quarta-feira, 31 de agosto de 2016

MUNDO

Representante da ONU condena ataque terrorista a hotel na Somália


Em nota, Michael Keating repudiou o atentado a bomba em Mogadíscio; grupo terrorista islámico Al Shabaab assumiu autoria do crime.
Michael Keating. Foto: ONU/Loey Felipe

O representante especial do secretário-geral da ONU na Somália condenou nos termos mais fortes um ataque ao Hotel SYL em Mogadíscio, capital do país.
Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas no atentado a bomba, que foi depois assumido pelo movimento islámico terrorista Al Shabaab.
Mesmo local
Vários altos funcionários do governo somali estavam no hotel na hora da explosão participando numa reunião, mas ninguém do gabinete do país africano ficou ferido.
O ataque ocorreu perto do Palácio Presidencial e dos edifícios parlamentares.
Michael Keating disse que, mais uma vez, extremistas violentos atacaram um hotel de Mogadíscio realizando o terceiro atentado semelhante ao mesmo local desde o início do ano passado.
O representante lembrou ainda que desde o primeiro ataque, o hotel foi reparado e reformado para reabrir suas portas. Para Keating, o Hotel SYL é um símbolo da resiliência do povo somali que se recusa a ceder à campanha de terror do movimento islamita.


Vários guardas de segurança tentaram conter o veículo armadilhado, o que ajudou a reduzir o número de mortes no ataque. O representante especial da ONU na Somália expressou sua solidariedade às famílias das vítimas e uma pronta recuperação aos feridos. Ele disse que suas orações estão com cada um eles.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Chefe do Acnur faz forte apelo ao fim do sofrimento dos sul-sudaneses




Filippo Grandi foi até Uganda conversar com os refugiados que escaparam do sofrimento na nação vizinha; alto comissário pede aos líderes que parem de ignorar apuro da população.
Alto comissário da ONU Filippo Grandi com sul-sudaneses. © UNHCR/Michele Sibiloni

O alto comissário da ONU para Refugiados esteve no Uganda a avaliar a situação dos sul-sudaneses. Filippo Grandi fez um "apelo emocionado pelo fim das violações de direitos humanos e das atrocidades" contra a população do país mais novo do mundo.
O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, declarou que a paz precisa chegar ao Sudão do Sul. Grandi pede aos líderes do país para que sejam responsáveis e parem de ignorar o sofrimento de seu próprio povo.
Fuga
O representante da ONU ouviu testemunhos de violência extrema sofrida por refugiados que abandonaram o Sudão do Sul. Um homem contou que levou tiros quando forças do governo invadiram a sua aldeia. Apesar de ter escapado do país, seus familiares não conseguem sair do Sudão do Sul porque grupos armados bloqueiam estradas.
Desde que eclodiram os confrontos entre governo e rebeldes, 90 mil pessoas fugiram do país e buscaram abrigo no Uganda, que recebe por dia entre 800 e mil refugiados.
Nova Chance
Depois do Quénia, Uganda é o segundo país africano que mais abriga refugiados, cerca de 600 mil, nascidos no Burundi, RD Congo e Sudão do Sul.
No Uganda, os refugiados vivem em assentamentos e o governo fornece pedaços de terra para que possam construir suas casas ou cultivar plantações e posteriormente ganhar algum dinheiro com a venda dos alimentos.
O alto comissário da ONU elogiou Uganda por continuar a receber refugiados, apesar do país não ter recursos suficientes. Grandi afirmou nunca ter visto pessoas com terra para o cultivo ou com um lugar para morar apenas dois meses após pedir refúgio.
O representante aproveitou para pedir à comunidade internacional mais apoio à resposta humanitária à crise no Sudão do Sul, porque até o momento foi recebido apenas 20% do dinheiro necessário.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Barreiras à mulher no trabalho atrasam desenvolvimento, diz Banco Mundial




Conquistar Objetivo número 5 de Desenvolvimento Sustentável relacionado à igualdade de gênero tem desafios legais e práticos, apontam especialistas.
América Latina e Caribe são uma das regiões em desenvolvimento com maior percentual de mulheres em cargos de gerência. Foto: Banco Mundial

