quinta-feira, 1 de setembro de 2016

MUNDO

Quase 145 mil elefantes mortos no continente africano em apenas sete anos




Vice-chefe do Programa das ONU para o Meio Ambiente destaca que caça "não faz nenhum sentido moral, económico e político"; censo mostra que população de elefantes na savana africana diminuiu em 30%.
144 mil elefantes mortos. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

Um censo realizado em África mostrou que a população de elefantes nas savanas do continente reduziu em 30% entre 2007 e 2014. No período, 144 mil elefantes foram mortos.
O vice-chefe do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, reagiu aos resultados da pesquisa e condenou a caça. Ibrahim Thiaw afirmou que a prática não faz nenhum sentido moral, económico ou político.
Mali
O representante, que nasceu na Mauritânia, explicou que os elefantes já estão extintos em seu país. Thiaw espera que isso não ocorra em outras nações, apesar de já ser uma possibilidade iminente nos Camarões e no Mali.
O vice-chefe do Pnuma tem esperança, uma vez que em alguns países africanos, as populações de elefantes estão a aumentar. Thiaw lembrou do apoio do público, dos políticos e do sector privado em campanhas como a Feroz pela Vida, uma iniciativa da ONU em prol dos animais selvagens.
Turismo
O especialista avalia que os países africanos estão a ver que essas espécies tem mais valor vivas do que mortas, uma vez que podem gerar renda por meio do turismo. Esses rendimentos tem potencial para financiar projetos de educação, saúde e facilitar o crescimento económico.
Ibrahim Thiaw disse que os números do censo são "deprimentes", mas é possível resolver a crise e salvar os elefantes desde já.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban preocupado com incêndios criminosos e protestos no Gabão




Secretário-geral comentou confrontos entre manifestantes e forças de segurança na capital do país, Libreville, após resultado das eleições presidenciais.
Foto: ONU/Staton Winter

As Nações Unidas emitiram uma nota sobre os resultados provisórios das eleições presidenciais do Gabão.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Interior do país africano.
Diferença
Segundo agências de notícias, a votação teria concedido vitória ao presidente Ali Bongo por 49,8% dos votos contra 48,2% obtidos pelo candidato da oposição, Jean Ping. A diferença é de quase 5,6 mil votos de vantagem.
Em nota, emitida pelo porta-voz, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse estar "profundamente preocupado" com relatos de incêndios criminosos e de confrontos entre os manifestantes e a polícia em Libreville, capital do país.
Ban pediu a todos os líderes políticos e aos simpatizantes que se abstenham de atos que podem minar a paz e a estabilidade da nação africana.
Ele também pediu às autoridades gabonesas que exerçam força moderada em sua resposta aos protestos. E afirmou que os líderes políticos têm de resolver suas diferenças de maneira pacífica.


O secretário-geral da ONU também pediu ao representante especial para África Central e Chefe do Escritório Reginal da ONU, Abdoulaye Bathily, que apoie os atores políticos em seus esforços de acalmar a situação.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

FAO defende maior papel dos oceanos para projetos de economia verde




Mensagem do diretor-geral da agência é que iniciativa ajuda a combater a pobreza rural melhorando a nutrição e promovendo segurança alimentar.
Foto: FAO/Sia Kambou

