terça-feira, 30 de agosto de 2016

MUNDO

ONU quer "autonomia e não pena” para mulheres e meninas com deficiência




Comitê sobre Direito das Pessoas com Deficiência lançou guia para que países saibam como ajudar mulheres e meninas a participarem de todas as esferas da vida; grupo enfrenta discriminação, hostilidade e exclusão.
Mais autonomia para mulheres e meninas com deficiência. Foto: ONU/Amanda Voisard

O Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, Crpd, pela sigla em inglês, afirmou que "as mulheres e meninas com deficiência precisam de autonomia e não pena".
O grupo, que coopera com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, disse que os países estão fracassando no cumprimento de suas obrigações em relação a essas pessoas.
Discriminação e Barreiras
Segundo o Comitê, mulheres e meninas com algum tipo de deficiência são sujeitas à hostilidade e à exclusão. Uma das especialistas do Crpd, Theresia Degener, declarou que "as políticas para mulheres não mencionam deficiência e as políticas para pessoas com deficiência ignoram a questão do gênero".
Degener afirmou que "as mulheres e meninas com deficiência sofrem discriminação e barreiras porque são do sexo feminino e porque têm alguma deficiência".
Para ajudar a combater o problema, o Comitê lançou um guia para os 166 países que ratificaram a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Os três pontos principais do documento são: evitar violência física, sexual ou psicológica; fornecer mais acesso a informações sobre maternidade e responsabilidade parentais, além de direitos sexuais e reprodutivos e combater a discriminação múltipla.
Igualdade
O objetivo é mostrar como essas nações podem promover a autonomia das mulheres para que elas participem em todas as esferas da sociedade em base de igualdade com os homens, como determina o artigo 6 da Convenção.
O guia afirma que "não é suficiente evitar ações discriminatórias. Os Estados precisam dar poder às mulheres aumentando a autoconfiança, garantindo sua participação na sociedade e mais autoridade para que tomem decisões em todos os setores.
Mesmos Direitos
O documento deixa claro que "as mulheres e meninas com deficiência precisam ser reconhecidas como pessoas que podem ter os mesmos direitos que todos em relação a decisões sobre si mesmas".
Segundo o guia, "esse grupo é geralmente tratado como se não tivesse qualquer controle sobre seus direitos sexuais ou reprodutivos".
Os especialistas citam, por exemplo, que essas mulheres e meninas correm o risco de esterilização e as mulheres têm grandes chances de serem separadas de seus filhos.
O Comitê recomenda medidas práticas para resolver os problemas. Ele pede o planejamento de serviços públicos que tenham como foco as mulheres com deficiências.


Para os especialistas, é importante envolvê-las na criação de produtos que serão usados somente por este grupo. Além disso, é preciso ter em mente os grandes desafios que elas enfrentam em relação ao acesso à água, ao saneamento e à higiene.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Poluição dos rios aumenta mais de 50% na África, América Latina e Ásia



Agência da ONU informa que 323 milhões de pessoas nos três continentes estão sob risco de serem infectadas durante consumo de água; rio Tietê ganha destaque em relatório.
Foto: ONU/Shaw McCutcheon

A poluição das águas na África, na América Latina e na Ásia está colocando 323 milhões de pessoas sob risco de contraírem doenças como cólera, febre tifóide, hepatite e diarreia.
O Programa da ONU sobre o Meio Ambiente, Pnuma, divulgou esta terça-feira outro dado alarmante: a poluição dos rios nos três continentes aumentou 50% desde 1990.
Rio Tietê
Em alguns países das três regiões, mais de 90% da população depende das águas desses rios para matar a sede ou preparar alimentos.
O relatório do Pnuma destaca a poluição do Rio Tietê, que passa pelo estado de São Paulo. O documento afirma que o projeto de limpeza do rio, em vigor desde 1991, é o maior do Brasil.
Antes, 260 km do Tietê estavam poluídos e agora o volume caiu para 100 km, isso na região metropolitana. Com isso, peixes voltaram a habitar o rio em alguns pontos e o odor diminuiu.
Longo Processo
A agência da ONU também cita dados da Cetesb: em 1992, 1.250 empresas eram responsáveis pela poluição industrial do Tietê e em 2008, as companhias haviam reduzido em 93% o nível de despejo de agentes poluentes.
Apesar dos avanços, a agência da ONU revela que o Tietê "continua altamente poluído e a recuperação total do rio é um processo longo, que depende de investimentos nos próximos anos".


