sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

ESPORTES

Potência e casa de atletas olímpicos, São Caetano encerra time profissional


Depois de fazerem bingo e área vip em 2016 para manterem equipe de handebol 3ª colocada na Liga Nacional, jogadores ficaram desempregados após decisão da cidade


Dentro de quadra, o handebol masculino brasileiro vive talvez o seu melhor momento na história. Recheado de jovens valores, a equipe fez uma grande Olimpíada no Rio de Janeiro, indo pela primeira vez às quartas de final. No último Mundial, na França, em janeiro, o grupo caiu para a Espanha por apenas um gol, nas oitavas de final, voltando a vencer times europeus, o que antes era inimaginável. Internamente, porém, os clubes brasileiros ainda caminham com dificuldade e 2017 começou com mais uma vítima. O São Caetano, terceiro colocado na última Liga Nacional e casa de jogadores campeões Pan-Americanos, com experiência em Olimpíadas e Mundiais, encerrou suas atividades, deixando 19 jogadores e comissão técnica desempregados.
O time era bancado pela Prefeitura de São Caetano do Sul e com a mudança da gestão municipal, a Secretaria de Esportes optou por cancelar os investimentos na equipe profissional, mantendo apenas o trabalho com a base e a equipe feminina da cidade. Jogadores como Japa, atleta de Mundial, Pan-Americano e Olimpíada, Diogo Hubner, que jogou a Rio 2016 pela seleção brasileira, e Bruno Santana, experiente central que já foi eleito o melhor do mundo em sua posição, tiveram que buscar outros caminhos. Outros atletas, porém, não tiveram a mesma sorte e seguem desempregados.
Equipe de São Caetano teve suas atividades encerradas após terceiro lugar na Liga Nacional (Foto: Divulgação)Equipe de São Caetano teve suas atividades encerradas após terceiro lugar na Liga Nacional (Foto: Divulgação)
Em 2016, o projeto que custava cerca de R$ 300 mil já havia sofrido redução de custos. Após a formação do time e a contratação de jogadores que fizeram a cidade tornar-se uma das favoritas ao título, a administração anterior determinou um corte de 40% no investimento. Para manter o time na Liga e conquistar o terceiro lugar, os jogadores se uniram e fizeram de tudo. Organizaram bingos, financiamento coletivo, passaram a vender comes e bebes e criaram até uma área vip no ginásio da cidade. Até o técnico Washington Nunes, hoje treinador da seleção brasileira e à época auxiliar de Jordi Ribera no Brasil, colocou a mão na massa. O trabalho rendeu quase R$ 25 mil, insuficiente para cobrir o rombo, mas deu sobrevida ao projeto, que meses depois, após toda luta, chegou ao fim.
- Simplesmente nos passaram que tinha acabado o projeto, o time, por problemas de dinheiro. Sempre tem uma desculpa. Mas o projeto era barato. Era  terceira melhor equipe do país. A maioria das equipes depende do poder público. Isso é ruim. Os caras decidem cortar as verbas e o mais fraco é cortado. Nunca é tirado dos políticos, dos comissionados. De nada. Vereador não quer baixar o seu salário. E ficamos na mão deles administrarem o esporte. Eu temo que a Liga daqui um tempo não tenha mais times. No Brasil, temos dois, no máximo três times que conseguem se sustentar e em algum período eles também contam com problemas financeiros. São Caetano, por exemplo, sempre foi potência - explicou Japa, acreditando que a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) poderia auxiliar mais na busca por patrocínios privados, na melhoria das categorias de base e também no custo operacional da Liga Nacional - hoje a entidade subsidia os clubes na fase final do torneio.
CONFEDERAÇÃO EXPLICA DIFICULDADES
Pinheiros e São Caetano na semifinal da Liga Nacional de handebol (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)O Pinheiros é um dos poucos times que seguem investindo (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)
A secretaria de esportes de São Caetano do Sul afirmou não ter um posicionamento sobre o fim da equipe. Argumentou que teve um corte de 34% da verba destina a pasta, e redução de 53% para os esportes de alto rendimento. Assim, teve que rever os custos das modalidades, pois a prioridade da Secretaria é arcar com a folha de pagamento, com  cerca de 100 professores concursados, e dar continuidade as categorias de base. 