A aquicultura e a pesca estão a firmar-se com um força de transformação das economias africanas.
Mas segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, mais precisa ser feito para aliviar os impactos da mudança climática e da pesca ilegal nos oceanos e em comunidades costeiras.
Oportunidades
Em encontro esta quinta-feira nas Ilhas Maurício, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, afirmou que oceanos saudáveis e produtivos ajudam a combater a pobreza rural.
Graziano da Silva participa da Conferência Ministerial de África sobre Economias Oceánicas e Mudança Climática. O encontro quer identificar oportunidades de aumentar a habilidade do continente para construir economias resilientes ao clima.
A FAO acredita ainda que a mudança pode ajudar a melhorar a nutrição, promover segurança alimentar e alcançar o objetivo da Fome Zero.
Segundo a agência, os países africanos estão cada vez mais reconhecendo a necessidade de diversificar suas atividades económicas baseadas na terra para explorar a facilidade que muitas nações têm por sua proximidade ao mar. Mas para Graziano da Silva, a mudança climática é um factor de incerteza nessa equação.
Eventos extremos
As comunidades costeiras estão a ser afetadas pela combinação do aquecimento dos oceanos, aumento do nível do mar e eventos extremos climáticos. E também pela acidificação do oceano e da intrusão salina.
A FAO ressaltou ainda os impactos desproporcionais sobre os chamados pequenos Estados-ilha, que travam uma verdadeira batalha por sobrevivência. Nesses países, as populações são mais dependentes dos recursos naturais e menos capazes de se adaptar às mudanças climáticas.
A agência da ONU mencionou o desafio da pesca ilegal e de todos os problemas causados aos oceanos e aos recursos marinhos pela atividade. Todos os anos, governos perdem bilhões de dólares em receita por causa deste tipo de crime.
Atualmente, 13 dos 34 países-ilhas fazem parte de um acordo da FAO de proteção e mitigação. Deste total, nove são africanos. O chefe da agência pediu a todos os governos que tomem providências imediatas para implementar o tratado.
Em meados de setembro, a Conferência "Nossos Oceanos", realizada em Washington, nos Estados Unidos, deverá debater o tema.
Nos últimos 50 anos, a produção de peixe aumentou de 10 quilos para 19 quilos por pessoa por ano. Calcula-se que a atividade económica global dos oceanos esteja entre US$ 3 e 5 trilhões.
Esta é uma via também de destaque para o mercado global: 90 por cento do volume global são feitos por vias marítimas, e mais de 30% do óleo e do gás são extraídos em alto mar.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Em 10 países, 40% das crianças não têm acesso à educação básica




Libéria é a nação com a taxa mais alta de menores fora da escola, segundo pesquisa do Unicef; no Sudão do Sul, uma em cada três escolas está fechada devido aos conflitos; desastres naturais também influenciam índices.
Foto: ©Unicef/NYHQ2010-0204/Shehzad Noorani (arquivo)

Nos 10 países do mundo com as taxas mais altas de crianças fora da escola, 18 milhões de alunos estão sem acesso ao ensino primário. A pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, foi divulgada esta quinta-feira.
A Libéria é o país com os piores índices, onde quase 65% das crianças não estão a frequentar a escola primária. Na sequência vem o Sudão do Sul, onde a taxa chega a 59%. No país mais novo do mundo, uma em cada três escolas está fechada por causa dos conflitos.
Níger e Nigéria
Os outros países apontados no levantamento do Unicef são Afeganistão (46%), Sudão (45%), Níger (38%) e Nigéria (34%). Para a agência da ONU, os dados deixam claro como crises e emergências humanitárias impedem o acesso dos menores às escolas.
Além dos conflitos, também contribuem para os índices desastres naturais como seca prolongada, cheias, terramotos, além da alta taxa de extrema pobreza em alguns países.
Síria
O Unicef teme que sem acesso à educação, a geração de crianças a viver nesses países cresça sem as habilidades necessárias para contribuir com o progresso económico da nação.
A agência também faz uma observação sobre a Síria: apesar do país não estar entre os 10 com as taxas mais altas de crianças fora da escola, por lá, 2,1 milhões de menores entre cinco e 17 anos não estão a frequentar as salas de aula.
Outras 600 mil crianças refugiadas sírias estão na mesma situação.


No ano passado, as agências humanitárias receberam apenas 31% dos fundos necessários para projetos no sector da educação. O valor foi 66% menor do que o recebido há 10 anos.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Cepal lança banco de dados sobre investimentos na AL e Caribe




Iniciativa conta com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, e do Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Foto: Banco Mundial/Arne Hoel