Segundo o Pnuma, uma quarta fase de limpeza do Tietê está programada para o futuro, orçada em quase US$ 2 bilhões.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

ONU celebra decisão de corte francesa que suspende proibição a burquíni




Porta-voz do escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos afirmou que proibição constitui "violação grave e ilegal das liberdades fundamentais"; Rupert Colville afirmou que decretos não melhoram a situação de segurança e alimentam intolerância religiosa.
Foto: OMT

O escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos celebrou a decisão do mais alto tribunal administrativo da França, na sexta-feira, de suspender a proibição de roupas de praia "inapropriadas".
A medida havia sido adotada por uma cidade litorânea e tinha sido amplamente interpretada como voltada ao burquíni e outras tipos de roupas usadas por mulheres muçulmanas.
Liberdades Fundamentais
Nesta terça-feira, em Genebra, o porta-voz Rupert Colville disse a jornalistas que o escritório faz um apelo às autoridades em todas as outras cidades e resorts no litoral da França que adotaram proibições semelhantes.
Segundo Colville, o pedido é para que observem a decisão do Conselho de Estado de que a proibição adotada em Villeneuve-Loubet constitui uma "violação grave e ilegal das liberdades fundamentais".
Padrões Internacionais
O porta-voz explicou que, de acordo com padrões internacionais de direitos humanos, limitações sobre manifestações de religião ou crença, incluindo a escolha de roupa, são apenas permitidas em circunstâncias muito limitadas, incluindo segurança e ordem públicas e saúde ou moral públicas.
Além disso, ele afirmou que, sob a lei internacional de direitos humanos, medidas adotadas em nome da ordem pública devem ser "adequadas, necessárias e proporcionais".
Ataques Terroristas
Colville disse ainda que o escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos "compreende plenamente e partilha da dor e da raiva gerados pelos ataques terroristas na França" nos últimos meses, incluindo o ataque "atroz" de 14 de julho em Nice.
No entanto, segundo o porta-voz, estes decretos não melhoram a situação de segurança e, em vez disso, alimentam intolerância religiosa e a estigmatização dos muçulmanos na França, especialmente mulheres.
Respeito Mútuo
Ele afirmou que estas proibições de roupas podem prejudicar o esforço para combater e previnir o extremismo violento, que depende da cooperação e respeito mútuo entre comunidades.
Rupert Colville disse ainda que quaisquer preocupações com a ordem pública devem ser respondidas visando aqueles que incitam ódio e não tendo como alvo mulheres que simplemente querem andar na praia ou nadar usando roupas com que se sentem à vontade.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Unesco elogia criação por EUA da maior area de proteção marinha




Em nota, diretora-geral da agência diz que decisão é um chamado à comunidade internacional para implementar Acordo de Paris, aprovado no ano passado.
Foto: Unesco/Louiz Rocha

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, felicitou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por autorizar a criação do que está sendo considerada a maior reserva marinha do mundo.
Em nota, Irina Bokova disse que a decisão americana representa um símbolo poderoso da determinação de proteger o meio ambiente.
Ecossistemas
A reserva marinha Papa-hanaumo-kuakea, no Havaí, já integra a lista de Patrimônios Mundiais da Unesco desde 2010.
Para a diretora-geral da agência, a ampliação da reserva é uma forma de fortalecer a resiliência de sociedades ameaçadas pela mudança climática. E também de ajudar as pessoas a compreender e proteger os ecossistemas naturais.
Bokova destacou ainda o papel fundamental dos oceanos, suas fauna e flora, e um chamado à comunidade internacional para implementar o Acordo de Paris, de combate à mudança climática.
Em 2010, a reserva do Havaí foi inscrita na lista da Unesco pela sua biodiversidade, sem paralelos em nenhuma parte do mundo. Mais de um quinto das espécies conhecidas de peixe reside no arquipélago.
O sítio também inclui restos arqueológicos que datam de tempos pré-europeus. A área tem quase 2km que vão do sul ao noroeste, e a nova reserva protegida aumenta em 4 vezes mais o tamanho inicial.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

