segunda-feira, 15 de agosto de 2016

MUNDO

Sul-coreanos raspam cabelos contra instalação de escudo antimísseis

Coreia do Sul e EUA implantarão em 2017 escudo antimísseis THAAD.
Moradores da cidade de Seongju protestaram contra decisão do governo.


Moradores da cidade de Seongju, na Coreia do Sul, raspam as cabeças em protesto contra a decisão do governo de aceitar colocar uma unidade americana de defesa antimíssil no local (Foto: Kim Jun-beom/Yonhap/Reuters)Moradores da cidade de Seongju, na Coreia do Sul, raspam as cabeças em protesto contra a decisão do governo de aceitar colocar uma unidade americana de defesa antimíssil no local (Foto: Kim Jun-beom/Yonhap/Reuters)
A Coreia do Sul decidiu aumentar de forma significativa seu arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro com o objetivo de enfrentar a ameaça "crescente" de armas da Coreia do Norte, anunciaram no domingo as autoridades sul-coreanas.
Segundo acordo, a Coreia do Sul e os Estados Unidos implantarão em 2017 escudo antimísseis THAAD no território sul-coreano, que inclui a aquisição de novos interceptadores Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3).
Seul estima que o regime norte-coreano liderado por Kim Jong-un possua 1 mil mísseis capazes de fazer lançamento simultaneamente.
Cerca da metade deles, do tipo Scud e com uma categoria de entre 300 e 700 quilômetros, está localizado em uma faixa situada entre 50 e 90 quilômetros da zona desmilitarizada (DMZ) que separa às duas Coreias.
A Coreia do Norte dispõe de um segundo anel de lançamento, a uma distância de até 120 quilômetros ao norte da DMZ, que é entre 200 e 300 mísseis de médio alcance Rodong, cujo alcance chega até os 1,3 mil quilômetros, segundo o Ministério de Defesa sul-coreano.

Fonte: G1 

MUNDO

Acidente de ônibus no Nepal deixa mais de 30 mortos

Veículo derrapou e caiu em um penhasco nesta segunda.
Ao menos 33 morreram e 28 ficaram feridos, segundo a AP.


Feridos em acidente de ônibus no Nepal foram transferidos de helicóptero para hospitais de Katmandu (Foto: Nepalese Army/ Reuters )Feridos em acidente de ônibus no Nepal foram transferidos de helicóptero para hospitais de Katmandu (Foto: Nepalese Army/ Reuters )
Um acidente envolvendo um ônibus deixou 33 mortos e 28 feridos nesta segunda-feira (15) no distrito de Kavrepalanchok, no Nepal. O veículo derrapou e caiu em um penhasco, segundo a Associated Press. A polícia investiga as causas do acidente. 
Os feridos foram levados para dois hospitais na capital do Nepal, Katmandu, que fica a cerca de 80 km da cidade Deurali, onde ocorreu o acidente.   
A estrada é mão dupla e só permite a passagem de um veículo de cada vez. Ela tem curvas fechadas e não tem grades de proteção.
Fonte: G1 

ECONOMIA

Dólar opera em queda e chega a bater R$ 3,15 nesta segunda

Na sexta-feira, moeda fechou em alta, cotada a R$ 3,185.
No ano, a queda acumulada é de 19,33%.


O dólar opera em queda em relação ao real nesta segunda-feira (15), após a alta superior a 1% vista na sessão anterior, e com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendendo o regime de câmbio flutuante após comentários do presidente interino Michel Temer.
Às 15h59, a moeda norte-americana recuava 0,28%, cotada a R$ 3,1760, após chegar a R$ 3,1597  na mínima do dia. 
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,31%, a R$ 3,1751
Às 9h30, queda de 0,20%, a R$ 3,1786
Às 10h, queda de 0,48%, a R$ 3,1696
Às 10h40, queda de 0,66%, a R$ 3,1638
Às 11h30, queda de 0,68%, a R$ 3,1634
Às 12h10, queda de 0,75%, a R$ 3,1612
Às 12h20, queda de 0,45%, a R$ 3,1708
Às 14h10, queda de 0,29%, a R$ 3,1756
Às 14h49, queda de 0,28%, a R$ 3,176
Às 15h29, queda de 0,31%, a R$ 3,1752