As mulheres latino-americanas superaram os homens em termos educacionais. Segundo dados do Banco Mundial, há 7% mais mulheres que homens nas escolas secundárias e 30% mais no ensino superior.
Mas essa vantagem se reflete apenas parcialmente no mercado de trabalho regional.
Empresas
Em comparação com outras regiões em desenvolvimento, América Latina e Caribe são uma área com mais participação da mulher em papéis de gerência.
Dados analisados pelo Banco Mundial entre 2010 e 2016 revelam que 39,8% das empresas da região têm uma mulher entre os donos, por exemplo. O percentual só é menor do que os do Leste da Ásia e Pacífico e da Europa do Leste e Ásia Central.
Por outro lado, a participação laboral da mulher nos 10 primeiros anos da década de 2000, quando a América Latina viveu alto crescimento econômico, aumentou apenas três pontos percentuais.
Evolução
Foi uma evolução tímida comparada com a que houve nos anos 1990. Nesse período, o percentual de mulheres que trabalhavam ou estavam ativamente buscando emprego passou de 53% a 62%, de acordo com o Centro de Estudos Distributivos, Trabalhistas e Sociais da Universidad de La Plata, da Argentina.
As discrepâncias no mercado de trabalho não só da América Latina, mas de todo o mundo, estão entre os alvos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5, das Nações Unidas.
O ODS 5 busca a igualdade entre os gêneros e o empoderamento de todas as mulheres na vida econômica, política e pública.
Contratação
Conquistar tais objetivos até 2030 promete ser um grande desafio não só do ponto de vista legal, mas também prático.
Em 60% de todos os países, falta legislação que garanta oportunidades iguais na hora da contratação, pagamento igual para tarefas com o mesmo valor e a chance de a mulher fazer o mesmo trabalho que o homem. E mais: 83% das empresas do mundo têm um homem como principal gerente.
Outro obstáculo está na questão da licença-maternidade. Embora quase todos os países deem esse direito às trabalhadoras, cerca de metade não garante que elas mantenham o cargo ao voltar ao trabalho.
Tudo isso faz com que as mulheres tenham oportunidades econômicas limitadas, o que atrasa o desenvolvimento, como informa o Banco Mundial no estudo Indicadores de Desenvolvimento Global 2016.
Em compensação, quando a mulher tem acesso a meios produtivos, ela conquista também uma forma de sair da pobreza, segundo a instituição.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

OMS quer vacinar mais de 9,5 milhões contra pólio no Afeganistão




Campanha da agência da ONU conta com 65 mil trabalhadores de saúde; autoridades vão realizar uma segunda rodada de vacinação em 2 de setembro para alcançar as crianças que não receberem a dose.
Foto: Unicef

O Ministério de Saúde Pública do Afeganistão, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, está realizando uma campanha de vacinação maciça contra a pólio.
A meta é vacinar todas as crianças menores de cinco anos do país, cerca de 9,5 milhões. Aproximadamente 65 mil trabalhadores de saúde participam da operação.
Índices Altos
A campanha teve início na segunda-feira e termina esta quarta. Mas as autoridades afirmam que uma nova rodada de vacinação será realizada na sexta-feira, 2 de setembro, para alcançar as crianças que não tenham sido vacinadas nessa primeira etapa.
Segundo o Unicef, a campanha se torna mais importante porque setembro e outubro são os meses que registram os índices mais altos de transmissão.
Os especialistas disseram que o vírus da pólio está mais ativo e perigoso durante esses meses quentes e é exatamente quando as crianças afegãs correm mais risco de ficarem paralisadas ou morrerem por causa da doença.
Vitamina A
Além da vacina contra a pólio, as crianças vão receber também comprimidos de vitamina A, que é essencial para o funcionamento do sistema imunológico.
O representante da OMS no Afeganistão, Richard Peeperkorn, afirmou que o "mundo está bem perto de eliminar a pólio e enquanto a doença existir, as crianças estarão correndo risco".
Até agora, neste ano, foram registrados oito casos de pólio no país. O novo Plano Nacional de Ações de Emergência quer acabar com as transmissões do vírus até 31 de dezembro.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Chefe de ajuda humanitária preocupado com áreas sitiadas na Síria




Stephen O'Brien citou como exemplo a evacuação de Daraya nos últimos dias 26 e 27; decisão foi tomada entre governo sírio e representantes da cidade sem consultar as Nações Unidas.
Stephen O’Brien. Foto: ONU/Rick Bajorna