BRASIL

Brasil reitera apoio à Guiné-Bissau após reunião no Conselho de Segurança




Embaixador Antonio Patriota disse à Rádio ONU que o país africano de língua portuguesa pode contar com o compromisso brasileiro; nação sul-americana lidera configuração de paz para a Guiné dentro de Comissão da ONU.
Embaixador do Brasil junto nas Nações Unidas, Antonio Patriota. Foto: ONU/Loey Felipe

A Guiné-Bissau pode seguir contando com o apoio do Brasil para atravessar o impasse político que está vivendo, há quase um ano, após a demissão do governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
Naquele momento, a Guiné-Bissau tentava se reerguer de uma crise política surgida em abril de 2012, quando o país sofreu um golpe de Estado. Em seguida foram organizadas eleições diretas que restabeleceram a ordem democrática.
Orçamento
Mas desde a demissão do governo Simões Pereira pelo presidente José Mário Vaz, a nação africana de língua portuguesa tem lidado com vários desafios políticos. Um deles é a aprovação do orçamento nacional e de reformas no setor da segurança.
Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança reuniu-se em Nova York para debater a situação da Guiné-Bissau. Um dos participantes do evento foi o embaixador do Brasil junto nas Nações Unidas, Antonio Patriota.
O país assumiu a liderança da configuração para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas.
Nesta entrevista à Rádio ONU, Patriota afirmou que o Brasil está comprometido a ajudar a Guiné-Bissau e falou da cooperação entre ambas as nações de língua portuguesa.
Potencial agrícola
"Temos desenvolvido ações também no plano bilateral para apoiar tanto o governo como a sociedade. Existem operadores também no setor privado que demonstram grande entusiasmo, por exemplo, pelo potencial agrícola de Guiné-Bissau, que é um país de terras férteis com abundância de água. De modo que este compromisso brasileiro sim persistirá com o crescente entusiasmo, espero, à medida que as instituições se consolidem, que a democracia se consolide, haverá inúmeras oportunidades para parcerias em uma variedade de áreas."
Antonio Patriota lembrou ainda que qualquer decisão deve ser tomada pelos guineenses, e que a comunidade internacional tem de levar em conta que o apoio não deve conter interferências em assuntos que têm de ser decididos pelos líderes e pelo povo da Guiné.


Patriota encerrou a entrevista lembrando que a posição brasileira reflete este compromisso do Brasil com a estabilidade de longo prazo na nação africana.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Resistência a antibióticos leva OMS a mudar tratamento contra DSTs




Agência da ONU lança novo guia de tratamento para combater sífilis, gonorreia e clamídia; calcula-se que mais de 214 mil pessoas são infectadas todos os anos no mundo por essas três doenças.
Foto: OMS/Jim Holmes