"A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, à agência Reuters.
O dólar havia saltado 1,4%, maior alta em dois meses, e encostado em R$ 3,20 na sessão passada após o presidente interino Michel Temer afirmar que era necessário manter "um certo equilíbrio no câmbio", sem cotações altas ou baixas demais.
A agência Reuters publicou nesta manhã que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa. "Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial", afirmou.
dolar (Foto: André Paixão / G1)Dólar chegou a ser cotado a R$ 3,15 na manhã desta segunda-feira (15). (Foto: André Paixão/G1)
O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.
O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.
Interferência do BC
O BC reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente como BC acreditam que o pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar, segundo a Reuters.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse estoque girou acima de US$ 100 bilhões.
Semana passada
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (12), e voltou a se aproximar do patamar de R$ 3,20. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 3,185, em alta de 1,43% sobre o fechamento da véspera – a maior alta diária desde 13 de junho.
Na semana, o dólar acumulou alta de 0,5%, e no mês, queda de 1,78%. No ano, a queda acumulada é de 19,33%.
Fonte: G1 

ECONOMIA

Se equilíbrio fiscal exigir, pode haver alta de impostos, diz Meirelles

Decisão preliminar deve ser tomada após estimativa de arrecadação.
Sobre reajuste de servidores, ele disse que 'não houve derrota' do governo.


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (15) que pode haver necessidade de aumentar impostos caso as contas públicas não sejam reequilibradas. Segundo ele, deve ser divulgada até o final deste mês a estimativa de arrecadação do governo para 2017.
"Se for necessário nós vamos aumentar, porque o importante é o equilíbrio fiscal", afirmou a jornalistas após participar de evento com investidores em São Paulo. "Nós vamos tomar agora uma decisão preliminar, com a previsão sobre se será ou não necessário aumento de impostos em 2017".
Meirelles afirmou que a economia brasileira já apresenta sinais de recuperação, o que deve aumentar a arrecadação do governo e reduzir a necessidade de subir impostos. "Se tudo se configurar, não será necessário aumentar impostos."
Teto de gastos
O ministro da Fazenda voltou a defender que a aprovação do teto de gastos é "fundamental" para a recuperação da economia. O governo aguarda ainda aprovação no Congresso da limitação dos gastos públicos de acordo com a inflação.
"O que fez com que a economia brasileira começasse a perder empregos ao invés de gerar, perder renda, isso tudo decorreu de uma queda da confiança na economia em função de um aumento excessivo das despesas públicas que gerava uma preocupação, e ainda gera, de que não será financiável no futuro, de que o Brasil tenha uma crise fiscal no futuro", afirmou o ministro.
"Portanto é fundamental que se aprove a PEC, porque se dá uma determinação clara, uma sinalização e mais uma segurança a toda a sociedade de que o Estado estará solvente nos próximos anos."
Sobre o corte de gastos em áreas como Saúde e Educação, Meirelles ressaltou a importância de posturas de longo prazo. "Despesa com saúde é importante? Sim. Educação também? Sim. Previdência também? Sim. E a discussão que se coloca é a seguinte: 'ta bom, mas quem paga tudo isso é a sociedade brasileira que tem uma certa capacidade de pagar."
Sem derrota
Meirelles negou que tenha havido derrota do governo após a aprovação na Câmara do texto sobre a renegociação da dívida dos estados sem o veto a reajuste aos servidores. A declaração foi feita após o ministro ser questionado sobre comparações entre sua gestão à frente da Fazenda e a de Joaquim Levy.
"Eu gosto muito do meu amigo Joaquim Levy, é uma pessoa de grande caráter, honrada, bem posicionada etc. Em qualquer comparação com ele (...) eu me sinto muito honrado. Mas, dito isso, eu diria o seguinte: não houve uma derrota em um item relevante", disse Meirelles.
Levy deixou o cargo em meio a dificuldades de aprovação de medidas do ajuste fiscal pelo Congresso, ainda no governo da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Nesta segunda, Meirelles repetiu que a contrapartida mais importante na renegociação da dívida dos estados era a limitação dos gastos públicos de acordo com a inflação, o que foi mantido na decisão dos deputados.
"O item que os deputados fizeram resistência a aprovar foi um item que foi incluído a pedido dos governadores que visava facilitar o ajuste fiscal dos estados", afirmou. "O que vai garantir o ajuste fiscal é o teto (de gastos), e isso foi aprovado. Portanto, do nosso ponto de vista foi uma vitória importante, fundamental e que é um sinal muito positivo para a aprovação da PEC dos gastos."
Fonte: G1 

