terça-feira, 30 de agosto de 2016

BRASIL

Brasil reitera apoio à Guiné-Bissau após reunião no Conselho de Segurança




Embaixador Antonio Patriota disse à Rádio ONU que o país africano de língua portuguesa pode contar com o compromisso brasileiro; nação sul-americana lidera configuração de paz para a Guiné dentro de Comissão da ONU.
Embaixador do Brasil junto nas Nações Unidas, Antonio Patriota. Foto: ONU/Loey Felipe

A Guiné-Bissau pode seguir contando com o apoio do Brasil para atravessar o impasse político que está vivendo, há quase um ano, após a demissão do governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
Naquele momento, a Guiné-Bissau tentava se reerguer de uma crise política surgida em abril de 2012, quando o país sofreu um golpe de Estado. Em seguida foram organizadas eleições diretas que restabeleceram a ordem democrática.
Orçamento
Mas desde a demissão do governo Simões Pereira pelo presidente José Mário Vaz, a nação africana de língua portuguesa tem lidado com vários desafios políticos. Um deles é a aprovação do orçamento nacional e de reformas no setor da segurança.
Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança reuniu-se em Nova York para debater a situação da Guiné-Bissau. Um dos participantes do evento foi o embaixador do Brasil junto nas Nações Unidas, Antonio Patriota.
O país assumiu a liderança da configuração para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas.
Nesta entrevista à Rádio ONU, Patriota afirmou que o Brasil está comprometido a ajudar a Guiné-Bissau e falou da cooperação entre ambas as nações de língua portuguesa.
Potencial agrícola
"Temos desenvolvido ações também no plano bilateral para apoiar tanto o governo como a sociedade. Existem operadores também no setor privado que demonstram grande entusiasmo, por exemplo, pelo potencial agrícola de Guiné-Bissau, que é um país de terras férteis com abundância de água. De modo que este compromisso brasileiro sim persistirá com o crescente entusiasmo, espero, à medida que as instituições se consolidem, que a democracia se consolide, haverá inúmeras oportunidades para parcerias em uma variedade de áreas."
Antonio Patriota lembrou ainda que qualquer decisão deve ser tomada pelos guineenses, e que a comunidade internacional tem de levar em conta que o apoio não deve conter interferências em assuntos que têm de ser decididos pelos líderes e pelo povo da Guiné.


Patriota encerrou a entrevista lembrando que a posição brasileira reflete este compromisso do Brasil com a estabilidade de longo prazo na nação africana.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Resistência a antibióticos leva OMS a mudar tratamento contra DSTs




Agência da ONU lança novo guia de tratamento para combater sífilis, gonorreia e clamídia; calcula-se que mais de 214 mil pessoas são infectadas todos os anos no mundo por essas três doenças.
Foto: OMS/Jim Holmes