O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU emitiu um comunicado manifestando extrema preocupação com a situação de áreas sitiadas na Síria e da cidade de Daraya, que estava cercada desde 2012.
Stephen O'Brien disse que a decisão de evacuar os civis de Daraya no fim deste mês não contou com a participação das Nações Unidas. A ONU foi avisada do acordo durante a madrugada, poucas horas antes do início da operação.
Restrições
Segundo o chefe de ajuda humanitária, o acordo foi selado entre o governo sírio e representantes de Daraya. Há relatos de que muitos sírios sitiados tiveram que comer grama para sobreviver.
Daraya ficou à mercê de combatentes rivais e de bombardeios durante os últimos quatro anos. Foram impostas restrições ao direito de ir e vir e à entrada de bens comerciais e humanitários.
A ONU tem trabalhado no terreno a pedido do governo sírio e do povo de Daraya. Mas segundo O'Brien, os acordos fechados para realizar a evacuação não cumprem as leis humanitárias e o direito internacionais.
Precedentes
Ele afirmou que todos os cercos, que são uma tática medieval, e devem ser suspensos. O'Brien também disse que a saída dos civis de Daraya, e a forma como foi realizada, não deve servir de precedentes para outras tentativas de evacuação na Síria.
Segundo o subsecretário-geral da ONU, é fundamental que os deslocados pela violência retornem a suas casas de formas digna e voluntária.
Ele encerrou o comunicado lembrando a área de Al Waer, na cidade de Homs. Apesar do acordo de trégua temporária, cerca de 75 mil pessoas foram vítimas de bombardeios durante a semana passada, o que causou mortos e feridos.
Para Stephen O'Brien, as pessoas na Síria já sofreram demais. Ele voltou a pedir a todas as partes que suspendam, imediatamente, o cerco aos civis, incluindo as áreas de Madaya, Douma e Kefraya, entre outras.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

"Vamos trabalhar juntos pela paz", diz Ban em visita a Mianmar




Secretário-geral da ONU participou da abertura da chamada conferência da paz; segundo ele, ocasião é "histórica" para "maior democratização do país"; Ban parabenizou todos os lados pela determinação demonstrada "em apoio à reconciliação nacional".
Ban Ki-moon em conferência da paz. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está em Mianmar onde participou da abertura da chamada "conferência da paz". Para ele, "essa é uma ocasião histórica para uma maior democratização do país".
O chefe da ONU ressaltou que a conferência está "reunindo diferentes grupos étnicos de Mianmar em um compromisso conjunto de uma união federal baseada em igualdade, democracia e autodeterminação".
Reconciliação Nacional
Ban parabenizou todos os lados pela "paciência, resistência, determinação e espírito de compromisso demonstrado em apoio à reconciliação nacional".
Segundo o secretário-geral, há uma "longa estrada pela frente, mas o caminho é muito promissor". Mianmar, antiga Burma, no sudeste da Ásia, está atravessando um processo de democratização desde um golpe militar em 1990, que impediu que o partido vencedor nas urnas, da líder da oposição Aung San Suu Kyi, assumisse o poder.
O chefe da ONU afirmou que a conferência marca uma "transição histórica" desde que o ex-presidente U Thein Sein "abriu as portas para reformas democráticas, há seis anos".
Aspirações Genuínas
Para ele, "Mianmar mostrou o que é possível quando líderes ouvem as aspirações, preocupações e sonhos genuínos sobre aonde o país deve prosseguir".
Ban ressaltou que a ONU sido uma "firme parceira" no apoio às reformas no país, particularmente no processo de reconciliação nacional.
O secretário-geral afirmou que a organização continuará suas ações para aliviar diferenças e tensões, além de apoiar um melhor entendimento e diálogo em conformidade com os objetivos e valores da Carta das Nações Unidas.
Paz
"Vamos trabalhar juntos pela paz", concluiu o chefe da ONU.
Ban ressaltou que a "longa guerra civil" custou diversas vidas e roubou sucessivas gerações de sua dignidade, tranquilidade e normalidade. Segundo ele, "está claro agora que não pode haver solução militar" para as diferenças no país.
O secretário-geral citou o acordo nacional de cessar-fogo negociado no ano passado, que considerou de importância "crucial". Segundo Ban, o novo governo tomou medidas para torná-lo mais inclusivo e a chamada conferência da paz seria o resultado dessas ações.