ECONOMIA

Planos de saúde perdem clientes pelo 13º mês seguido em julho

Setor tinha 48,35 milhões de clientes no mês, ante 49,51 milhões em junho.
Desde o fim de junho de 2015, foram perdidos 1,77 milhão de beneficiários.


Os planos de saúde perderam clientes pelo 13º mês seguido em julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15) pela Agência Nacional de Saúde Sumplementar (ANS). O setor reuniu em julho no país 48,35 milhões de beneficiários no país, uma queda de 0,32% ante a um total de 48,51 milhões de pessoas no mês anterior.
CLIENTES DE PLANOS DE SAÚDE
Em milhões
50,0350,1350,0550,0149,7949,6449,5849,449,3449,1248,7448,6648,6248,5148,35em milhõesmai/15jun/15jul/15ago/15set/15out/15nov/15dez/15jan/16fev/16mar/16abr/16mai/16jun/16jul/164848,54949,55050,5
Fonte: ANS
Desde o final de junho do ano passado, foram perdidos 1,77 milhão de beneficiários – em junho de 2015, o país tinha 50 milhões de pessoas com planos de saúde médico-hospitalares.
O relatório da ANS destaca, porém, que 8 estados registraram aumento do número de beneficiários em planos de assistência médica em relação a junho: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Entre as grandes operadoras, apenas Notre Dame, Hapvida e Sul América registraram crescimento no número de clientes em julho, de 0,57%, 0,05% e 0,38%, respectivamente, na comparação com junho.
A perda de número de clientes nas operadoras de plano de saúde acontece em meio à recessão e aumento do desemprego no país, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio deste ano, segundo o IBGE. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2016, o Brasil perdeu 448 mil empregos formais, segundo o Ministério do Trabalho.
No dia 6 de junho, a ANS autorizou o reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais e familiares.
A agência abriu uma discussão sobre a comercialização dos planos de saúde via internet. A ANS sugeriu um prazo de 10 dias para que interessados encaminhem propostas e indagações sobre o assunto.
Fonte: G1 

MUNDO

Trump deveria mudar de rumo ou desistir, diz 'Wall Street Journal'

Jornal conservador faz ataque mais forte ao republicano Donald Trump.
Candidato está atrás da democrata Hillary Clinton nas pesquisas.