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou esta terça-feira um novo guia para o tratamento de três doenças sexuais transmissíveis, DSTs: sífilis, gonorreia e clamídia.
A decisão da agência da ONU foi tomada em resposta ao aumento da resistência dessas doenças aos antibióticos. Os especialistas disseram que todos esses problemas são causados por bactérias e, geralmente, são curados com o uso de remédios.
Uso Indevido
A OMS calcula que mais de 214 milhões pessoas no mundo contraem essas infecções todos os anos, sendo que clamídia e gonorreia são as mais comuns e depois, sífilis.
Esse aumento foi causado porque essas DSTs não são diagnosticadas e se tornam mais difíceis de serem tratadas. Agora, alguns antibióticos estão fracassando na cura devido ao uso indevido ou excessivo.
A pró-reitora de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo, e integrante do grupo de desenvolvimento das diretrizes para infecções sexualmente transmitidas da OMS, Angélica Espinosa Barbosa Miranda, participou da preparação do guia.
Brasil
De Vitória, no Espírito Santo, em entrevista à Rádio ONU, a médica falou sobre a situação no Brasil.
"Não só no Brasil, como na América Latina em especial e em outras partes do mundo, essas doenças tiveram um aumento expressivo nas últimas décadas. A infecção com a clamídia é bem frequente no Brasil. O último estudo nacional mostra que por volta de 10% de mulheres jovens são infectadas por clamídia. Já a preocupação com a gonorreia é que cada vez mais aparecem cepas resistentes aos antibióticos que eram comumente usados. E, por último, a sífilis. Infelizmente o Brasil ainda não conseguiu e nem está tão perto de eliminar a sífilis congênita, que é o nosso maior problema."
Entre as recomendações, o guia da OMS reforça a necessidade de se tratar essas doenças com o antibiótico correto, na dosagem correta e no horário determinado para impedir a propagação.
O relatório explica que a resistência dessas doenças aos antibióticos aumentou rapidamente nos últimos anos e acabou reduzindo as opções de tratamento.
Maior Resistência
Das três DSTs mencionadas no documento, a gonorreia é a que apresenta a maior preocupação porque desenvolveu a mais forte resistência aos remédios.
Quando não tratadas, essas doenças podem resultar em sérias complicações de saúde para mulheres e homens. A OMS classifica sífilis, gonorreia e clamídia como grandes problemas de saúde pública em todo o mundo.
Essas doenças afetam a qualidade de vida de milhões de pessoas, causando problemas graves e até mesmo morte.
No caso da gonorreia, a OMS afirma que os antibióticos mais antigos e baratos, comumente utilizados para combater a doença, não fazem mais efeito e não devem ser mais usados. Como exemplo, os especialistas desaconselharam o uso do antibiótico quinolones.


A clamídia é a DST mais comum e geralmente está associada à gonorreia. Em relação à sífilis, o relatório recomenda o uso de penicilina benzatina, antibiótico injetável que é considerado o mais eficaz neste momento.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban destaca direitos humanos em visita a Mianmar




No país, secretário-geral da ONU falou a jornalistas ao lado da ministra das relações exteriores Aung San Suu Kyi; chefe das Nações Unidas abordou situação da comunidade Rohingya.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a ministra das relações exteriores de Mianmar, Aung San Suu Kyi, falam a jornalistas. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está em Mianmar onde falou com jornalistas ao lado da ministra das relações exteriores do país, e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
Ban afirmou que os dois concordaram que a população do Mianmar, independentemente de sua etnia, religião ou situação econômica, quer melhores oportunidades sociais e econômicas, em um ambiente onde todos sejam "livres, iguais e estejam seguros".
Esperança e Dignidade
O secretário-geral disse que os dois líderes também discutiram os últimos acontecimentos no estado de Rakhine onde, segundo Ban, a situação é "complexa".
Ele afirmou que recebeu garantias do governo de seu compromisso em abordar as causas do problema.
O secretário-geral expressou a preocupação da comunidade internacional sobre dezenas de milhares de pessoas vivendo em condições ruins em campos de deslocados internos por mais de quatro anos.
Segundo Ban, "como todas as pessoas, em todos os lugares, estas precisam e merecem um futuro de esperança e dignidade".
Comunidade Rohingya
Para o chefe da ONU, essa não é apenas uma questão de direitos da comunidade Rohingya. Ele afirmou que a questão mais ampla é que todas as pessoas em Mianmar, de todas as etnias, devem poder viver em igualdade e harmonia, ao lado de seus vizinhos.
O secretário-geral destacou que indivíduos que estão vivendo no país há gerações deveriam ter o mesmo status legal e de cidadania que todos os outros.
Ele afirmou estar feliz em ver que "passos encorajadores" foram tomados, incluindo a criação de uma Comissão presidida pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
O órgão se concentrará em questões gerais em Rakhine. Ban também garantiu que as Nações Unidas vão continuar trabalhando de forma construtiva com o país.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Unesco quer investigação do assassinato de dono de jornal em Minas Gerais




Em nota, chefe da agência da ONU Irina Bokova condenou a morte de Maurício Campos Rosa, e pediu que reponsáveis sejam levados à justiça; Campos Rosa era dono do jornal O Grito e foi morto na cidade de Santa Luzia em 17 de agosto.
Foto: Unesco

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, condenou nesta terça-feira o assassinato do jornalista Maurício Campos Rosa, em 17 de agosto, na cidade de Santa Luzia, em Minas Gerais.
Bokova pediu que as autoridades investiguem o crime e levem os responsáveis à justiça.
Impunidade
Para a chefe da agência da ONU, não se pode permitir que a impunidade beneficie aquelas que usam de violência para calar a imprensa.
Maurício Campos Rosa escrevia para o jornal local O Grito, de sua propriedade. Ele foi morto a tiros, segundo a mídia local.
A chefe da Unesco emite declarações sobre o assassinato de profissionais da mídia e da imprensa conforme Resolução 29 adotada pelos Estados-membros da agência em 1997. O documento é chamado "Condenação de Violência a Jornalistas".