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou esta terça-feira um novo guia para o tratamento de três doenças sexuais transmissíveis, DSTs: sífilis, gonorreia e clamídia.
A decisão da agência da ONU foi tomada em resposta ao aumento da resistência dessas doenças aos antibióticos. Os especialistas disseram que todos esses problemas são causados por bactérias e, geralmente, são curados com o uso de remédios.
Uso Indevido
A OMS calcula que mais de 214 milhões pessoas no mundo contraem essas infecções todos os anos, sendo que clamídia e gonorreia são as mais comuns e depois, sífilis.
Esse aumento foi causado porque essas DSTs não são diagnosticadas e se tornam mais difíceis de serem tratadas. Agora, alguns antibióticos estão fracassando na cura devido ao uso indevido ou excessivo.
A pró-reitora de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo, e integrante do grupo de desenvolvimento das diretrizes para infecções sexualmente transmitidas da OMS, Angélica Espinosa Barbosa Miranda, participou da preparação do guia.
Brasil
De Vitória, no Espírito Santo, em entrevista à Rádio ONU, a médica falou sobre a situação no Brasil.
"Não só no Brasil, como na América Latina em especial e em outras partes do mundo, essas doenças tiveram um aumento expressivo nas últimas décadas. A infecção com a clamídia é bem frequente no Brasil. O último estudo nacional mostra que por volta de 10% de mulheres jovens são infectadas por clamídia. Já a preocupação com a gonorreia é que cada vez mais aparecem cepas resistentes aos antibióticos que eram comumente usados. E, por último, a sífilis. Infelizmente o Brasil ainda não conseguiu e nem está tão perto de eliminar a sífilis congênita, que é o nosso maior problema."
Entre as recomendações, o guia da OMS reforça a necessidade de se tratar essas doenças com o antibiótico correto, na dosagem correta e no horário determinado para impedir a propagação.
O relatório explica que a resistência dessas doenças aos antibióticos aumentou rapidamente nos últimos anos e acabou reduzindo as opções de tratamento.
Maior Resistência
Das três DSTs mencionadas no documento, a gonorreia é a que apresenta a maior preocupação porque desenvolveu a mais forte resistência aos remédios.
Quando não tratadas, essas doenças podem resultar em sérias complicações de saúde para mulheres e homens. A OMS classifica sífilis, gonorreia e clamídia como grandes problemas de saúde pública em todo o mundo.
Essas doenças afetam a qualidade de vida de milhões de pessoas, causando problemas graves e até mesmo morte.
No caso da gonorreia, a OMS afirma que os antibióticos mais antigos e baratos, comumente utilizados para combater a doença, não fazem mais efeito e não devem ser mais usados. Como exemplo, os especialistas desaconselharam o uso do antibiótico quinolones.


A clamídia é a DST mais comum e geralmente está associada à gonorreia. Em relação à sífilis, o relatório recomenda o uso de penicilina benzatina, antibiótico injetável que é considerado o mais eficaz neste momento.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban destaca direitos humanos em visita a Mianmar




No país, secretário-geral da ONU falou a jornalistas ao lado da ministra das relações exteriores Aung San Suu Kyi; chefe das Nações Unidas abordou situação da comunidade Rohingya.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a ministra das relações exteriores de Mianmar, Aung San Suu Kyi, falam a jornalistas. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está em Mianmar onde falou com jornalistas ao lado da ministra das relações exteriores do país, e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
Ban afirmou que os dois concordaram que a população do Mianmar, independentemente de sua etnia, religião ou situação econômica, quer melhores oportunidades sociais e econômicas, em um ambiente onde todos sejam "livres, iguais e estejam seguros".
Esperança e Dignidade
O secretário-geral disse que os dois líderes também discutiram os últimos acontecimentos no estado de Rakhine onde, segundo Ban, a situação é "complexa".
Ele afirmou que recebeu garantias do governo de seu compromisso em abordar as causas do problema.
O secretário-geral expressou a preocupação da comunidade internacional sobre dezenas de milhares de pessoas vivendo em condições ruins em campos de deslocados internos por mais de quatro anos.
Segundo Ban, "como todas as pessoas, em todos os lugares, estas precisam e merecem um futuro de esperança e dignidade".
Comunidade Rohingya
Para o chefe da ONU, essa não é apenas uma questão de direitos da comunidade Rohingya. Ele afirmou que a questão mais ampla é que todas as pessoas em Mianmar, de todas as etnias, devem poder viver em igualdade e harmonia, ao lado de seus vizinhos.
O secretário-geral destacou que indivíduos que estão vivendo no país há gerações deveriam ter o mesmo status legal e de cidadania que todos os outros.
Ele afirmou estar feliz em ver que "passos encorajadores" foram tomados, incluindo a criação de uma Comissão presidida pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
O órgão se concentrará em questões gerais em Rakhine. Ban também garantiu que as Nações Unidas vão continuar trabalhando de forma construtiva com o país.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Unesco quer investigação do assassinato de dono de jornal em Minas Gerais




