quinta-feira, 1 de setembro de 2016

MUNDO

"Ataques com bombas de fragmentação são quase diários na Síria"




Relatório da ONU lançado esta quinta-feira em Genebra mostra que ações também acontecem no Iêmen, mas com menos frequência; mais de 400 pessoas foram mortas ou ficaram feridas nas explosões, na maioria civis.
Foto: Unicef/Abdulrahman Ismail (arquivo)

Um relatório preparado pela Coalizão de Munição de Fragmentação alerta que os ataques com bombas de fragmentação "ocorrem quase diariamente na Síria".
O documento, que foi lançado esta quinta-feira na sede da ONU em Genebra, mostra que apesar dos protestos mundiais, esses explosivos continuam sendo usados frequentemente na Síria e no Iêmen.
Rússia
Os especialistas disseram que os ataques com bombas de fragmentação no território sírio aumentaram depois que a Rússia se juntou à operação militar das forças do governo de Bashar Al-Assad em setembro do ano passado.
Em 2015, a Síria foi o país que registrou mais vítimas desse tipo de explosivo, foram 248, seguida pelo Iêmen com 104. As bombas de fragmentação foram usadas em outros seis países e deixaram mais de 400 vítimas no total.
No Iêmen, a coalizão militar comandada pela Arábia Saudita usou o explosivo em 19 ataques. Os civis representam 97% das vítimas, mais de um terço delas crianças.
Nenhum desses países envolvidos nos conflitos na Síria ou no Iêmen assinou a Convenção sobre Munições de Fragmentação. O relatório foi divulgado pouco antes da 6ª Assembleia dos Estados membros da Convenção, que vai acontecer entre 5 e 7 de setembro.
Destruição
Desde agosto de 2015, mais cinco países ratificaram o documento, são eles: Colômbia, Islândia, Palau, Ruanda e Somália, elevando o total de países parte da convenção para 100.
O documento, adotado em 2008, proíbe o uso de armas de fragmentação, exige a destruição de seus estoques num prazo de oito anos, como também a limpeza da área contaminada com explosivos num período de 10 anos.
A convenção determina ainda que os países forneçam assistência às vítimas das bombas de fragmentação.
Alemanha e Moçambique
Até agora, 29 Estados membros da convenção completaram a destruição de de quase 1,4 milhão de explosivos que contêm 172 milhões de outros dispositivos de fragmentação.
Segundo a organização, esses números representam a destruição de 93% dessas armas, de acordo com o tratado. Alemanha, Itália, Japão, Moçambique e Suécia completaram a destruição de seus estoques em 2015 e a França terminou o processo neste ano.


O relatório diz que pelo menos 24 países e três outras regiões continuam contaminados por bombas de fragmentação.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

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