quarta-feira, 31 de agosto de 2016

MUNDO

Chefe do Acnur faz forte apelo ao fim do sofrimento dos sul-sudaneses




Filippo Grandi foi até Uganda conversar com os refugiados que escaparam do sofrimento na nação vizinha; alto comissário pede aos líderes que parem de ignorar apuro da população.
Alto comissário da ONU Filippo Grandi com sul-sudaneses. © UNHCR/Michele Sibiloni

O alto comissário da ONU para Refugiados esteve no Uganda a avaliar a situação dos sul-sudaneses. Filippo Grandi fez um "apelo emocionado pelo fim das violações de direitos humanos e das atrocidades" contra a população do país mais novo do mundo.
O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, declarou que a paz precisa chegar ao Sudão do Sul. Grandi pede aos líderes do país para que sejam responsáveis e parem de ignorar o sofrimento de seu próprio povo.
Fuga
O representante da ONU ouviu testemunhos de violência extrema sofrida por refugiados que abandonaram o Sudão do Sul. Um homem contou que levou tiros quando forças do governo invadiram a sua aldeia. Apesar de ter escapado do país, seus familiares não conseguem sair do Sudão do Sul porque grupos armados bloqueiam estradas.
Desde que eclodiram os confrontos entre governo e rebeldes, 90 mil pessoas fugiram do país e buscaram abrigo no Uganda, que recebe por dia entre 800 e mil refugiados.
Nova Chance
Depois do Quénia, Uganda é o segundo país africano que mais abriga refugiados, cerca de 600 mil, nascidos no Burundi, RD Congo e Sudão do Sul.
No Uganda, os refugiados vivem em assentamentos e o governo fornece pedaços de terra para que possam construir suas casas ou cultivar plantações e posteriormente ganhar algum dinheiro com a venda dos alimentos.
O alto comissário da ONU elogiou Uganda por continuar a receber refugiados, apesar do país não ter recursos suficientes. Grandi afirmou nunca ter visto pessoas com terra para o cultivo ou com um lugar para morar apenas dois meses após pedir refúgio.
O representante aproveitou para pedir à comunidade internacional mais apoio à resposta humanitária à crise no Sudão do Sul, porque até o momento foi recebido apenas 20% do dinheiro necessário.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

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