Donald Trump fala durante um evento de campanha em Fairfield, Connecticut (Foto: Michelle McLoughlin/Reuters)Donald Trump fala durante um evento de campanha em Fairfield, Connecticut, em imagem de arquivo (Foto: Michelle McLoughlin/Reuters)
O candidato presidencial republicano Donald Trump deve arrumar sua turbulenta campanha até o Dia do Trabalho ou desistir, defende o jornal "Wall Street Journal" nesta segunda-feira (15), em um alerta contundente partindo de uma importante voz conservadora.
"O senhor Trump tem alienado seu partido e não está fazendo uma campanha competente", opinou o diário em um editorial.
O conselho editorial do jornal, que normalmente favorece os republicanos, vem se mostrando crítico a Trump, mas o alerta desta segunda-feira foi seu ataque mais forte até o momento e ecoou a ansiedade crescente de muitos republicanos a respeito do estado da campanha de Trump.
O empresário nova-iorquino do setor imobiliário, que jamais ocupou um cargo público, se atolou em um lodaçal de polêmicas, e as pesquisas de opinião o mostram atrás de sua rival democrata Hillary Clinton na corrida para a eleição de 8 de novembro.
A "janela para uma reviravolta (de Trump) está se fechando", disse o "Wall Street Journal", exortando seus apoiadores a pressionarem o candidato para que adote um já prometido "eixo" de uma postura presidencial e uma campanha mais disciplinada.
"Se eles não conseguirem que o senhor Trump mude de atitude até o Dia do Trabalho, o Partido Republicano não terá escolha além de descartar o candidato, por ser inviável, e se concentrar em salvar as disputas no Senado e na Câmara dos Deputados", disse o WSJ.
O Dia do Trabalho, comemorado este ano nos Estados Unidos em 5 de setembro, assinala o fim das férias de verão do país e tradicionalmente lança a fase final da longa temporada eleitoral dos EUA.
"Quanto ao senhor Trump, ele precisa parar de culpar todos os outros e decidir se quer se comportar como alguém que quer ser presidente -- ou entregar a candidatura a Mike Pence", disse o jornal em referência ao governador do Estado de Indiana e vice de Trump na chapa presidencial.
Polêmicas
Trump vem provocando polêmicas repetidamente nas semanas transcorridas desde que se tornou oficialmente o candidato presidencial republicano, em julho, apesar dos apelos de líderes partidários para que se concentre em temas que podem lhe garantir a vitória na eleição.    
Aparecendo atrás nas pesquisas feitas em estados muito disputados, Trump passou a se apresentar cada vez mais como uma vítima da mídia.
O "Wall Street Journal" diz que Trump se equivoca ao acreditar que seus comícios barulhentos irão se transformar em votos e que pode livrar a cara contando com as redes sociais ao invés de investir para competir nos estados muito disputados. 
Fonte: G1 

PARANÁ

Ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira e mais 13 viram réus na Lava Jato

Paulo Ferreira integra lista com executivos e servidores da Petrobras.
Ação penal investiga irregularidades descobertas na 31ª fase da Lava Jato.


O então deputado Paulo Ferreira (PT-RS) durante audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, em abril de 2013 (Foto: Alexandra Martins/Câmara dos Deputados)Ex-tesoureiro do Paulo Ferreira se torna réu em processo da Lava Jato (Foto: Alexandra Martins/Câmara dos Deputados)
O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Paulo Ferreira e mais 13 acusados viraram réus em processo que apura irregularidades nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na terça-feira (9) e aceita pelo juiz Sérgio Moro na sexta-feira (12).

As obras foram o foco da 31ª fase da Operação Lava Jato, desencadeada em julho deste ano. De acordo com o  MPF, o Consórcio Novo Cenpes pagou R$ 20 milhões em propina para conseguir o contrato para execução das obras do Centro de Pesquisa de Petrobras. A irregularidade ocorreu entre 2007 e 2012.A força-tarefa afirma que o dinheiro foi repassado para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do PT.

Os réus vão responder por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.