Gestora da Liga Nacional, a CBHb explicou que não tem condições financeiras de financiar todas as despesas e investimentos das equipes inscritas na entidade. Mas garantiu que busca formas de auxiliar os clubes na busca por esses recursos. Lembrou também que o Brasil passa por uma crise no esporte após a Rio 2016, além da crise financeira e política nacional, e ressaltou que já passou para os clubes uma previsão de datas da Liga 2017, para que todas as equipes possam se programar melhor.
- A CBHb promove ações que auxiliam no crescimento dos clubes, seja por meio da transmissão televisiva de competições como a Liga Nacional, promoção dos eventos e pagamento de toda a arbitragem, por exemplo. No caso específico da Liga Nacional, as fases semifinais e finais são totalmente custeadas pela entidade, com despesas de transporte, hospedagem e alimentação. Além disso, a CBHb tem projetos no mercado para proporcionar ajuda para reduzir custos dos participantes - disse parte do comunicado da CBHb.
APENAS QUATRO JOGADORES CONSEGUIRAM OUTRO TIME
Dos 19 jogadores do elenco do São Caetano, apenas três conseguiram encontrar um novo time para 2017. São eles Roney, Bruno Santana, Diogo Hubner e Cauê Herrera. Em 2016, a Liga Nacional teve 31 equipes inscritas, de 14 estados. A maioria, porém, é amadora. O grosso do investimento no esporte está no interior de São Paulo, com o Taubaté, o Pinheiros na capital, e o time de Maringá, no Paraná. O torneio foi disputado entre 27 de agosto a 10 de dezembro, dividida em três Conferências. As três regiões jogaram a primeira fase entre si e se cruzaram a partir das quartas de final. As semifinais e finais foram disputadas em local único.
Diogo Hubner, central Brasil HandBol (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)Diogo Hubner é um dos poucos que conseguiu emprego para 2017 (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)
Para 2017, a CBHb ainda não oficializou a data do início do torneio, mas o formato agradou aos clubes. Para Diogo Hubner, que se aposentou da seleção após a Olimpíada e foi um dos que conseguiram emprego - agora defende o Pinheiros -, a situação é preocupante para a modalidade, além de triste pela família dos que ficaram sem emprego.
- Temos que ter uma preocupação com a situação do handebol internamente. Fica muito difícil para as equipes se organizarem para captar recursos se elas não têm o mínimo de informação. Um exemplo são os calendários. Não sabemos como serão e nem as datas das competições desta temporada. Sempre falei isso e repito. Enquanto não formos um produto rentável, onde empresas vislumbrem um mercado interessante, continuaremos nessa situação. A grande maioria das equipes depende de prefeituras, o que sabemos que é sempre complicado.
Tenho muitos colegas desempregados. Isso é péssimo para todos nós da comunidade do handebol - disse Diogo.
Washington Nunes técnico seleção brasileira masculina handebol (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)Washington Nunes era o técnico do São Caetano (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)
Ex-treinador da equipe e hoje técnico da seleção brasileira, Washington Nunes foi pego de surpresa. Ele já não ficaria no projeto, mas a última que conversa que teve com a administração anterior, o bom momento do time foi elogiado e a promessa da secretaria de esportes era de que seria mantido e quem sabe até ampliado, o que não aconteceu.
- Fomos surpreendidos. Até 2009, a equipe de São Caetano era uma das melhores da Liga Nacional. Resolveram diminuir a verba, e passamos a ter um time sub-21. Depois entrou um novo projeto, e recomeçamos. Era um projeto extremamente baixo, alguns meninos não ganhavam nada. Em 2015, voltamos a ter uma equipe mais competitiva. No ano passado, recebemos a informação que teríamos um investimento maior, montamos a equipe e um mês depois veio a notícia de corte de 40% do investimento. Agora, com a mudança da secretaria, do prefeito, tudo que foi conquistado, criado dentro desse projeto, da credibilidade, jogaram tudo fora. Mesmo que retornem, será bem difícil jogar em São Caetano pela perda da credibilidade. Além disso, muitos jogadores estão sem emprego. Para a modalidade é muito ruim. Infelizmente a gente sabe que tem estados e cidades que não estão pagando seus funcionários, mas ao mesmo tempo esse tipo de investimento não chega a ponto de comprometer o orçamento e tinha todo um envolvimento com a comunidade de São Caetano - garante Washington.
FONTE:G1 GLOBO