Fonte: Rádio das Nações Unidas

MUNDO

"É preciso vontade política" para acordo sobre testes nucleares


Tratado de Proibição de Testes Nucleares foi assinado por 183 países, ainda não entrou em vigor; chefe da Comissão sobre o acordo, Lassina Zerbo, ressaltou que oito Nações ainda precisam ratificá-lo.
Teste nuclear na Polonésia Francesa. Foto: Ctbto

O Tratado de Proibição de Testes Nucleares, Ctbt, completa duas décadas neste ano e para o chefe da Comissão sobre o tratado, é preciso "ação e vontade política" para que ele entre em vigor.
Para Lassina Zerbo, o acordo está próximo à universalização: 183 países assinaram o tratato e 164 já o ratificaram, talvez 166 nas próximas semanas, segundo Zerbo.
Universal
O chefe da Ctbto afirmou que "isto é quase universal", "mais de 90% da comunidade internacional dizendo não e nunca a testes nucleares". De acordo com ele, "politicamente é uma conquista".
No entanto, para Zerbo, esta realização "parece estar sendo ofuscada" pelo fato de que oito países restantes estariam, segundo ele, "basicamente tomando como refém a comunidade internacional por não ratificar o tratado para permitir que ele entre em vigor".
Vontade Política
O secretário executivo do Ctbto afirmou que isto é um problema e que sào necessárias "ações e vontade política para tentar mudar a situação".
Segundo a Comissão sobre o Tratado de Proibição de Testes Nucleares, 44 países detentores de tecnologia nuclear específica devem assinar e ratificar o acordo antes que ele entre em vigor. Destes, ainda faltam oito: China, Coreia do Norte, Egito, Estados Unidos, Índia, Irã, Israel e Paquistão.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU diz que "a paz no Iêmen é prioridade"




Declaração foi feita pelo enviado especial do secretário-geral para o país, Ismail Ould Cheikh Ahmed; ele afirmou que o fim das negociações realizadas no Kuwait "traiu as expectativas de milhões de iemenitas".
Ismail Ould Cheikh Ahmed no Conselho de Segurança na manhã desta quarta-feira. Foto: ONU/Rick Bajornas

O enviado especial do secretário-geral da ONU, Ismail Ould Cheikh Ahmed, afirmou que "a paz no Iêmen é prioridade" e que o "fim das negociações de paz no Kuwait sem um acordo traiu as expectativas de milhões de iemenitas".
Em pronunciamento no Conselho de Segurança, esta quarta-feira, Ould Cheikh Ahmed disse que "a população esperava que as conversações levariam ao fim do conflito e abririam o caminho para a volta do país a uma transição política pacífica".
Fracassar
Ele falou que as "Nações Unidas não fracassaram e não vão fracassar no Iêmen e que os líderes iemenitas não devem decepcionar a população".
Segundo o enviado especial, o fim das conversações foi seguido pelo rompimento da cessação das hostilidades e por uma escalada perigosa das atividades militares.
Ele declarou que "a retomada eficaz das conversações de paz só será possível se todas as partes mantiverem o compromisso de negociar um acordo e evitar ações unilaterais".
Várias operações e confrontos militares foram registrados nas últimas semanas em Sanaa, a capital do Iêmen, e em Taiz, Al Jawf, Shabwa e Mareb.
Leis Internacionais
Foram usados mísseis balísticos nos ataques aéreos e artilharia que resultaram em dezenas de mortes, destruição e em mais deslocamentos da população civil.
Ould Cheikh Ahmed afirmou que foram registradas também várias violações das leis internacionais de direitos humanos e humanitária.
Ele pediu a todos os grupos envolvidos no conflito que respeitem as leis para proteger os civis e a infraestrutura do país.
Al Qaeda e Isil
O representante do secretário-geral disse aos membros do Conselho de Segurança que "a escalada militar vai continuar fornecendo oportunidades para a propagação dos grupos terroristas".
Segundo ele, as redes terroristas Al Qaeda e Isil continuam causando estragos em partes significativas do país, como por exemplo o atentado suicida em Áden, que matou e feriu dezenas de iemenitas nesta segunda-feira.
Ould Cheikh Ahmed pediu ajuda internacional para pagar salários do funcionalismo público e no envio de assistência humanitária. O número de deslocados internos passou de 3 milhões e o preço dos alimentos registraram uma alta de 60% desde o início da crise.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO



Congresso da Espanha rejeita reeleição de Rajoy em 1ª votação



O presidente interino do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, teve rejeitada nesta quarta-feira pelo Congresso, em primeira votação, sua intenção de ser reeleito para o cargo, e voltará a tentar na sexta-feira prolongar sua permanência no poder, mas com poucas perspectivas de sucesso.
Após dois dias de debates parlamentares nos quais defendeu sua candidatura, Rajoy recebeu 170 votos a favor e 180 contra. Como esperado, ele conseguiu o apoio dos 137 parlamentares da legenda que preside, o Partido Popular (PP), além dos 32 do Ciudadanos e um de uma deputada moderada das ilhas Canárias.
Votaram contra Rajoy os 85 deputados do socialista PSOE, os 71 da coalizão de esquerda Unidos Podemos e 24 de vários partidos nacionalistas que completam o Congresso.
A posição manifestada pelos diferentes porta-vozes nos debates torna possível prever que Rajoy voltará a ser derrotado na segunda votação, em que basta a maioria simples.
Hoje, Rajoy pediu ao líder do PSOE, Pedro Sánchez, para que promova a abstenção de uma parte de seus deputados, o que permitiria a formação de um novo governo.
"Deixem-nos os senhores pelo menos governar. Não bloqueie e não nos leve a uma terceira convocação eleitoral", disse Rajoy a Sánchez, que previamente ratificou seu "não" ao líder do PP.
Rajoy referiu-se assim aos pleitos de dezembro de 2015 e 26 de junho deste ano, que não resultaram em um parlamento com maioria definida para a formação de um governo. Manter essa situação agora pode levar os espanhóis a terem que ir às urnas novamente no final do ano.
O presidente interino alegou que a Espanha precisa de um governo com todas as suas competências e que não se pode "realizar eleição após eleição" até que haja um resultado "que agrade ao senhor Sánchez".
O líder socialista, cuja candidatura ao governo foi derrotada em um debate de posse em março, justificou hoje sua rejeição a um hipotético governo de Mariano Rajoy por causa da gestão deste de 2011 a 2015, baseada - segundo ele - na corrupção e no aumento da desigualdade.
"Não podemos apoiar aquilo ao que enfrentamos", disse Sánchez, que acusou Rajoy de ser o líder de "um partido acusado" de corrupção - em alusão ao fato de o PP ser julgado em um caso no qual dirigentes da legenda são réus.
Rajoy não quis responder a esta acusação por considerar que "não traz nada" para este debate, mas argumentou que adotou medidas contra a corrupção.
O Ciudadanos negociou um acordo de cerca de 100 tópicos que foi precedido pela assinatura de um pacto contra a corrupção que obrigará à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a contabilidade do PP.
Os partidos nacionalistas bascos e catalães PNV e PDC, que ideologicamente são mais próximos ao PP por também serem de centro-direita, rejeitam Rajoy por alegarem que ele se opõe à cessão de competências às regiões autônomas e pratica o centralismo.
Se Rajoy voltar a ser rejeitado na sexta-feira, será aberta uma etapa de incerteza, na qual o rei Felipe VI poderá voltar a convocar os líderes políticos do país para saber se há margem para propor outro candidato ao governo que seja eleito antes de 31 de outubro.
Se nesta data não for eleito um novo chefe do governo, serão convocadas novas eleições legislativas no período do Natal.

Fonte: EFE 

BRASIL



Temer se reunirá com Rajoy durante Cúpula do G20 na China



O presidente Michel Temer, que foi confirmado no cargo nesta quarta-feira após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, se reunirá com o presidente do governo interino da Espanha, Mariano Rajoy, durante a Cúpula do G20 na China, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
Temer, que hoje mesmo assumirá formalmente o cargo que ocupa de forma interina desde maio, viajará imediatamente para a China para fazer sua estreia internacional frente aos líderes das principais economias do planeta.
Fontes oficiais disseram à Efe que, além de Rajoy, Temer deverá ter reuniões bilaterais com o presidente da China, Xi Jinping, com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Nayef.
Durante a Cúpula do G20, que será realizada na cidade chinesa de Hangzhou entre os dias 4 e 5 de setembro, Temer também se reunirá com o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Um dos objetivos de Temer é apresentar no G20 seus planos para tirar o Brasil do abismo econômico em que o país afundou nos últimos anos, que incluem desde duros cortes nos gastos públicos até um ambicioso plano de privatizações ainda não detalhado, mas que se abrirá plenamente aos investimentos externos.
Conforme Temer disse em entrevista recente, sua viagem também tem como meta "mostrar ao mundo que no Brasil há plena normalidade democrática" e que o impeachment de Dilma só prova que "as instituições brasileiras funcionam em sua plenitude".