Em nota, chefe da agência da ONU Irina Bokova condenou a morte de Maurício Campos Rosa, e pediu que reponsáveis sejam levados à justiça; Campos Rosa era dono do jornal O Grito e foi morto na cidade de Santa Luzia em 17 de agosto.
Foto: Unesco

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, condenou nesta terça-feira o assassinato do jornalista Maurício Campos Rosa, em 17 de agosto, na cidade de Santa Luzia, em Minas Gerais.
Bokova pediu que as autoridades investiguem o crime e levem os responsáveis à justiça.
Impunidade
Para a chefe da agência da ONU, não se pode permitir que a impunidade beneficie aquelas que usam de violência para calar a imprensa.
Maurício Campos Rosa escrevia para o jornal local O Grito, de sua propriedade. Ele foi morto a tiros, segundo a mídia local.
A chefe da Unesco emite declarações sobre o assassinato de profissionais da mídia e da imprensa conforme Resolução 29 adotada pelos Estados-membros da agência em 1997. O documento é chamado "Condenação de Violência a Jornalistas".

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Força aérea síria e Isil por trás de pelo menos três ataques químicos na Síria



Dados estão em relatório da ONU; três casos de uso de armas químicas na Síria desde abril de 2014 foram verificados por uma investigação "independente, imparcial e objetiva" autorizada pelo Conselho de Segurança.
Virginia Gamba. Foto: ONU/Amanda Voisard

Três casos de uso de armas químicas na Síria desde abril de 2014 foram verificados por uma investigação "independente, imparcial e objetiva" ordenada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O chamado Mecanismo Conjunto de Investigação, liderado por um painel de três pessoas, examinou nove casos de uso documentado de armas químicas para determinar os reponsáveis pela sua utilização.
Casos
O relatório fala sobre três casos sobre os quais o painel afirmou ter encontrado evidências suficientes para determinar quem são os responsáveis.
A Rádio ONU conversou com Virginia Gamba, chefe do Mecanismo, conhecido como JIM, em sua sigla em inglês.
Gases Cloro e Mostarda
Segundo Virginia Gamba, a força aérea síria foi identificada como responsável em dois casos, com uso de gás cloro.
O grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, ou Daesh, foi identificado como responsável em um dos casos, com uso de gás mostarda.
Mensagem Clara
Gamba afirmou que o Painel fornecerá atualizações sobre outros casos em um relatório previsto para meados de setembro.
Na entrevista, a chefe do Mecanismo disse ainda que queria "dizer claramente que todos os responsáveis pelo uso de substâncias químicas tóxicas como armas na Síria devem ser responsabilizados a fim de impedir tais ações no futuro".


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

POLÍTICA

Vice de Janot é exonerada após vir à tona que participou de ato 'fora, Temer'

Vídeo mostrou Ela Wiecko em protesto contra Temer em junho em Portugal.
Procuradora de carreira, Ela permanecerá na PGR mesmo com afastamento.