ESPORTES

Cielo retoma treinos após pausa, se anima e pode voltar a competir



Cesar Cielo está de volta às piscinas, mas ainda não para competir. Desde o dia 7 de janeiro o tricampeão mundial e campeão olímpico dos 50 m livre tem pegado pesado nos treinamentos. Ao lado de Felipe França, está fazendo suas atividades no Centro Olímpico de São Paulo. São trabalhos na água e também na academia.
Cielo está sem clube - uma vez que seu contrato com o Minas acabou no dia 31 de dezembro - e sem nenhum técnico para orientá-lo em São Paulo. Está seguindo um programa de treinos enviado dos Estados Unidos por Scott Goodrich, seu treinador na última parte do ciclo olímpico da Rio-2016.
O nadador também está passando por uma série de avaliações coordenadas pelo biomecânico Augusto Carvalho Barbosa, diretor da Meazure Ciências do Esporte, empresa que fornece serviços de consultoria científica para o Comitê Paralímpico Brasileiro e algumas das principais equipes de natação do país. 
Ele inclusive publicou um vídeo de uma das avaliações biomecânicas em seu perfil no Instagram. "Pra turma que perguntou sobre o vídeo, esse é um teste de força. A gente consegue medir quantos Kg eu gero durante o nado. Mas esses dados a @meazure.pro mantem em sigilo haha!", escreveu para explicar a postagem.
O nadador de 30 anos não está dando entrevistas e nem tem comentado abertamente com as pessoas sobre seu retorno às competições, mas tem dado sinais de animação com os treinos em suas redes sociais. 
"Bora treinar!!! Vamos pra cima!", escreveu em uma das suas publicações. "Vamos em busca dos mínimos detalhes! ", disse em outra. As publicações têm empolgado os fãs, que pedem o seu retorno. 
"Não fico comentando com ele (sobre uma volta), mas ele está focado nos treinos. Não sei ainda o que vai acontecer, mas estamos treinando para ficar preparados pelo que vem pela frente. Desde que começamos a treinar, estamos numa crescente", contou ao UOL Esporte Felipe França.
O nadador, que é amigo de Cielo, afirmou que vê o companheiro bastante animado. "Sinto que ele está feliz com esta nova fase da vida, sendo pai. Está sabendo conciliar bem as coisas", afirmou.
"Ele ficou um tempo parado e isso dificulta um pouco as coisas neste início de trabalho. Mas em qualquer treino, ele avança de uma maneira que pessoas que ficam anos treinando não conseguem. Mas agora vai dele estabelecer um foco", completou.

Cielo ao lado de Felipe França e biomecânico durante avaliação
Cielo anunciou a pausa na carreira, mas descartou a aposentadoria no dia 12 de outubro do ano passado. Ele não nada uma competição oficial desde o Troféu Maria Lenk de 2016, competição na qual acabou não obtendo a classificação para os Jogos do Rio.
O nadador tem feito algumas clínicas e na terceira semana de janeiro esteve na Argentina para nadar um desafio contra o argentino José Meolans. Foram disputas em piscina e mar aberto.
Neste ano, a principal competição da natação é o Campeonato Mundial de Budapeste (HUN), entre os dias 14 e 30 de julho. Caso Cielo deseje disputar a competição para buscar o seu quarto título dos 50m livre precisará obter a classificação no Troféu Maria Lenk, que ocorre em abril. 
FONTE:ESPORTE UOL

ESPORTES

Em preparação para 'desafio' na NBA, Oscar diz: 'Treinar é difícil, mas vou tentar ser o melhor'



Sentado em sua sala de troféus, Oscar espera para receber seu par de adidas Harden Volume 1, de tamanho 49. O mesmo modelo que usará para participar do jogo das celebridades do All-Star Weekend, em Nova Orleans, no dia 17 de fevereiro, com transmissão da ESPN e do WatchESPN, a partir das 22h (horário de Brasília).
Logo ao lado do lugar onde Oscar conversa com a imprensa, uma quadra de basquete. É nela que o antigo ala da seleção brasileira faz seus treinamentos para o que ele chama de desafio: sua "estreia" nas quadras da NBA.
"A rotina de treinos é difícil. Como eu treinava tudo aquilo? Não dá para acreditar", brinca ele sobre seu passado no esporte. "É difícil demais, e eu não estou nem correndo. Se fosse correr, a situação iria piorar muito", disse.
Oscar teve seu nome chamado no draft de 1984 da NBA, considerado por muitos como o mais estrelado da história. Entre os que entraram na liga naquele ano, Michael Jordan, Hakeem Olajuwon, Charles Barkley e John Stockton. O brasileiro foi selecionado pelo então New Jersey Nets, apenas na 6ª rodada. Para seguir com a seleção, ele recusou a chance.
 