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, lançou um novo banco de dados sobre investimentos na região.
A iniciativa, batizada de Infralatam, contou com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, e do Banco de Desenvolvimento da América Latina. Os dados estão dispostos numa página de internet para consulta.
Infralatam
O Infralatam vai mostrar quanto foi investido no setor de infraestrutura nos países latinoamericanos e caribenhos.
Nesse primeiro estágio, o programa conjunto divulga dados sobre os investimentos em 15 países, entre eles estão: Argentina, Brasil, Chile México, Paraguai e Uruguai.
As informações buscam medir e promover a análise de investimentos no setor no período entre 2008 e 2013.
Os dados incluem dinheiro aplicado tanto por governos como por empresas na construção de sistemas de abastecimento de água e saneamento básico, energia e de barreiras ou diques de proteção contra enchentes.
Telecomunicação e Transporte
Ainda na lista estão investimentos feitos em sistemas de irrigação, telecomunicações e transportes.
O Infralatam é um projeto que propõe atualizações anuais. A Cepal espera que as informações sejam usadas por instituições responsáveis por políticas e planejamento públicos na região.
Os dados também podem ser utilizados por organizações privadas internacionais, investidores, acadêmicos, construtores e pela sociedade civil de um modo geral.
A comissão afirmou ainda que os dados podem se tornar o principal instrumento de análise do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS 9. Essa meta determina o desenvolvimento de infraestruturas de qualidade, confiáveis, sustentáveis e resilientes.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban diz que "futuro do Sri Lanka depende dos jovens"




Secretário-geral fez um discurso sobre o papel do jovem no processo de reconciliação no país; chefe da ONU afirmou que governo deve aumentar investimento nesse grupo que representa 20% da população.
Ban Ki-moon (ao centro) com jovens em evento no Sri Lanka. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta quinta-feira que os jovens são importantes no processo de reconciliação e coexistência no Sri Lanka.
Em discurso na cidade de Galle, a cerca de 100 km da capital Colombo, Ban disse que "os jovens representam o maior bem do Sri Lanka e que o futuro do país depende deles".
Conflito e Injustiças
O chefe da ONU declarou que muitos dos jovens nasceram ou viveram durante períodos de conflito, terror ou deslocamento no país. Segundo ele, muitos também sofreram privações e injustiças.
Para Ban, é importante que o governo continue aumentando os investimentos nos jovens, que representam 20% da população do Sri Lanka.
O secretário-geral declarou que "para garantir justiça social, especialmente em países como o Sri Lanka, que estão se recuperando de um conflito, é crucial implementar abordagens que envolvam jovens, mulheres e todos os setores da sociedade".
Parcerias
Ban disse que "as Nações Unidas estão trabalhando para criar e fortalecer parcerias com organizações lideradas e com foco nos jovens para promover a paz e o desenvolvimento".
O chefe da ONU afirmou que o "mundo precisa de líderes jovens para lembrar a todos do objetivo global comum no momento em que a comunidade internacional enfrenta conflitos, violência, desigualdade e injustiça em vários lugares".


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Iraque: ONU preocupada com possível recrutamento de crianças para combates




Coordenadora humanitária no país afirmou que envolvimento de menores em conflitos é "totalmente inaceitável"; meninos estariam sendo enviados para lutar contra o movimento islâmico terrorista Isil.
Crianças brincam em nova área no campo de deslocamento de Debaga conhecido como Debaga Dois, na província de Erbil, no Iraque. Foto: Unicef/Lindsay Mackenzie

A coordenadora humanitária da ONU no Iraque expressou grande preocupação sobre relatos de que meninos estão sendo enviados para áreas próximas às linhas de frente da guerra, possivelmente para se juntar a grupos armados lutando contra o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Lise Grande enfatizou que "envolver crianças nos combates é totalmente inaceitável", citando relatos de recrutamento de menores em pelo menos um campo de deslocados internos.
Mosul
Ela ressaltou que "nada é mais importante do que garantir a segurança dos civis durante o conflito".
Grande, que também é vice-representante especial do secretário-geral para o Iraque, alertou que outras centenas de milhares de civis vão precisar de proteção e assistência devido aos combates para retomar Mosul. Uma operação que deve começar em breve.
As ações militares do Iraque e de países aliados têm o objetivo de retomar áreas sob poder do grupo terrorista islâmico Isil ou Daesh. Os movimentos nessas zonas já estão forçando centenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas.
Escudos Humanos
Grande lembrou que a lei internacional humanitária proíbe o recrutamento de menores e ressaltou que "sob nenhuma circunstância, os civis podem ser usados como escudos humanos", o que "viola todos os princípios de humanidade".
Em julho, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, lançou um apelo urgente de US$ 284 milhões para preparar a resposta à Mosul.
Agências humanitárias também buscam financiamento para o plano regular de resposta humanitária em 2016 que fornece assistência a 7,3 milhões de iraquianos.
Valas Comuns
Em comunicado à imprensa, o Escritório também alertou que a ONU está profundamente preocupada com relatos de valas comuns de milhares de civis em áreas anteriormente sob controle do Isil.
De acordo com o Ocha, a crise no Iraque é umas das maiores, mais complexas e voláteis no mundo. Mais de 10 milhões de iraquianos precisam atualmente de alguma forma de assistência humanitária.
Entre eles, 3,4 milhões de civis que estão deslocados internamente, muitos pela segunda ou terceira vez.
Mortos e Feridos
Em agosto, 691 iraquianos foram mortos e outros 1016 ficaram feridos em atos de terrorismo, violência e conflito armados no Iraque, excluindo a província da Anbar.
Os dados foram registrados pela Missão de Assistência das Nações Unidas no país, Unami, que não conseguiu obter informações sobre Anbar.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