Réus
Adir Assad - empresário e doleiro
Agenor Franklin Magalhães Medeiros - OAS
Alexandre Correa de Oliveira Romano - ex-vereador do Partido dos Trabalhadores (PT)
Edison Freire Coutinho - Grupo Schahin
Erasto Messias da Silva Júnior - Construtora Ferreira Guedes
Genésio Schiavinato Júnior - Construbase
José Aldemário Pinheiro Filho - (Léo Pinheiro) - ex-presidente da OAS
José Antônio Marsílio Schwarz - Grupo Schahin
Paulo Adalberto Alves Ferreira - ex-tesoureiro do PT
Renato de Souza Duque - ex-diretor de Serviços da Petrobras
Ricardo Backheuser Pernambuco - Carioca Engenharia
Rodrigo Morales - operador
Roberto Ribeiro Capobianco - Construcap
Roberto Trombeta - contador
A denúncia apresentava 15 nomes. Porém, o nome de Ricarbo Pernambuco Backheuser Júnior foi retirado devido a um acordo de colaboração com a força-tarefa.
O ex-tesoureiro do PT é réu em outro processo na Justiça Federal de São Paulo, pela Operação Custo Brasil, que é um desdobramento da Operação Lava Jato.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele participou de irregularidades em empréstimos consignados a funcionários e para pagamento de propina para agentes públicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A fraude teria ocorrido em contratos de prestação de serviços de informática entre os anos de 2010 e 2015.
As suspeitas
O consórcio era composto pela OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia. OAS e Shahin Engenharia já eram investigadas pela Lava Jato.
O contrato firmado estava inicialmente previsto no valor de cerca de R$ $ 850 milhões, entretanto, depois de sucessivos aditivos, superou o montante consolidado de R$ 1 bilhão.
Os procuradores disseram que consórcio pagou para a WTorres não participasse da licitação. A empresa chegou a apresentar um valor mais baixo para a obra.
Os denunciados, de acordo com o Ministério Público Federal, dividiram tarefas e desempenharam diferentes funções no interesse da organização criminosa. A força-tarefa afirma que para que o contrato fosse realizado, executivos do Consórcio Novo Cenpes pagaram a propina para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do PT.
Assim que a 31ª fase da Lava Jato se tornou pública, o MPF afirmou que Alexandre Romano, que é ex-vereador da cidade de Americana (SP), confessou ter repassado mais de R$ 1 milhão do Consórcio Nova Cenpes para Ferreira, por meio de contratos simulados.

Outro lado
O advogado de Paulo Ferreira, José Roberto Batochio, foi procurado pela reportagem, mas até a última atualização não tinha atendido as ligações.

A defesa de Renato Duque, representada pelo advogado Roberto Brzezinski, disse que só vai se manifestar após ter acesso aos autos.

Edward de Carvalho, advogado de José Aldemário Pinheiro Filho e de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, não quis se manifestar sobre o assunto.

A empresa Construbase também informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

A defesa de Alexandre Correa de Oliveira Romano, representada pelo advogado Daniel Casagrande, disse que parte das informações da denúncia foram descobertas graças ao acordo de delação premiada firmado pelo réu. "Ele vai continuar colaborando com a Justiça como sempre fez", argumentou Casagrande.
A Construtora Ferreira Guedes afirmou que não teve qualquer relação com a Petrobras. "Sr. Erasto Messias da Silva Júnior exercerá seu direito de defesa afim de esclarecer os fatos apresentados na denúncia", afirmou a empresa por meio de nota oficial.

Assim que a denúncia foi apresentada, o PT negou as acusações. "O PT refuta as ilações apresentadas. Todas as operações financeiras foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral".
Fonte: G1 

RIO DE JANEIRO

Polícia pede prisão de empresário que vendia ingressos da Rio 2016

Empresa vendia ingressos a US$ 8 mil para abertura da Olimpíada.
Além do inglês Marcus Evans, polícia também pediu a prisão de 3 diretores.