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Força aérea síria e Isil por trás de pelo menos três ataques químicos na Síria



Dados estão em relatório da ONU; três casos de uso de armas químicas na Síria desde abril de 2014 foram verificados por uma investigação "independente, imparcial e objetiva" autorizada pelo Conselho de Segurança.
Virginia Gamba. Foto: ONU/Amanda Voisard

Três casos de uso de armas químicas na Síria desde abril de 2014 foram verificados por uma investigação "independente, imparcial e objetiva" ordenada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O chamado Mecanismo Conjunto de Investigação, liderado por um painel de três pessoas, examinou nove casos de uso documentado de armas químicas para determinar os reponsáveis pela sua utilização.
Casos
O relatório fala sobre três casos sobre os quais o painel afirmou ter encontrado evidências suficientes para determinar quem são os responsáveis.
A Rádio ONU conversou com Virginia Gamba, chefe do Mecanismo, conhecido como JIM, em sua sigla em inglês.
Gases Cloro e Mostarda
Segundo Virginia Gamba, a força aérea síria foi identificada como responsável em dois casos, com uso de gás cloro.
O grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, ou Daesh, foi identificado como responsável em um dos casos, com uso de gás mostarda.
Mensagem Clara
Gamba afirmou que o Painel fornecerá atualizações sobre outros casos em um relatório previsto para meados de setembro.
Na entrevista, a chefe do Mecanismo disse ainda que queria "dizer claramente que todos os responsáveis pelo uso de substâncias químicas tóxicas como armas na Síria devem ser responsabilizados a fim de impedir tais ações no futuro".


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

POLÍTICA

Vice de Janot é exonerada após vir à tona que participou de ato 'fora, Temer'

Vídeo mostrou Ela Wiecko em protesto contra Temer em junho em Portugal.
Procuradora de carreira, Ela permanecerá na PGR mesmo com afastamento.


A subprocuradora da República Ela Wiecko (à esq, segurando a faixa, de óculos escuros) participa em Portugal de ato de protesto ao governo Temer (Foto: Reprodução / TVT)A subprocuradora da República Ela Wiecko (à esq, segurando a faixa, de óculos escuros) participa em Portugal de ato de protesto ao governo Temer (Foto: Reprodução / TVT)
A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko – número dois na hierarquia da Procuradoria Geral da República (PGR) –, foi exonerada do cargo nesta terça-feira (30), a pedido, após a divulgação de um vídeo que mostra a subprocuradora participando de uma manifestação organizada em Portugal contra o presidente em exercício Michel Temer.
No entanto, como é procuradora de carreira, Ela Wiecko permanecerá na PGR mesmo com a exoneração do cargo de vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo a PGR, o pedido de exoneração foi aceito por Janot. Em nota, a assessoria da Procuradoria informou que o afastamento da vice-procuradora da função será publicada no "Diário Oficial da União" (leia a íntegra do comunicado ao final desta reportagem). Ainda não divulgado quem irá substituí-la na segunda função mais importante do Ministério Público Federal.
O protesto contra o governo Temer no país europeu, no qual Ela Wiecko participou, ocorreu em junho. Na ocasião, a subprocuradora foi filmada no protesto segurando uma faixa que denunciava a realização de um "golpe" no Brasil e tinha a mensagem "fora, Temer".
A participação de Ela no ato foi publicada nesta terça no site da revista "Veja". A reportagem mostrou um vídeo exibido pela TVT, emissora ligada à Central Única de Trabalhadores (CUT), no qual a vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aparece ao lado de estudantes e do intelectual português Boaventura de Sousa Santos, professor catedrático da Universidade de Coimbra.
Ela Wiecko formou-se em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É procuradora da República desde 1975. Atuou na área de direitos humanos da Procuradoria de Santa Catarina e é subprocuradora-geral da República desde 1992. Já trabalhou com projetos de enfrentamento à violência contra mulher, trabalho escravo e direito dos quilombolas.
É doutora em crimes contra sistema financeiro e participou da elaboração do anteprojeto do Código Penal entre 1997 e 1998. Já presidiu a Associação Nacional dos Procuradores da República. Foi indicada em 2012 à vaga de ministro do STF. Já integrou a lista tríplice para o cargo de procurador-geral sete vezes, em 2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011 e 2013.
Marido
No começo de agosto, o marido de Ela Wiecko, Manoel Volkmer de Castilho, que trabalhava no gabinete do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, como assessor técnico, foi exonerado após assinar uma petição de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Castilho assinou o abaixo-assinado que diz que Lula sofre "ataques preconceituosos e discriminatórios". No documento, juristas defenderam o direito de o petista recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Leia a íntegra da nota divulgada pela PGR:
Nota à imprensa
Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu dispensa das funções do cargo de vice-procuradora-geral da República nesta terça-feira, 30 de agosto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou o pedido e assinou a portaria que será publicada no Diário Oficial da União.
Na Vice-Procuradoria-Geral da República, ela foi responsável por importantes projetos na área de direitos humanos, como a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e a defesa da legalidade da Lista Suja do trabalho escravo. Também teve atuação de destaque no Conselho Superior do Ministério Público Federal e nos processos junto à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: G1