"Cultura da Paz" é tema de evento de alto nível na ONU




Reunião marca o aniversário da adoção da Declaração e Programa de Ação sobre o tema; para presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft, a "promoção da cultura da paz não poderia ser mais relevante" no mundo atual.
Mogens Lykketoft. Foto: ONU/Manuel Elias

O presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, reuniu um fórum de alto nível sobre a Cultura da Paz nesta quinta-feira na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O evento marca o aniversário da adoção da Declaração e Programa de Ação sobre o assunto.
Relevância
Para o presidente da Assembleia Geral, a "promoção da cultura da paz não poderia ser mais relevante" no mundo atual.
Lykketoft afirmou que a violência em muitos lugares está "levando a morte e ferimento de centenas de milhares de pessoas e ao deslocamentos de milhões,
seja em grandes conflitos como na Síria, Iêmen ou Sudão do Sul, ou pelo terrorismo nas mãos de extremistas em todas as regiões".
Perguntas
Ele também citou "tensões entre comunidades, altos níveis de xenofobia e violência diária a mulheres e meninas" que estão "causando grande dano" às sociedades.
Lykketoft ressaltou, no entanto, que muitas questões importantes permanecem, por exemplo, "como construir uma cultura de paz e não violência no mundo de hoje? Como promover uma aproximação entre culturas e povos"?
Segundo o presidente da Assembleia Geral, aumentar a capacidade da ONU de conduzir operações de paz e de sustentar a paz não é só fundamental para mitigar crises, mas é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

"Ataques com bombas de fragmentação são quase diários na Síria"




Relatório da ONU lançado esta quinta-feira em Genebra mostra que ações também acontecem no Iêmen, mas com menos frequência; mais de 400 pessoas foram mortas ou ficaram feridas nas explosões, na maioria civis.
Foto: Unicef/Abdulrahman Ismail (arquivo)

Um relatório preparado pela Coalizão de Munição de Fragmentação alerta que os ataques com bombas de fragmentação "ocorrem quase diariamente na Síria".
O documento, que foi lançado esta quinta-feira na sede da ONU em Genebra, mostra que apesar dos protestos mundiais, esses explosivos continuam sendo usados frequentemente na Síria e no Iêmen.
Rússia
Os especialistas disseram que os ataques com bombas de fragmentação no território sírio aumentaram depois que a Rússia se juntou à operação militar das forças do governo de Bashar Al-Assad em setembro do ano passado.
Em 2015, a Síria foi o país que registrou mais vítimas desse tipo de explosivo, foram 248, seguida pelo Iêmen com 104. As bombas de fragmentação foram usadas em outros seis países e deixaram mais de 400 vítimas no total.
No Iêmen, a coalizão militar comandada pela Arábia Saudita usou o explosivo em 19 ataques. Os civis representam 97% das vítimas, mais de um terço delas crianças.
Nenhum desses países envolvidos nos conflitos na Síria ou no Iêmen assinou a Convenção sobre Munições de Fragmentação. O relatório foi divulgado pouco antes da 6ª Assembleia dos Estados membros da Convenção, que vai acontecer entre 5 e 7 de setembro.
Destruição
Desde agosto de 2015, mais cinco países ratificaram o documento, são eles: Colômbia, Islândia, Palau, Ruanda e Somália, elevando o total de países parte da convenção para 100.
O documento, adotado em 2008, proíbe o uso de armas de fragmentação, exige a destruição de seus estoques num prazo de oito anos, como também a limpeza da área contaminada com explosivos num período de 10 anos.
A convenção determina ainda que os países forneçam assistência às vítimas das bombas de fragmentação.
Alemanha e Moçambique
Até agora, 29 Estados membros da convenção completaram a destruição de de quase 1,4 milhão de explosivos que contêm 172 milhões de outros dispositivos de fragmentação.
Segundo a organização, esses números representam a destruição de 93% dessas armas, de acordo com o tratado. Alemanha, Itália, Japão, Moçambique e Suécia completaram a destruição de seus estoques em 2015 e a França terminou o processo neste ano.