Ingressos em poder de quadrilha internacional de cambistas desmantelada pela Polícia Civil na sexta-feira (5) (Foto: Henrique Coelho/G1)Ingressos em poder de quadrilha internacional de cambistas desmantelada pela Polícia Civil no dia 5 de agosto (Foto: Henrique Coelho/G1)
A polícia do Rio pediu a prisão de outros quatro diretores da empresa inglesa THG, que vendeu ingressos para a abertura da olimpíada Rio 2016 a mais de US$ 8 mil. Entre eles, está Marcus Evans, inglês que é dono do time de futebol Ipswich Town e controlador da empresa. A THG também está envolvida na máfia dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014. As prisões foram pedidas na quinta-feira (11) e deferidas na sexta (12).
Além de Evans, o Juizado de Grandes Eventos deferiu também o pedido de prisão do irlandês David Patrick Gilmore, do inglês Martin Studd e do holandês Marten Van Aos. Nenhum dos que tiveram o pedido de prisão deferido está no Brasil.
Na semana passada, a polícia já havia prendido o irlandês Kevin James Mallon, diretor da THG. Mallon foi encontrado na sexta-feira (5) com 32 ingressos falsos para a Olimpíada e autuado por associação criminosa, marketing por emboscada e facilitação ao cambismo.
Sobre o pedido de prisão desta segunda, o delegado Ricardo Barbosa, da delegacia de Defraudações, que invetiga o caso, afirmou:  "Era uma ação dissimulada, simulada na venda de um programa de hospitalidade que na verdade nunca existiu. O objetivo era conseguir ganho financeiro vendendo ilegalmente ingressos no nosso território".
A THG não tem autorização do Comitê Rio 2016 para vender tais pacotes. De acordo com a polícia, os diretores souberam quase imediatamente da prisão de Kevin Mallon, no dia da abertura da Olimpiada, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Além dos ingressos falsos, o irlandês vendia entradas oficiais "por preços altíssimos", informou a polícia. Cada ingresso para a abertura da Rio 2016 era vendido a US$ 8 mil (cerca de R$ 25,4 mil), de acordo com os investigadores. "Com esses ingressos, essa empresa conseguiria lucros de até R$ 10 milhões", afirmou o delegado Ricardo Barbosa nesta segunda.

"Nós tivemos o afastamento do sigilo telefônico de Kevin Mallon, e quando ele estava sendo autuado, Marten Van Oos [diretor da THG há 10 anos] e Marcus Evans estavam sabendo, ligando para ele", disse Aloysio Falcão, delegado-assistente do grupo que investiga o caso.
Segundo a polícia, os diretores da empresa viriam ao Brasil para a final do futebol da Olimpíada. No entanto, não há sinais de que qualquer um deles tenha vindo para o Brasil no período dos Jogos.
A THG foi a empresa responsável pela venda oficial de ingressos para a Olimpíada de 2012, em Londres, mas não estava credenciada para repassar ou vender entradas para os Jogos do Rio. A THG comprou os ingressos por meio da empresa Cartin, que estava credenciada para essas operações.
"Chegamos a um hotel na Barra da Tijuca, no qual essa empresa [THG] entregaria os ingressos aos compradores e os levaria ao Maracanã. Lá, os policiais agiram", explicou o delegado que comandou a operação.
Os 20 compradores que estavam no hotel foram levados à Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio, e Kevin James foi preso em flagrante. Em seguida, a polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão, com o qual 781 ingressos oficiais foram recuperados.
"Eram ingressos muito qualificados, para as cerimônias de abertura e encerramento", disse Barbosa. Segundo ele, os compradores das entradas são considerados apenas testemunhas no caso.
Fonte: G1 

RIO 2016

Com regata adiada, Scheidt supera decepção e diz confiar em bronze

Velejador brasileiro disputaria a medal race na tarde desta segunda-feira, na raia do Pão de Açúcar, mas regata foi adiada para esta terça por causa da falta de ventos