POLÍTICA

Polícia Federal vai investigar ameaça de morte recebida por Aécio

Mensagem foi enviada por e-mail na segunda-feira e pede a renúncia dele.
Outros parlamentares também receberam mensagens com teor idêntico.


29/08 - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado Federal, em Brasília (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)O senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado Federal, em Brasília (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)
A Polícia Federal informou nesta terça-feira (30) que irá abrir um inquérito para investigar ameaça de morte recebida, por e-mail, pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) no momento em que ele dava início aos seus questionamentos à presidente afastada Dilma Rousseff na sessão de segunda-feira (29) do processo de impeachment no Senado.
A mensagem anônima foi enviada ao endereço eletrônico funcional do parlamentar às 14h14. No e-mail, intitulado “Aviso”, Aécio é chamado de “canalha asqueroso”.
O remetente exige que o tucano renuncie ao seu mandato ou irá "matar você e toda a sua família". Em anexo, há uma fotografia do cadáver de um jovem assassinado e coberto de sangue.
Mensagens idênticas foram enviadas a outros parlamentares que atuaram ativamente no processo de impeachment de Dilma, entre eles o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator na comissão especial e autor do parecer que defende o afastamento definitivo da petista.
Outro destinatário de e-mail semelhante, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que o episódio não o preocupa. “É molecagem”, afirmou.
O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, contou que também recebeu o e-mail de ameaça enviado aos colegas tucanos. Na tarde desta terça, ele revelou ter sido alvo de outra ameaça, desta vez, pelo celular, dizendo que seus filhos iriam sofrer “vingança”.
Segundo ele, a segurança do Senado foi comunicada sobre o fato. "Não posso dizer que seja molecagem. Não sou assustado. Porém, não é bom receber isso", ponderou o peemedebista.
A assessoria de imprensa da PF informou que, por ora, a instituição foi notificada apenas da situação envolvendo o senador Aécio Neves e que os fatos já estão sendo apurados.

Fonte: G1

MUNDO

Amatrice realiza 2º funeral de Estado em homenagem às vítimas de tremor

Presidente da Itália e primeiro-ministro participaram da cerimônia.
Tremor de 6.2 deixou 292 mortos, maioria deles na cidade de Amatrice.