O relatório diz que pelo menos 24 países e três outras regiões continuam contaminados por bombas de fragmentação.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Promotora do TPI apoia paz na Colômbia após 52 anos de guerra civil




Em comunicado, Fatou Bensouda diz ter notado "com satisfação" que texto final do acordo entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, Farc-EP, exclui anistias e perdões a crimes de guerra e contra a humanidade.
Fatou Bensouda. Foto: TPI

A promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional, TPI, classificou de "conquista histórica" o acordo final de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, Farc-EP.
O anúncio feito em Havana em 24 de agosto é, segundo a promotora-chefe do TPI, Fatou Bensouda, um passo fundamental para acabar com o conflito armado de 52 anos no país sul-americano.
Atrocidades
Bensouda lembrou que por mais de cinco décadas foram cometidas atrocidades por todas as partes. Para ela, a oportunidade de paz é unica, e faz parte de um processo de longo prazo que precisará de um esforço coordenado para ser implementado.
Mas para a especialista, é preciso haver uma prestação de contas e punição para os crimes cometidos. A promotora-chefe lembrou que a Colômbia é um país signatário do Estatuto de Roma, o mesmo que criou o TPI.
Com isso, os colombianos reconhecem que crimes graves ameaçam a paz e a segurança e o bem-estar de todo o mundo. Fatou Bensouda disse ter notado, com satisfação, que o acordo final de paz exclui anistias e perdões para crimes de guerra e contra a humanidade, exatamente como prevê o Estatuto.
Promessa
A promotora-chefe também destacou o fato de o acordo colocar as vítimas no centro do processo. E mencionou que as aspirações dos colombianos, incluindo levar à justiça os autores de crimes sérios, têm de ser acolhidas.
A Jurisdição Especial para Paz, ou Justiça para Paz, como está sendo chamada na Colômbia, deve tratar dos crimes mais sérios cometidos durante o conflito. Para Bensouda, a promessa de punição deve se tornar uma realidade, para que as pessoas da Colômbia possam colher os frutos da paz.


Ela lembrou ter apoiado o processo de paz da Colômbia desde o início e disse que vai continuar fazendo o mesmo neste momento em que o país embarca num novo capítulo de sua história.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

PARALIMPÍADA

Paralimpíada: com mais 2 atletas da esgrima, delegação do Brasil tem 287 pessoas



Esgrima em cadeira de roda é uma das modalidades que serão disputadas na Paralimpíada (Divulgação/COB)
A esgrima em cadeira de rodas é uma das modalidades que serão disputadas na ParalimpíadaDivulgação/CPB
A delegação brasileira que irá competir na Paralimpíada, a partir da próxima semana, terá 287 atletas no total. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou a entrada das atletas Suelen Rodolpho e Karina Fernandes Maia, ambas da esgrima em cadeira de rodas.
As duas entraram por causa da realocação de vagas feita pelo Comitê Paralímpico Internacional, depois da suspensão da delegação da Rússia por envolvimento com doping.
A saída da Rússia já tinha permitido a entrada de outros seis atletas brasileiros. Com isso, a delegação brasileira será formada por 185 homens e 102 mulheres.
Outra mudança na delegação anunciada pelo CPB foi a substituição da atleta Indayana Couto por Jhulia Karol dos Santos, no atletismo.