A subprocuradora da República Ela Wiecko (à esq, segurando a faixa, de óculos escuros) participa em Portugal de ato de protesto ao governo Temer (Foto: Reprodução / TVT)A subprocuradora da República Ela Wiecko (à esq, segurando a faixa, de óculos escuros) participa em Portugal de ato de protesto ao governo Temer (Foto: Reprodução / TVT)
A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko – número dois na hierarquia da Procuradoria Geral da República (PGR) –, foi exonerada do cargo nesta terça-feira (30), a pedido, após a divulgação de um vídeo que mostra a subprocuradora participando de uma manifestação organizada em Portugal contra o presidente em exercício Michel Temer.
No entanto, como é procuradora de carreira, Ela Wiecko permanecerá na PGR mesmo com a exoneração do cargo de vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo a PGR, o pedido de exoneração foi aceito por Janot. Em nota, a assessoria da Procuradoria informou que o afastamento da vice-procuradora da função será publicada no "Diário Oficial da União" (leia a íntegra do comunicado ao final desta reportagem). Ainda não divulgado quem irá substituí-la na segunda função mais importante do Ministério Público Federal.
O protesto contra o governo Temer no país europeu, no qual Ela Wiecko participou, ocorreu em junho. Na ocasião, a subprocuradora foi filmada no protesto segurando uma faixa que denunciava a realização de um "golpe" no Brasil e tinha a mensagem "fora, Temer".
A participação de Ela no ato foi publicada nesta terça no site da revista "Veja". A reportagem mostrou um vídeo exibido pela TVT, emissora ligada à Central Única de Trabalhadores (CUT), no qual a vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aparece ao lado de estudantes e do intelectual português Boaventura de Sousa Santos, professor catedrático da Universidade de Coimbra.
Ela Wiecko formou-se em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É procuradora da República desde 1975. Atuou na área de direitos humanos da Procuradoria de Santa Catarina e é subprocuradora-geral da República desde 1992. Já trabalhou com projetos de enfrentamento à violência contra mulher, trabalho escravo e direito dos quilombolas.
É doutora em crimes contra sistema financeiro e participou da elaboração do anteprojeto do Código Penal entre 1997 e 1998. Já presidiu a Associação Nacional dos Procuradores da República. Foi indicada em 2012 à vaga de ministro do STF. Já integrou a lista tríplice para o cargo de procurador-geral sete vezes, em 2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011 e 2013.
Marido
No começo de agosto, o marido de Ela Wiecko, Manoel Volkmer de Castilho, que trabalhava no gabinete do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, como assessor técnico, foi exonerado após assinar uma petição de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Castilho assinou o abaixo-assinado que diz que Lula sofre "ataques preconceituosos e discriminatórios". No documento, juristas defenderam o direito de o petista recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Leia a íntegra da nota divulgada pela PGR:
Nota à imprensa
Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu dispensa das funções do cargo de vice-procuradora-geral da República nesta terça-feira, 30 de agosto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou o pedido e assinou a portaria que será publicada no Diário Oficial da União.
Na Vice-Procuradoria-Geral da República, ela foi responsável por importantes projetos na área de direitos humanos, como a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e a defesa da legalidade da Lista Suja do trabalho escravo. Também teve atuação de destaque no Conselho Superior do Ministério Público Federal e nos processos junto à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: G1

POLÍTICA

Polícia Federal vai investigar ameaça de morte recebida por Aécio

Mensagem foi enviada por e-mail na segunda-feira e pede a renúncia dele.
Outros parlamentares também receberam mensagens com teor idêntico.


29/08 - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado Federal, em Brasília (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)O senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado Federal, em Brasília (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)
A Polícia Federal informou nesta terça-feira (30) que irá abrir um inquérito para investigar ameaça de morte recebida, por e-mail, pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) no momento em que ele dava início aos seus questionamentos à presidente afastada Dilma Rousseff na sessão de segunda-feira (29) do processo de impeachment no Senado.
A mensagem anônima foi enviada ao endereço eletrônico funcional do parlamentar às 14h14. No e-mail, intitulado “Aviso”, Aécio é chamado de “canalha asqueroso”.
O remetente exige que o tucano renuncie ao seu mandato ou irá "matar você e toda a sua família". Em anexo, há uma fotografia do cadáver de um jovem assassinado e coberto de sangue.
Mensagens idênticas foram enviadas a outros parlamentares que atuaram ativamente no processo de impeachment de Dilma, entre eles o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator na comissão especial e autor do parecer que defende o afastamento definitivo da petista.
Outro destinatário de e-mail semelhante, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que o episódio não o preocupa. “É molecagem”, afirmou.
O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, contou que também recebeu o e-mail de ameaça enviado aos colegas tucanos. Na tarde desta terça, ele revelou ter sido alvo de outra ameaça, desta vez, pelo celular, dizendo que seus filhos iriam sofrer “vingança”.
Segundo ele, a segurança do Senado foi comunicada sobre o fato. "Não posso dizer que seja molecagem. Não sou assustado. Porém, não é bom receber isso", ponderou o peemedebista.
A assessoria de imprensa da PF informou que, por ora, a instituição foi notificada apenas da situação envolvendo o senador Aécio Neves e que os fatos já estão sendo apurados.