Fonte: EFE 

FUTEBOL



Chelsea acerta retorno de David Luiz após 2 temporadas no PSG



O Chelsea anunciou nesta quarta-feira que chegou a um acordo com o Paris Saint-Germain para a transferência do zagueiro David Luiz, que defendeu o clube inglês entre 2011 e 2014, antes ir para o futebol francês.
"O Chelsea Football Club e o Paris Saint-Germain definiram os termos para a transferência de David Luiz outra vez a Londres. Esta transação está condicionada a que o jogador chegue a um acordo e passe pelo exame medico", afirmou o Chelsea em breve comunicado, divulgado em seu site.
O zagueiro brasileiro, de 29 anos, viajou de trem de Paris a Londres na tarde desta quarta-feira para ser submetido à avaliação médica.
David Luiz, que deixou o Chelsea há duas temporadas por 50 milhões de libras, deve retornar à capital britânica em transferência avaliada em 32 milhões de libras (136 milhões de euro).
Caso a contratação seja confirmaeda, David Luiz será o quinto reforço dos 'Blues' nesta janela de transferências, após Marcos Alonso (Fiorentina), Michy Batshuayi (Olympique de Marselha), N'Golo Kanté (Leicester) e Eduardo (Dínamo Zagreb).

Fonte: EFE 

FUTEBOL



Dante critica Guardiola por falta de comunicação com jogadores comandados



O zagueiro Dante criticou o técnico espanhol Josep Guardiola, atualmente no Manchester City, em entrevista publicada nesta quarta-feira pela revista alemã "Sport Bild", por não saber se comunicar com os atletas.
"Ele não fala com você. Como jogador, não conhece a situação em que você se encontra", explicou o defensor brasileiro, que acaba de trocar o Wolfsburg pelo Nice, da França.
Dante evitou na entrevista, no entanto, fazer qualquer questionamento a capacidade de seu ex-treinador no Bayern de Munique entre 2013 e 2015.
"Há técnicos que, do ponto de vista tático, são de classe mundial, mas, humanamente, não são tão bons. Esse é o caso de Guardiola", avaliou o ex-atleta do Juventude.
Titular durante a passagem do alemão Jupp Heynckes, em que o Bayern conquistou a Triplíce Coroa, com os títulos da Liga dos Campeões da Europa, Campeonato Alemão e Copa da Alemanha, Dante perdeu espaço durante a passagem de Guardiola.
Curiosamente, pouco depois de ser contratado, o espanhol chegou a afirmar que gostaria de ter "mil Dantes" no elenco. Em meados de 2015, assinou rescisão e fechou transferência para o Wolfsburg, que defendeu por uma temporada.