Fonte: EBC 

PARALIMPÍADAS

Atletas com deficiência leve vão à Paralimpíada após tentar futebol profissional



Cotia (SP) - Jogadores paralímpicos do futebol de 7 fazem aclimatação para as Paraolimpíadas no Centro de Treinamento do São Paulo Futebol Clube(Rovena Rosa/Agência Brasil)
Seleção do futebol de 7 prepara-se no Centro de Treinamento do São Paulo, em CotiaRovena Rosa/Agência Brasil
Atletas com deficiência leve, decorrentes de paralisia cerebral, tentaram seguir carreira em times do futebol profissional antes de conhecer o futebol de 7, modalidade paralímpica. Pelas regras do esporte, os jogadores apresentam diferentes níveis de deficiência – alguns deles com baixo comprometimento.
“O desporto paralímpico chegou a um nível tão alto que não se percebe mais a diferença. E quando se vai aprimorando a parte física, eles vão ganhando muito no equilíbrio, na coordenação, na velocidade. Chega a um ponto em que se pensa que eles não têm mais nada. No convívio do dia a dia, a gente esquece”, disse o técnico da seleção de Futebol de 7, Paulo Cabral.
O meio-campista da seleção Wanderson Silva de Oliveira, de 28 anos, foi eleito duas vezes o melhor jogador paralímpico do mundo, em 2009 e 2013. Ele conta que, antes de se consagrar campeão no paradesporto, enfrentou preconceito ao tentar ingressar no futebol profissional, na adolescência.
“Meu grande sonho sempre foi o futebol. Antes mesmo de conhecer o futebol de 7, eu jogava o convencional. Então, eu procurava fazer peneira [seleção feita pelos clubes de futebol para descobrir novos jogadores nas categorias de base]. Mas tinha a questão do preconceito, de não me aceitarem devido à deficiência no braço. Alegavam que iria trazer problemas para eles futuramente. Mas, em nenhum momento, eu desisti”, lembrou Wanderson.
Ele sofreu paralisia cerebral no momento do parto, o que prejudicou os movimentos do  braço direito, e entra na classe 8 de deficiência, menos limitada. Os jogadores são divididos por níveis que variam de 5 a 8 – quanto maior o número, menor o grau de comprometimento. Durante a partida, o time precisa ter no máximo dois atletas da classe 8 e, no mínimo, um de classe 5 ou 6 (que costuma ser o goleiro).
A partida do futebol de 7 é disputada entre sete jogadores de cada seleção, em um campo com dimensões menores que o convencional, de, no máximo, 75 metros por 55 metros. O número de reservas em ada equipe também é sete. O jogo dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30 minutos. Não existe impedimento e a cobrança lateral é feita com uma mão e com a bola rolando.
Apelidado pelos colegas de Robinho, Wanderson conta que foi, no começa da carreira, um jogador elétrico, driblador. Atualmente, mais maduro e tranquilo, ele tenta passar calma aos outros jogadores. “Eu me sinto realizado, sou superfeliz na modalidade e pretendo ficar por muito mais tempo. Com a experiência que tenho, pretendo ainda ajudar meus companheiros”, disse.
Cansaço acentua limitações
Leandro Gonçalves do Amaral, de 23 anos, que também jogou como meio-campista, era contratado do Clube Esportivo Nova Esperança, em Mato Grosso do Sul. Com grau de deficiência 7, ou seja, intermediário, ele tem os movimentos limitados no lado esquerdo do corpo. “Visivelmente, não aparento muito, mas, conforme vou jogando e o cansaço vai batendo, começo a ver as limitações”, explica.
Ele iniciou a carreira aos 12 anos e, até os 16, atuou em categorias de base.

Quando já era profissional, sofreu uma lesão no joelho direito, apesar do comprometimento pela paralisia de Leandro ser no lado esquerdo do corpo. “Meu joelho direito forçou demais, para compensar. Foi uma lesão de cartilagem, que encerrou definitivamente minha carreira profissional, em 2009.”

Conquistas
A seleção ganhou medalha de ouro, em 2015 nos Jogos Parapan-Americanos, vencendo a Argentina na fase final. Na Paralimpíada de Atenas, em 2004, a equipe conquistou medalha de prata. Quatro anos antes, em Sydney, tinha ficado com a medalha de bronze.
O técnico Paulo Cabral, estreante em Jogos Paralímpicos, está confiante no bom desempenho da equipe neste mês, no Rio de Janeiro. “Temos que percorrer um degrau de cada vez. Primeiro, derrotar as equipes mais fracas, para depois pensar numa semifinal e na final. A Ucrânia é sempre uma pedra no nosso caminho, um time muito forte, uma equipe há muitos anos junta. Talvez o Irã, que entrou no lugar da Rússia, e tem uma equipe bem formada, possa surpreender”, disse Cabral.