Mulher chora durante funeral de Estado em homenagem às vítimas de terremoto em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)Mulher chora durante funeral de Estado em homenagem às vítimas de terremoto em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)
Município mais afetado pelo terremoto que atingiu na última quarta-feira a região central da Itália, Amatrice realizou nesta terça-feira (30) um funeral de Estado em homenagem às vítimas da tragédia.
Segundo a Defesa Civil, o tremor de 6.2 deixou 292 mortos, a maioria deles (232) em Amatrice.
A cerimônia ocorre em uma esplanada em Amatrice, com a presença do presidente da Itália, Sergio Mattarella, e do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, além de outras autoridades.
Na esplanada foi instalada uma enorme estrutura branca para celebrar a missa, com a presença dos moradores de Amatrice, entre eles os milhares de desabrigados que estão instalados em abrigos da região.
O primeiro funeral de Estado havia sido realizado no sábado (27). O governo da Itália decidiu na segunda-feira (29) realizar um segundo funeral de Estado em Amatrice, em homenagem às vítimas do terremoto de 24 de agosto, depois dos protestos dos sobreviventes da cidade.
Parentes e amigos participam de funeral em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)Parentes e amigos participam de funeral em Amatrice (Foto: Andrew Medichini/AP)
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Amatrice foi município mais afetado pelo terremoto que atingiu na última quarta-feira  (Foto: Antonio Calanni/AP)Amatrice foi município mais afetado pelo terremoto que atingiu na última quarta-feira (Foto: Antonio Calanni/AP)

Fonte: G1

MUNDO

Ministro da Economia francês apresenta sua demissão

Renúncia alimenta especulações de sua possível candidatura às eleições.
Emmanuel Macron vai se dedicar a seu movimento político, diz comunicado.


Emmanuel Macron, ministro da Economia da França, apresentou carta de demissão nesta terça-feira (30) (Foto: MATTHIEU ALEXANDRE / AFP)Emmanuel Macron, ministro da Economia da França, apresentou carta de demissão nesta terça-feira (30) (Foto: MATTHIEU ALEXANDRE / AFP)
A presidência francesa oficializou nesta terça-feira (30) a saída do governo do ministro da Economia Emmanuel Macron, cuja renúncia a oito meses das eleições presidenciais de 2017 alimenta as especulações de sua possível candidatura.
Macron renunciou "para dedicar-se de todo a seu movimento político", informa um comunicado da presidência.
François Hollande nomeou como seu sucessor o atual ministro das Finanças, Michel Sapin.
Emmanuel Macron "recobrará sua liberdade para continuar construindo uma nova oferta política", declaró uma porta-voz do En Marche!, movimento que criou em abril passado.
O jovem ministro de 38 anos havia anunciado na terça a seus colaboradores que apresentaria sua renúncia, segundo várias fontes próximas a ele.
Golpe para Hollande
Sua saída do governo é um duro golpe para François Hollande e reforça ainda a incerteza da esquerda na perspectiva da eleição presidencial de 2017.
Afetado por uma impopularidade recorde, o atual presidente deve dizer até o final do ano se vai disputar ou não o segundo mandato.
Hollande já é desafiado por três ex-ministros: os socialistas Benoît Hamon e Arnaud Montebourg, e a ecologista Cécile Duflot.
Fonte: G1

MUNDO

Reeleição de Rajoy emperra nos socialistas

Líder conservador não deve conseguir a maioria absoluta no Parlamento para ser reeleito. Novo impasse pode resultar na terceira eleição em um ano. Muito dependerá agora dos socialistas.



Presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy (esq.), em encontro com líder socialista Pedro Sánchez (Foto: Reuters/Susana Vera)Presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy (esq.), em encontro com líder socialista Pedro Sánchez (Foto: Reuters/Susana Vera)
Em janeiro de 2016, pouco mais de um mês depois de a Espanha ter realizado sua primeira eleição geral, o presidente do governo Mariano Rajoy dissera que participar de um debate de posse sem apoio suficiente para vencer seria "uma fraude". Em maio, afirmou que nunca enfrentaria tal debate para perder, já que isso seria "zombar das instituições".
O líder conservador seguiu nessa linha até 18 de agosto, quando anunciou estar pronto ao debate. Nesta terça-feira (30), Rajoy apresentou o programa de governo ao Parlamento e no dia seguinte ocorre a votação, mas ninguém espera que ele consiga os 176 votos necessários para a vitória parlamentar. Pelo menos, não agora.
Seu Partido Popular (PP) conseguiu obter o apoio dos 32 deputados do Ciudadanos e o voto único da Coalizão Canária, nada mais. Rajoy precisa ainda de seis votos a seu favor ou de 11 abstenções para ser reeleito como presidente do governo da Espanha. Na segunda-feira ele se encontrou com o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, numa tentativa de fazê-lo reconsiderar uma aliança, mas sem sucesso. Desde a eleição Sánchez tem mantido sua posição contrária ao PP.
Oposição de Sánchez
Espera-se que os 85 parlamentares do PSOE se oponham a um governo liderado pelo partido de Rajoy. Um apoio da legenda de esquerda e antiausteridade Podemos e dos nacionalistas está fora de cogitação no momento, por isso Rajoy pressiona por um acordo com os socialistas.
Impasse no Parlamento espanhol pode resultar em terceira rodada de eleições no país em um ano (Foto: DW/S. Saez)Impasse no Parlamento espanhol pode resultar em terceira rodada de eleições no país em um ano (Foto: DW/S. Saez)
Numa coletiva de imprensa na segunda-feira, ele disse não estar pedindo apoio, mas apenas que o PSOE "permita algo tão racional quanto um governo para a Espanha". No entanto, Sánchez permanece firme com sua posição. O líder socialista afirma que o programa de governo de Rajoy não retifica "os elementos fundamentais das leis que ele aprovou com a maioria absoluta" – uma referência à reforma conservadora da educação, à política trabalhista e à reforma constitucional.
Sánchez acrescentou que, mesmo que Rajoy concorde em mudanças, ele não apoiará sua reeleição. Ele se manteve reservado quanto à questão de se o PSOE tentaria liderar um governo alternativo, caso Rajoy não seja reeleito.
Divisão partidária no PSOE
No momento, parece certa a permanência do impasse. O jornalista e comentarista político Antonio Maestre afirma que, se todas as partes estão dizendo a verdade, a Espanha será convocada às urnas pela terceira vez em um ano. Socialistas e nacionalistas sustentam que sob nenhuma circunstância apoiarão Rajoy, o qual, por sua vez, tem repetidamente afirmado que não renunciará.
Porém Maestre diz acreditar que o PSOE se posicionará de um lado ou do outro antes de uma eventual terceira rodada de eleições. "Sánchez terá que procurar uma maioria alternativa ou chegar a um acordo com os conservadores em troca de algumas medidas, uma das quais poderia ser a saída de Mariano Rajoy", disse, em entrevista à DW.
Federico Santi, analista em Europa do Eurasia Group, afirma acreditar que Sánchez seguirá tentando obter a liderança do gabinete ao PSOE. "O [partido de esquerda] Podemos está agora mais inclinado a um acordo com o PSOE, mas isso não é suficiente. É extremamente improvável que eles recebam dos partidos catalães pró-independência ou do Ciudadanos o apoio de que necessitam", afirmou à DW. Santi pensa que os socialistas acabarão por se abster, mas querem mostrar que tentaram de tudo antes de fazê-lo.
As discrepâncias internas do PSOE não se tornaram públicas, mas estão aparentes. Para Santi, os ramos conservadores e progressistas do partido estão em discórdia. e a escolha final do partido dependerá do resultado desse embate interno.
"Os socialistas são o pivô aqui, e eles terão de fazer algumas escolhas difíceis. É uma questão de mostrar que esgotaram as alternativas, e pode ser necessária outra eleição antes de eles estarem prontos para dar esse passo", avaliou.
Economia em crescimento
Por outro lado, os dados macroeconômicos da Espanha continuam a mostrar uma tendência positiva, mesmo sem um governo para liderar o país. O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,8% no segundo trimestre, superando as estimativas, e ao longo dos últimos 12 meses a economia do país cresceu 3,2%. De acordo com Santi, a economia está "quase no piloto automático". No entanto, ressalvou, os dados positivos não significam que a economia não apresentaria resultados ainda melhores com um governo ativo.
Um dos principais pontos de preocupação é o orçamento nacional para 2017, que precisa ser submetido ao Parlamento até o final de setembro e aprovado em meados de outubro para cumprir as regras da União Europeia. O documento que detalha a distribuição de fundos para o próximo ano teria de ser adiado, se o prazo não for cumprido. A Espanha terá, então, que trabalhar com o orçamento de 2016 até que um novo governo seja eleito.
"Se o orçamento não puder ser aprovado e a Espanha mantiver um que foi elaborado durante a crise, isso significaria que os serviços sociais não obterão o mesmo financiamento que receberiam com o país numa boa situação", explica o jornalista Maestre.
A derrota esperada de Rajoy na votação de quarta-feira e numa segunda rodada a ser realizada na sexta-feira abrirá um novo capítulo na política espanhola. Acabou o jogo de xadrez e começara uma espécie de dança das cadeiras. Não há vencedores, apenas derrotados. Quem assumirá a responsabilidade por uma eventual terceira rodada de eleições? O PSOE inicia na pior posição, mas ainda tem algumas cartas na manga.
Fonte: G1