Fonte: EFE

FUTEBOL



Seleção brasileira inicia "era Tite" encarando o Equador pelas Eliminatórias



A seleção brasileira inicia nesta quinta-feira a "era Tite", que virou sinônimo de sucesso no Corinthians, com a estreia do técnico campeão mundial de clubes no duelo com o Equador, às 18h (horário de Brasília), no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito.
Oficializado como comandante dos pentacampeões em 20 de julho, após longa novela, o gaúcho apenas acompanhou de perto da conquista do inédito ouro olímpico, sob a condução de Rogério Micale, e fará estreia no jogo válido pela sétima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
O adversário será, nada menos, que o vice-líder, com 13 pontos e apenas uma vitória sofrida. Além disso, na altitude e 2.850 metros de Quito, seleção e Tite tentarão desbancar um rival que não perde em casa uma partida por competição desde 2009, quando caiu diante do Uruguai por 2 a 1, também no qualificatório para Mundial. Desde então, já são 11 jogos sem derrota.
O Brasil, por sua vez, faz campanha ruim nas Eliminatórias, o que foi um dos motivos da queda de Dunga. Em seis jogos disputados, foram duas vitórias, três empates e uma derrota, o que deixa os pentacampeões apenas na sexta colocação, fora da zona de classificação para a Copa da Rússia.
Para tentar iniciar a trajetória com vitórias contra adversários complicados - na próxima terça-feira, o rival será a Colômbia, em Manaus -, o que resultaria, no mínimo, na subida de uma posição, Tite apostou em uma mescla de atletas experientes, ex-comandados no Corinthians e jovens campeões olímpicos.
O grande nome segue sendo Neymar, que ficou fora do fiasco da Copa América, com eliminação na fase de grupos, que teve empate sem gols com o Equador, inclusive, e depois foi protagonista do título olímpico, especialmente sobre o gol na final com a Alemanha, e a conversão do pênalti decisivo, que valeu o ouro.
Além do atacante do Barcelona, o goleiro Weverton e o meia Renato Augusto, os outros dois atletas acima de 23 anos que participaram dos Jogos, e os zagueiros Rodrigo Caio - que acabou cortado, dando lugar a Geromel - e Marquinhos, e os atacantes Gabriel Barbosa e Gabriel Jesus foram chamados pelo técnico para pegar equatorianos e colombianos.
Além disso, a primeira convocação teve alguns "homens de confiança" de Tite, como o lateral-direito Fagner, o zagueiro Gil, o volante Paulinho, o meia Giuliano e o meia-atacante Taison, todos que já trabalharam com o treinador em Corinthians ou Internacional.
A braçadeira de capitão, de que Neymar já abriu mão, deverá ficar com Miranda, um dos atletas mais experientes do elenco, ao lado de Daniel Alves e Marcelo, especialmente.
A expectativa inicial, aliás, é que o trio faça parte da equipe titular alinhada na estreia do novo treinador. O 11 inicial, no entanto, não está confirmado, já que Tite vem fazendo mistério nos treinamentos que comandou em Quito.
Na segunda-feira, Tite abriu o treinamento em que alinhou equipe com Alisson; Daniel Alves, Geromel, Gil e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Willian, Neymar e Gabriel Barbosa. Miranda ficou fora por ter se apresentado depois dos companheiros e deverá entrar no lugar do defensor do Grêmio.
Um dia depois, o comandante só permitiu a presença da imprensa durante o aquecimento, para tentar confundir o treinador rival, Gustavo Quinteiros. Com isso, ninguém fora do elenco e da comissão técnica sabe se outras formações foram utilizadas na atividade.
O comandante argentino naturalizado boliviano, por sua vez, eve apostar em fazer o Equador atuar utilizando os efeitos da altitude, mantendo a posse de bola e imprimindo muita velocidade, especialmente nos contra-ataques.
Para o jogo, Quinteiros não contará com o meia-atacante Antonio Valencia, que cumprirá suspensão por acúmulo de cartões amarelos. Por outro lado, o centroavante Felipe Caicedo retornará após ficar fora dos duelos com Paraguai e Colômbia, e também da Copa América, por causa de lesão.
Ao lado do jogador do Espanyol, provavelmente estará na equipe titular Miller Bolaños, atacante do Grêmio. Já o meia Jefferson Orejuela, do Independiente del Valle, que atuará na próxima temporada no Fluminense, deverá começar atuando desde o primeiro minuto.
Prováveis escalações:.
Equador: Domínguez; Paredes, Achilier, Mina e Ayoví; Noboa, Orejuela, Ibarra e Montero; Bolaños e Caicedo. Técnico: Gustavo Quinteros.
Brasil: Allison; Daniel Alves, Miranda, Gil e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Willian, Neymar e Gabriel Barbosa. Técnico: Tite
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai), auxiliado pelos compatriotas Eduardo Cardozo e Milciades Saldívar.
Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito (Equador).