Fonte: EBC

ECONOMIA

Caixa facilita crédito rural e quer aumentar empréstimos para o setor



A Caixa Econômica Federal anunciou hoje (1º) medidas para facilitar o acesso ao crédito rural. Entre as medidas está a aprovação automática de até R$ 500 mil, nas próprias agências do banco, para projetos simplificados de custeio agrícola, por meio do produto Custeio Fácil Caixa, e a análise remota da área produtiva mediante imagem de satélite.
A partir de outubro, o banco também oferecerá aprovação automática na agência para custeio agrícola até R$ 1 milhão, para clientes com histórico de relacionamento com a Caixa. Para custeio pecuário, a aprovação automática será de até R$ 500 mil, também para clientes com relacionamento.
A Caixa informou que realiza ainda a digitalização de todos os documentos do processo de crédito, desde a análise do pedido até a sua aprovação, e posterior fiscalização. “Além de eliminar o uso de papéis, a ação permite o acesso de forma digital ao dossiê de crédito em qualquer agência do país”, afirmou o banco, em nota.
Segundo a Caixa, as ações estão alinhadas ao Plano Agro+, lançado no último dia 24 pelo Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, que tem foco na redução da burocracia e na eficiência dos processos de agronegócio do país.
Crédito rural
Em quatro anos de atuação com crédito rural, a Caixa contabiliza a liberação de mais de R$ 17,6 bilhões para produtores individuais, cooperativas e agroindústrias, por meio de linhas de custeio, investimento e comercialização, com recursos obrigatórios de depósito à vista e linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Neste Ano Safra 2016/2017, a Caixa projeta elevar em 28% o saldo da sua carteira agrícola, saltando de R$ 7,8 bilhões para R$ 10 bilhões.


Fonte: EBC 

ECONOMIA

Mercado imobiliário tem piores condições já registradas no Radar Abrainc-Fipe



As condições do mercado imobiliário atingiram em junho o pior nível do indicador da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A pontuação média do Radar Abrainc-Fipe, em uma escala de zero (menos favorável) e dez (mais favorável), ficou em 2,2 pontos, registrando piso da série histórica, iniciada em 2004. O indicador lançado em julho deste ano tem dados que retroagem a janeiro de 2004.
O estudo combina quatro dimensões - ambiente macro (confiança, atividade e juros), crédito imobiliário (condições de financiamento, concessões reais e atratividade do financiamento), demanda (emprego, massa salarial e atratividade do investimento imobiliário) e ambiente do setor (insumos, lançamentos e preços dos imóveis) - com indicadores de cada uma delas.
Em relação a maio, houve queda de 0,1 ponto no indicador. Na comparação com junho de 2015, a retração chegou a 1,6 ponto.
Para calcular o Radar Abrainc-Fipe, são reunidos dados do Banco Central, Fundação Getúlio Vargas, Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), entre outras instituições.
Segundo a Abrainc, apesar de ligeira melhora no ambiente macro (alta de 0,1 na comparação de junho com maio), as dimensões de crédito imobiliário (queda de 0,3) e demanda (retração de 0,2) mantiveram trajetória declinante. O ambiente setorial manteve-se praticamente estável (queda de 0,02).


Fonte: EBC 

ECONOMIA

Gás de cozinha tem aumento médio de 10% em setembro



O GLP, conhecido como gás de cozinha, está mais caro a partir desta quinta-feira (1°) em todo o país. As cinco companhias distribuidoras com maior percentual de vendas no Brasil, a Liquigás, Ultragaz, Copagaz, Nacional e Supergasbras estipularam um aumento de 10%, em média. O reajuste ocorre todo mês de setembro.

No Distrito Federal, algumas distribuidoras já estão repassando esse aumento. Distribuidoras do Plano Piloto que vendem o gás a R$ 72 passarão a cobrar R$ 78.

Fonte: EBC