MUNDO

Tensão aumenta na Venezuela por protestos chavista e opositor

Chavistas se manifestam nesta terça em defesa de Maduro.
Oposição convocou protesto para a próxima quinta.


A Venezuela vive um novo episódio de tensões. Os chavistas se manifestaram maciçamente nesta terça-feira (30) em uma contraofensiva frente ao protesto convocado pela oposição para a próxima quinta-feira para exigir o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.
Com o nome de "Tomada da Venezuela", os seguidores do governo, vestidos de vermelho, começaram a se concentrar em um setor central de Caracas e em outros pontos do país em apoio a Maduro e à revolução socialista de Hugo Chávez (1999-2013).
"Esse é o povo chavista nas ruas manifestando seu apoio ao presidente Maduro e defendendo um projeto político", declarou, ao liderar a manifestação, o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, que acusou a oposição de planejar um golpe de Estado.
A opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) ajeita os detalhes para o que chama de a "Tomada de Caracas", com a qual na quinta-feira pedirá a aceleração do processo do revogatório ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo.
"Que ninguém se deixe intimidar", conclamou o líder opositor Henrique Capriles, que em entrevista à AFP assegurou que tem início agora uma nova etapa de mobilizações para obrigar o governo a aceitar o referendo.
Tanto o governo quanto a oposição têm trocado acusações nos últimos dias sobre atiçarem a violência nas manifestações, aumentando o temor na população de ocorrerem incidentes.
Alguns comércios no leste de Caracas, que a MUD previu como pontos de chegada de opositores de várias cidades do país, planejam fechar na quinta-feira. "Vou ao protesto, porque o país está mal e temos que nos pronunciar", disse à AFP María Rodríguez, que vendia biscoitos a um pedestre em seu quiosque.
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu entrevista coletivo no Palácio Miraflores, em Caracas, na terça-feira (17) (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em imagem de arquivo (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Imersa em uma profunda polarização política, a Venezuela sofre uma grave crise econômica com a escassez de produtos básicos que chega a 80% e uma inflação que foi de 180% em 2015, a mais alta do mundo, e que segundo o FMI chegará a 720% esse ano.
'Nem que prendam todos nós'
Deputados da maioria opositora no Parlamento denunciaram nesta terça-feira a "perseguição" contra dirigentes da MUD. A oposição assegura que o governo está "amedrontando" seus seguidores para evitar que se manifestem.
"Vê-se um aumento seletivo no isolamento de dirigentes" da MUD, assegurou nesta terça o chefe parlamentar e anti-chavista Henry Ramos Allup.
As autoridades venezuelanas enviaram à cadeia, no sábado, o ex-prefeito opositor Daniel Ceballos, que estava em prisão domiciliar há um ano, acusando-o de planejar sua fuga e preparar atos violentos para quinta-feira.
Na segunda-feira, detiveram em Caracas o opositor Yon Goicochea, acusado de portar detonadores para explosivos que segundo o governo seriam usados no protesto. A oposição rejeitou as acusações.
"Nem se prenderem todos nós irão evitar que as pessoas saiam para lutar por uma mudança democrática, eleitoral e pacífica", expressou o deputado opositor Tomás Guanipa, que acusou o governo de "plantar" provas contra Goicochea.
Ambiente difícil
O Sindicato dos Jornalistas denunciou um ambiente difícil para a imprensa. Pessoas não identificadas lançaram, nesta terça-feira, bombas incendiárias contra a sede do jornal "El Nacional", de linha opositora, enquanto jornalistas da emissora árabe Al Jazeera, que viajaram até a Venezuela para cobrir o protesto, não obtiveram permissão de entrada ao chegar no aeroporto.
Henrique Capriles, líder da oposição venezuelana, em entrevista na TV Globo (Foto: Felipe Néri/G1)Henrique Capriles, líder da oposição venezuelana, durante entrevista na TV Globo (Foto: Felipe Néri/G1)
Maduro denunciou que a oposição organiza um golpe de Estado conduzido do exterior pelos Estados Unidos. O dirigente chavista Jorge Rodríguez sentenciou nesta terça, na manifestação, que no centro de Caracas os opositores "não vão entrar".
"Presume-se atos de violência e desestabilização (...) Quando uma manifestação se transforma em violenta esse direito se perde", advertiu o ministro do Interior, o general Néstor Reverol, que analisa o dispositivo de segurança com chefes policiais.
A Igreja Católica venezuelana pediu nesta terça que o governo respeite "o direito legítimo" à manifestação. A oposição denunciou que as autoridades estão impedindo seguidores vindos de outras regiões do país cheguem.
Fonte: G1 

