença condenatória viola o princípio da presunção de inocência", diz a peça.

Lula na Casa Civil

No documento enviado ao Supremo, o governo também rebateu a tentativa dos partidos de oposição de comprar a posse de Moreira à do ex-presidente Lula, em 2016, como ministro da Casa Civil - a posse do petista foi suspensa pelo STF.
A AGU argumentou que Lula, quando foi nomeado ministro, já era alvo de investigações e estava prestes a ser denunciado à Justiça, enquanto Moreira Franco não é investigado, mesmo que citado em delação.
"Descabe impedir a assunção de cargo político por indivíduo que já exerce atividade de relevância no governo, sem conhecimento de qualquer prática de ato que lhe desabone negativamente, não bastando para o acolhimento do pleito notícia de fatos que sequer constituem prova, mas sim meios destinados à sua obtenção", diz a manifestação da AGU.
Com a manifestação em mãos, o relator das ações contra Moreira Franco no STF, Celso de Mello, só deverá decidir sobre a nomeação a partir da próxima segunda-feira (13). Segundo a assessoria do STF, o ministro não deverá tomar qualquer decisão no fim de semana.

Entenda o caso

Até a semana passada, Moreira Franco era o secretário-executivo do Programa de Parcerias para Investimentos, cargo que não tinha status de ministro. No último dia 2, o presidente Michel Temer recriou a extinta Secretaria-Geral da Presidência e nomeou Moreira para o cargo.
Com a posse, Moreira Franco passou a ter o chamado foro privilegiado, quando uma pessoa só pode ser processada no STF e só pode ser investigada com autorização da Corte.
Moreira é citado na delação do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho no âmbito da Operação Lava Jato e, segundo o próprio ministro, a nomeação dele não teve outro objetivo a não ser "fortalecer" a Presidência.

Cronologia

Entenda abaixo o que aconteceu desde que Moreira Franco foi anunciado ministro da Secretaria-Geral:



POLITICA

Em parecer, relator Braga vê qualificação em Moraes para ser ministro do STF

Senador do PMDB apresentou relatório à CCJ e avaliou que o indicado por Temer demonstra 'formação técnica adequada' para ocupar uma cadeira no Supremo.









O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) afirmou, em relatório entregue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que Alexandre de Moraes é qualificado para ocupar a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Teori Zavascki, que morreu no mês passado.
Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer e será submetido a uma sabatina na CCJ. Posteriormente, caberá ao plenário do Senado decidir se aprova ou não a indicação.
"O indicado apresentou [...] argumentação sucinta em que demonstra ter experiência profissional, formação técnica adequada e afinidade intelectual e moral para o exercício da atividade", diz trecho do relatório de Eduardo Braga, protocolado nesta quina (9).
No parecer, o senador apresentou o currículo de Moraes e reuniu manifestações de associações de juristas favoráveis ao nome do ministro licenciado da Justiça.
O relatório de Eduardo Braga será apresentado aos demais integrantes da CCJ na próxima terça (14), segundo o site oficial da CCJ.
Depois disso, será concedida a chamada vista coletiva, ou seja, tempo para os senadores da comissão analisarem o relatório. Então, será feita a sabatina e a votação na CCJ.
Independentemente do resultado da votação na comissão, a indicação de Moraes terá de ser analisada pelo plenário do Senado e, para ser aprovada, precisa do apoio de, pelo menos, 41 dos 81 senadores.

A sabatina

À TV Globo, o presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), disse que pretende realizar a sabatina de Moraes no próximo dia 21, com o objetivo de viabilizar a votação em plenário no dia 22.
"Como o relatório [de Braga] ficou pronto ontem [quinta,9] [...], nós resolvemos antecipar por um dia essa providência [a apresentação do relatório] e, antecipando por um dia, anteciparei por um dia também lá na frente [a sabatina]", disse Lobão.
"Como estamos prevendo um longo debate, uma sabatina que pode se estender pela tarde toda e até, se for o caso, pelo começo da noite. Se deliberarmos terça-feira [21, na comissão], o plenário ficará em condições de votar na quarta [22]", acrescentou.