Fonte: G1

MUNDO

Amatrice realiza 2º funeral de Estado em homenagem às vítimas de tremor

Presidente da Itália e primeiro-ministro participaram da cerimônia.
Tremor de 6.2 deixou 292 mortos, maioria deles na cidade de Amatrice.


Mulher chora durante funeral de Estado em homenagem às vítimas de terremoto em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)Mulher chora durante funeral de Estado em homenagem às vítimas de terremoto em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)
Município mais afetado pelo terremoto que atingiu na última quarta-feira a região central da Itália, Amatrice realizou nesta terça-feira (30) um funeral de Estado em homenagem às vítimas da tragédia.
Segundo a Defesa Civil, o tremor de 6.2 deixou 292 mortos, a maioria deles (232) em Amatrice.
A cerimônia ocorre em uma esplanada em Amatrice, com a presença do presidente da Itália, Sergio Mattarella, e do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, além de outras autoridades.
Na esplanada foi instalada uma enorme estrutura branca para celebrar a missa, com a presença dos moradores de Amatrice, entre eles os milhares de desabrigados que estão instalados em abrigos da região.
O primeiro funeral de Estado havia sido realizado no sábado (27). O governo da Itália decidiu na segunda-feira (29) realizar um segundo funeral de Estado em Amatrice, em homenagem às vítimas do terremoto de 24 de agosto, depois dos protestos dos sobreviventes da cidade.
Parentes e amigos participam de funeral em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)Parentes e amigos participam de funeral em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)
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Amatrice foi município mais afetado pelo terremoto que atingiu na última quarta-feira  (Foto: Antonio Calanni/AP)Amatrice foi município mais afetado pelo terremoto que atingiu na última quarta-feira (Foto: Antonio Calanni/AP)

Fonte: G1

MUNDO

Ministro da Economia francês apresenta sua demissão

Renúncia alimenta especulações de sua possível candidatura às eleições.
Emmanuel Macron vai se dedicar a seu movimento político, diz comunicado.


Emmanuel Macron, ministro da Economia da França, apresentou carta de demissão nesta terça-feira (30) (Foto: MATTHIEU ALEXANDRE / AFP)Emmanuel Macron, ministro da Economia da França, apresentou carta de demissão nesta terça-feira (30) (Foto: MATTHIEU ALEXANDRE / AFP)
A presidência francesa oficializou nesta terça-feira (30) a saída do governo do ministro da Economia Emmanuel Macron, cuja renúncia a oito meses das eleições presidenciais de 2017 alimenta as especulações de sua possível candidatura.
Macron renunciou "para dedicar-se de todo a seu movimento político", informa um comunicado da presidência.
François Hollande nomeou como seu sucessor o atual ministro das Finanças, Michel Sapin.
Emmanuel Macron "recobrará sua liberdade para continuar construindo uma nova oferta política", declaró uma porta-voz do En Marche!, movimento que criou em abril passado.
O jovem ministro de 38 anos havia anunciado na terça a seus colaboradores que apresentaria sua renúncia, segundo várias fontes próximas a ele.
Golpe para Hollande
Sua saída do governo é um duro golpe para François Hollande e reforça ainda a incerteza da esquerda na perspectiva da eleição presidencial de 2017.
Afetado por uma impopularidade recorde, o atual presidente deve dizer até o final do ano se vai disputar ou não o segundo mandato.
Hollande já é desafiado por três ex-ministros: os socialistas Benoît Hamon e Arnaud Montebourg, e a ecologista Cécile Duflot.
Fonte: G1