Fonte: EFE 

ENTRETENIMENTO


Selena Gómez anuncia pausa temporária na carreira por motivos de saúde




A cantora Selena Gómez anunciou nesta quarta-feira uma pausa temporária da sua carreira para cuidar da saúde, e cancelou os shows marcados para os próximos meses, informou a artista em comunicado enviado à revista "People" e repercutido em seus fã-clubes.
"Como muitos devem saber, há cerca de um ano eu revelei que tenho lúpus, uma doença que pode afetar as pessoas de maneiras diferentes. Eu descobri que ansiedade, ataques de pânico e depressão podem ser efeitos colaterais do lúpus", explicou.
A diva pop afirmou que quer "ser proativa" e se concentrar em sua "saúde e felicidade" e para isso decidiu que "o melhor caminho a seguir é tirar um tempo de folga".
"Muito obrigada aos meus fãs pelo apoio. Vocês sabem o quão especiais são para mim, porém preciso enfrentar isso para certificar que estou fazendo o possível e dando meu melhor. Sei que não estou sozinha ao compartilhar isso, e espero que outros sejam encorajados a cuidar de seus problemas", concluiu.
Selena, que estava em pleno trabalho com a turnê "Revival Tour" tinha shows marcados na Noruega, Dinamarca e França, por exemplo.

Fonte: EFE 

ECONOMIA



PIB da Índia cresce 7,1% de abril a junho



A economia da Índia cresceu 7,1% no primeiro trimestre do ano fiscal 2016-2017, que engloba o período de abril a junho, quatro décimos percentuais a menos que no mesmo período em 2015, informou nesta quarta-feira o Ministério de Estatística do país.
A porcentagem, a mais baixa em seis trimestres, caiu quase um ponto em relação ao período de janeiro a março, quando o Produto Interno Bruto (PIB) foi de 7,9%.
De acordo com o departamento, o PIB em termos reais chegou a 29,2 trilhões de rúpias (US$ 435,6 bilhões) no primeiro trimestre do atual ano fiscal.
Os setores manufatureiro, elétrico, comercial, financeiro e da Administração pública foram os que mais que cresceram, todos eles acima de 7%, enquanto os de construção e agricultura aumentaram 1,5% e 1,8%, respectivamente.
A Índia espera para o atual ano fiscal um crescimento de 7,6%, o mesmo alcançado no anterior (2015-2016), quando foi registrada uma inflação de 3,7% a 5,7%, com tendência de baixa.

Fonte: EFE 

MUNDO



Liberais espanhóis apoiam reeleição de Rajoy, mas dizem não confiar nele



O líder do partido liberal Ciudadanos, Albert Rivera, apelou nesta quarta-feira ao consenso político para evitar novas eleições na Espanha e confirmou que os deputados de seu partido votarão pela reeleição de Mariano Rajoy como chefe de governo, mas deixou claro que não confia no líder conservador.
Rivera fechou esta semana um acordo com o Partido Popular de Rajoy para apoiar sua posse na votação que ocorrerá hoje após o debate no Congresso, mas é provável que a mesma fracasse, pois o atual presidente do governo interino não tem apoio parlamentar suficiente para alcançar a maioria absoluta.
Rivera justificou seu apoio a Rajoy ao garantir que "é preciso escolher entre o ruim e o menos pior" e pediu a Pedro Sánchez, líder da principal legenda de oposição, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que faça o mesmo e facilite a reeleição do líder conservador, para assim desbloquear a situação política na Espanha.
Uma vez que exista um Executivo, liberais e socialistas podem "juntos" controlar a ação desse governo através da oposição e levar adiante algumas das medidas que têm em comum.
Precisamente, liberais e socialistas alcançaram um acordo de governo em março, mas o mesmo resultou em uma posse fracassada de Sánchez, já que ele também não contava com maioria absoluta.
Frente à rejeição expressada a Rajoy por todos os grupos da Câmara, Rivera defendeu o acordo com o PP porque, entre outras medidas, obrigaria o mesmo a destinar 29 bilhões de euros (US$ 32,38 bilhões) para políticas sociais.
Esse acordo também inclui o compromisso de não elevar os impostos das classes médias.
A reeleição de Rajoy tem grandes chances de ser rejeitada hoje pelo Congresso espanhol em uma votação na qual, salvo alguma surpresa, contará com o voto favorável de 170 deputados: os 137 de seu partido, 32 liberais e um de uma nacionalista das Ilhas Canárias.
Caso seja derrotado hoje, Rajoy se submeterá a uma segunda votação na sexta-feira, na qual bastará uma vitória por maioria simples para que o líder conservador consiga seguir como presidente de governo.

Fonte: EFE