MUNDO

EUA alertam sobre chegada de furacão Madeline ao Havaí na quarta

Madeline avança na direção oeste com ventos constantes de até 195 km/h.
Chegada de furação coincidirá com visita de Barack Obama ao arquipélago.


Madeline avança na direção oeste com ventos constantes de até 195 km/h (Foto: Nasa/AFP)Madeline avança na direção oeste com ventos constantes de até 195 km/h (Foto: Nasa/AFP)
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) alertou sobre a chegada do furacão Madeline, de categoria 3, nesta quarta-feira (30) ao arquipélago do Havaí.
De acordo com organismo, às 12h (horário de Brasília) desta terça-feira o furacão estava a 715 quilômetros ao leste de Hilo, na parte mais oriental do arquipélago, e a 1.025 quilômetros da capital, Honolulu.
Madeline avança na direção oeste com ventos constantes de até 195 km/h a uma velocidade de 17 km/h. O NHC decretou um alerta por tempestade tropical para as cinco ilhas mais ao leste do arquipélago, enquanto para o Havaí, a mais próxima ao continente, também está vigente um alerta por furacão. Em todas elas são esperados ventos fortes, destruição no litoral e chuvas intensas na quarta e quinta-feira, dia no qual Madeline começará a perder força.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos pediu aos moradores do Havaí, especialmente marinheiros e banhistas, para que se prepararem para a chegada do furacão.
"Aos proprietários de grandes embarcações pedimos para que levem seus navios a portos seguros nos quais estarão menos expostos", apontou a Guarda Costeira, enquanto os donos de pequenas embarcações foram orientados a retirá-los da água e guardá-los em locais cobertos.
Já para os banhistas a recomendação da Guarda Costeira é "prestar atenção às advertências dos socorristas" e ao resto das autoridades.
"Mesmo que as condições meteorológicas possam parecer favoráveis, as marés altas e as ondas grandes podem atingir as praias antes que a tempestade chegue. Até mesmo os melhores nadadores podem ser vítimas das ondas e da correnteza", advertiu o órgão.
A Guarda Costeira alertou "pode ser que os serviços de emergência não sejam capazes de ajudar às pessoas em perigo", por isso insistiu às pessoas "prestem atenção a todas as ordens de evacuação" e às embarcações "a buscar portos seguros e abrigos".
A chegada de Madeline ao Havaí coincidirá com a visita do presidente americano, Barack Obama, ao arquipélago.
Na quarta-feira, Obama participará da Conferência de Líderes das Ilhas do Pacífico, dentro do Congresso Mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em Honolulu, enquanto na quinta-feira falará sobre a recente criação da maior área marinha protegida do mundo (Monumento Nacional Papahanaumokuakea) no arquipélago.

Fonte: G1