Com regata adiada, Scheidt supera decepção e diz confiar em bronze
Velejador brasileiro disputaria a medal race na tarde desta segunda-feira, na raia do Pão de Açúcar, mas regata foi adiada para esta terça por causa da falta de ventos
A medal race da classe Laser, que seria disputada nesta segunda-feira, foi adiada para a tarde desta terça por causa de falta de vento. Em busca da medalha de bronze, o experiente e multicampeão Robert Scheidt concordou com a decisão e garante que está recuperado da decepção de não ter mais condições de brigar pelo ouro.
O velejador brasileiro chegou ao último sábado com chances de ser o primeiro colocado na Olimpíada do Rio de Janeiro, mas não teve um bom dia e somou 87 pontos perdidos após 10 regatas disputadas. Por isso, se afastou dos líderes Tonci Stipanovic, com 57 pontos perdidos, e pelo australiano Tom Burton, com 67. Mesmo assim, porém, está confiante.
- Claro que queríamos competir hoje, mas não teve vento. É até melhor, porque amanhã vai ter um vento melhor, mais constante, para fazer uma prova melhor. Estou bem tranquilo. Há dois dias, foi muito ruim para mim, estava decepcionado, mas ter tido o dia livre ontem (domingo) me ajudou a relativizar as coisas e pensar que tenho uma chance. Hoje estava bem animado para velejar, mas não vai ter. Amanhã, tenho de continuar com esse foco, com esse pensamento positivo - disse Scheidt.
Scheidt perdeu 87 pontos nas dez regatas disputadas e entra em quinto lugar na medal race, disputada pelos 10 primeiros e com pontuação dobrada - o vencedor perde dois pontos, o segundo quatro, assim por diante. Para alcançar o pódio, o brasileiro vai precisar tirar a diferença para o neozelandês Sam Meech, com 77 pontos perdidos, o francês Jean Baptiste Bernaz, que perdeu 86, e o britânico Nick Thompson, com quem está empatado. Para isso precisa ficar a uma distância de cinco posições de Meech, duas de Bernaz e uma de Thompson.
Essa não é a primeira vez que Robert Scheidt precisa se recuperar em uma Olimpíada. Em Pequim, em 2008, quando foi prata ao lado de Bruno Prada na classe Star, o atleta e sua dupla começaram mal e chegaram perto da medal race na oitava colocação geral. Antes da disputa decisiva, recuperaram-se e conseguiram o segundo lugar no pódio. Agora, Scheidt precisará novamente se reencontrar para conquistar uma medalha no Rio.
Com a disputa adiada, o velejador brasileiro aproveitou a segunda-feira para tentar ir até a Praia do Flamengo, onde fica a torcida durante as provas da vela, para ver a família. O assédio dos fãs, porém, impossibilitou o contato, e Scheidt voltou para a parte reservada a atletas e pessoas credenciadas.
MENINAS EM ALTA
A dupla brasileira Martine Grael e Kahena Kunze entrou em ação na raia de Niterói na tarde desta segunda-feira. Candidatas à medalha, mas meninas não decepcionaram e começaram o dia ficando em terceiro lugar nas duas primeiras regatas. Depois, caíram de rendimento e terminaram a última prova em 11º lugar. Restando apenas uma regata para a medal race, as atletas estão em terceiro lugar, com 35 pontos perdidos, atrás da Nova Zelândia, com 34, e da líder Espanha, com 30.
Quem também foi para a água nesta segunda-feira foi Marco Grael e Gabriel Borges, da classe 49er. A dupla brasileira conseguiu um 11º lugar, um 17º e um 10º. Mesmo sem grandes colocações na regata, na raia de Copacabana, os atletas estão agora entre os 10 que se classificam para a medal race, com 81 pontos perdidos e sem chances de medalha. Ainda falta uma regata da classe.
As regatas das classes Laser Radial (a Laser para mulheres), 470, 470 para mulheres e Laser foram adiadas por causa da falta de vento.
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