A medal race da classe Laser, que seria disputada nesta segunda-feira, foi adiada para a tarde desta terça por causa de falta de vento. Em busca da medalha de bronze, o experiente e multicampeão Robert Scheidt concordou com a decisão e garante que está recuperado da decepção de não ter mais condições de brigar pelo ouro.
O velejador brasileiro chegou ao último sábado com chances de ser o primeiro colocado na Olimpíada do Rio de Janeiro, mas não teve um bom dia e somou 87 pontos perdidos após 10 regatas disputadas. Por isso, se afastou dos líderes Tonci Stipanovic, com 57 pontos perdidos, e pelo australiano Tom Burton, com 67. Mesmo assim, porém, está confiante.
Robert Scheidt com um fã enquanto esperava o vento para a medal race vela (Foto: Bruno Giufrida)Robert Scheidt com um fã enquanto esperava o vento para a medal race vela (Foto: Bruno Giufrida)

- Claro que queríamos competir hoje, mas não teve vento. É até melhor, porque amanhã vai ter um vento melhor, mais constante, para fazer uma prova melhor. Estou bem tranquilo. Há dois dias, foi muito ruim para mim, estava decepcionado, mas ter tido o dia livre ontem (domingo) me ajudou a relativizar as coisas e pensar que tenho uma chance. Hoje estava bem animado para velejar, mas não vai ter. Amanhã, tenho de continuar com esse foco, com esse pensamento positivo - disse Scheidt.
stou bem tranquilo. Há dois dias, foi muito ruim para mim, estava decepcionado, mas ter tido o dia livre ontem (domingo) me ajudou a relativizar as coisas"
Robert Scheidt
Scheidt perdeu 87 pontos nas dez regatas disputadas e entra em quinto lugar na medal race, disputada pelos 10 primeiros e com pontuação dobrada - o vencedor perde dois pontos, o segundo quatro, assim por diante. Para alcançar o pódio, o brasileiro vai precisar tirar a diferença para o neozelandês Sam Meech, com 77 pontos perdidos, o francês Jean Baptiste Bernaz, que perdeu 86, e o britânico Nick Thompson, com quem está empatado. Para isso precisa ficar a uma distância de cinco posições de Meech, duas de Bernaz e uma de Thompson.
Essa não é a primeira vez que Robert Scheidt precisa se recuperar em uma Olimpíada. Em Pequim, em 2008, quando foi prata ao lado de Bruno Prada na classe Star, o atleta e sua dupla começaram mal e chegaram perto da medal race na oitava colocação geral. Antes da disputa decisiva, recuperaram-se e conseguiram o segundo lugar no pódio. Agora, Scheidt precisará novamente se reencontrar para conquistar uma medalha no Rio. 
Com a disputa adiada, o velejador brasileiro aproveitou a segunda-feira para tentar ir até a Praia do Flamengo, onde fica a torcida durante as provas da vela, para ver a família. O assédio dos fãs, porém, impossibilitou o contato, e Scheidt voltou para a parte reservada a atletas e pessoas credenciadas. 
MENINAS EM ALTA
A dupla brasileira Martine Grael e Kahena Kunze entrou em ação na raia de Niterói na tarde desta segunda-feira. Candidatas à medalha, mas meninas não decepcionaram e começaram o dia ficando em terceiro lugar nas duas primeiras regatas. Depois, caíram de rendimento e terminaram a última prova em 11º lugar. Restando apenas uma regata para a medal race, as atletas estão em terceiro lugar, com 35 pontos perdidos, atrás da Nova Zelândia, com 34, e da líder Espanha, com 30. 
martine grael vela rio 2016 olimpíada (Foto: REUTERS/Brian Snyder)Martine Grael e Kahena Kunze durante regata desta segunda-feira (Foto: REUTERS/Brian Snyder)
Quem também foi para a água nesta segunda-feira foi Marco Grael e Gabriel Borges, da classe 49er. A dupla brasileira conseguiu um 11º lugar, um 17º e um 10º. Mesmo sem grandes colocações na regata, na raia de Copacabana, os atletas estão agora entre os 10 que se classificam para a medal race, com 81 pontos perdidos e sem chances de medalha. Ainda falta uma regata da classe. 
As regatas das classes Laser Radial (a Laser para mulheres), 470, 470 para mulheres e Laser foram adiadas por causa da falta de vento.