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Oscar, após ter vencido luta contra a morte: 'Esse tumorzinho de m... não vai me derrubar'
"Passei perto, mas não aceitei. Eram outros tempos, era proibido jogar lá", lembra Oscar. "Se jogasse um jogo, não poderia nunca mais jogar na seleção brasileira. Infelizmente a regra era essa e eu tive que dizer não para continuar com a seleção", afirmou.
"Mas agora, jogar esse jogo, não vai ter responsabilidade para os outros. Eu vou ser o MVP do jogo. Quero ser o melhor jogador do jogo mesmo. Vou lá para jogar, não vou para me divertir. Vou para jogar e mostrar para todo mundo que eu deveria estar jogando lá", garantiu Oscar, dono de 49.737 pontos na carreira.
Apesar de ser firme ao falar que será o melhor da partida, Oscar, aos 58 anos, sabe que a missão não será tão simples. "É muito difícil treinar basquete, difícil mesmo. E só estou fazendo séries de arremesso. Mas mesmo assim vou chegar lá e tentar ser o melhor jogador."
 
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Oscar explica o motivo de ter usado a camisa 14, número que acabou 'roubando' de Agra
Além de mirar no prêmio de MVP, ele não irá para os Estados Unidos apenas para ser homenageado. Irá aproveitar para encontrar alguns de seus ídolos.
"Gostaria muito de encontrar o Larry Bird, meu ídolo de vida. E o Kobe Bryant. Duas pessoas maravilhosas, gosto muito delas. Não digo que amo, porque só amo uma pessoa. De repente ela fica com ciúmes. Mas esses dois caras são dois fenômenos", brincou ele ao lembrar de sua esposa, Maria Cristina.
 
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'Não me arrependo', diz Oscar sobre recusa à NBA após Jogos Olímpicos de 1992
Ao pisar em quadra, no dia 17, Oscar realizará um de seus sonhos. E terá a chance de mostrar para a NBA parte daquilo que eles perderam por tantos anos, seu basquete.
Esse fato histórico vai se transformar em um documentário realizado pela ESPN em parceria com a Budweiser, chamado "A Estreia", que irá ao ar em março nos canais ESPN.
 
FONTE:SPN

AGRONEGOCIO


 AGRONEGÓCIO

Além da agricultura e pecuária, o agronegócio inclui as atividades desenvolvidas pelos fornecedores, beneficiamento de produtos, industrialização e comercialização da produção.
O agronegócio, também denominado agrobusiness, consiste na rede que envolve todos os segmentos da cadeia produtiva vinculada à agropecuária. Ele não se limita apenas à agricultura e à pecuária, incluindo também as atividades desenvolvidas pelos fornecedores de insumos e sementes, equipamentos, serviços, beneficiamento de produtos, industrialização e comercialização da produção agropecuária.
Esse termo foi desenvolvido por Davis e Goldberg, em 1957, como sendo o conjunto de todas as atividades de produção, processamento, distribuição e comercialização dos produtos agrícolas. No entanto, sua popularização ocorreu a partir da década de 1970.
O agronegócio pode ser divido em três etapas:
1° - Produtores rurais: detentores de pequenas, médias ou grandes propriedades onde há a produção rural.
2° - Fornecedores de insumos rurais: fabricantes de máquinas rurais, fornecedores de pesticidas, sementes, equipamentos, etc.
3° - Processamento, distribuição e comercialização: frigoríficos, distribuidoras de alimentos, indústrias, supermercados, entre outros.
O agronegócio é um segmento de grande representatividade econômica. Conforme dados divulgados em 2008 pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o agronegócio é responsável por aproximadamente 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 36,3% das exportações brasileiras. O país é um dos líderes mundiais nesse setor, exportando para mais de 180 nações.
Para impulsionar ainda mais esse setor, o Brasil tem realizado investimentos para o fortalecimento do agronegócio. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) objetiva elaborar mecanismos para aliar o desenvolvimento econômico e preservação ambiental através do agronegócio. Nesse sentido, estão sendo realizadas pesquisas para o desenvolvimento do mercado de agroenergia, que consiste na produção de energia através da utilização de produtos e resíduos do agronegócio.

FONTE:BRASIL ESCOLA