sábado, 28 de setembro de 2013

Eleições 2014

A base encolheu


A um ano das eleições, o afastamento do PSB e a criação de novos partidos, como o Solidariedade, diminuem o tempo de tevê de Dilma no horário eleitoral e o tamanho de sua bancada de apoio no Congresso

NOVA TRINCHEIRA
Paulinho da Força Sindical (ao centro) comemora a
criação do Solidariedade. Novo partido nasce na oposição
Às vésperas do fim do prazo para filiações, o governo federal observa com apreensão as mudanças partidárias decorrentes da criação de novas legendas. Na última semana, dois partidos foram homologados pelo TSE, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Solidariedade. A criação das siglas provocou os primeiros efeitos colaterais para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição: a perda de tempo de tevê no horário eleitoral e dificuldades na articulação dos palanques estaduais. A outra consequência, considerada natural até por articuladores políticos do Planalto, é o encolhimento da base governista no Congresso. Não bastasse o distanciamento do PSB de Eduardo Campos da bancada aliada, anunciada há duas semanas, o partido de Paulinho da Força tende a servir de polo de atração para parlamentares insatisfeitos com os rumos do governo. O PDT poderá perder ao menos seis deputados e um senador para o Solidariedade. O mesmo pode ocorrer com o PMDB e o PR. A estimativa mais otimista aponta para uma debandada de até 50 deputados, o que significa 10% da composição da Câmara. ...

PALANQUE OPOSTO
Ao entregar os cargos no governo, o PSB, de Eduardo Campos, caminha para a candidatura própria e ajuda a levar a eleição presidencial de 2014 para o segundo turno

O desmantelamento do grupo fiel a Dilma se acelera justamente por conta da eleição de 2014. Sem o espaço almejado no governo petista, vislumbrando uma perspectiva de poder na oposição e movidos por vantagens financeiras oriundas do Fundo Partidário, muitos parlamentares têm preferido se bandear para o outro lado da trincheira. O sistema de distribuição de verba do Fundo Partidário, que anima o mercado de siglas e mandatos, é uma das anomalias do atual sistema político. O rateio do dinheiro é proporcional ao número de votos de cada deputado, algo em torno de R$ 3 a R$ 3,80. Isso significa que os novatos Solidariedade e o PROS devem receber juntos mais de R$ 30 milhões por ano. Paulinho, que espera lucrar R$ 22 milhões, deve repassar 37,5% do fundo aos deputados recém-egressos ao partido. Dos R$ 14 milhões do PROS, 60% serão distribuídos aos novos integrantes. “Estou levando 72 mil votos, então receberia 60%”, explica o deputado Ademir Camilo (MG), que pretende trocar o PSD pelo PROS. Ele calcula que levará cerca de R$ 270 mil. Legalmente, esse dinheiro deve ser direcionado à infraestrutura das siglas, mas não é o que ocorre. Acaba abastecendo os cofres de campanha – já que não há transparência no uso desses recursos, oriundos do Orçamento e de multas da Justiça Eleitoral. “Essa criação desenfreada de partidos é uma anomalia. É como abrir uma lojinha na esquina, são legendas de aluguel, sem qualquer conteúdo programático”, critica o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira.

Nos últimos meses assessores do Palácio têm se dedicado a contabilizar as perdas, que não foram poucas. Consideram que, do início do governo até hoje, a base de apoio formada por parlamentares que votavam com o governo em 90% das vezes, caiu de aproximadamente 300 deputados de 17 partidos diferentes para cerca de 100 parlamentares – divididos entre o PT e outras sete legendas. Um encolhimento expressivo. Significa dizer que, hoje, apenas dois em cada dez deputados são fié­is ao governo. Essa dinâmica aprofundou-se do meio do ano passado para cá. Meses atrás, para tentar conter a sangria, a presidenta providenciou liberações bilionárias de emendas parlamentares, procurou abrir canais de diálogo no Congresso e fez algumas concessões na pauta de votações. O esforço, porém, não convenceu.

Entre as boas-novas registradas pelo governo na última semana está a pesquisa do Ibope, divulgada na quinta-feira 26. O levantamento mostrou um avanço da presidenta na preferência dos eleitores para 2014. Saltou de 30% para 38%, ampliando sua vantagem sobre a ex-senadora Marina Silva e os demais candidatos, que oscilaram negativamente. Dilma, porém, está ainda muito distante do patamar de 58% de votos que tinha em março. Ou seja, se antes, a presidenta era ampla favorita para a reeleição, hoje a perspectiva é de que a disputa caminha para um incerto segundo turno. Na visão desses parlamentares, até então governistas de carteirinha e que agora se bandeiam para os braços da oposição, se Dilma não liquidar a eleição na primeira etapa, tudo poderá acontecer na segunda.

MOVIMENTO INVERSO
Fundador do PROS, Eurípedes Macedo promete segurar parlamentares na base do governo
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Até pouco tempo a lógica das alianças obedecia ao critério de atendimento das demandas das bancadas no Congresso. A partir de agora o que conta é tempo de tevê, recursos financeiros e capilaridade partidária nos colégios eleitorais. Para conseguir criar o Solidariedade com uma bancada de 30 deputados, por exemplo, Paulinho negociou como um mercador do tempo de tevê os cerca de dois minutos que terá disponível no horário eleitoral. Pela negociação, cada governador que cedesse um ou dois deputados receberia em troca o tempo de tevê no pleito estadual. Ele diz que já firmou acordo com André Puccinelli (PMDB-MS), Cid Gomes (PSB-CE), aliados do governo, além de Campos (PSB-PE) e os tucanos Marconi Perillo (PSDB-GO) e Beto Richa (PSDB-PR). Segundo seus cálculos, o Solidariedade, além de arrastar ao menos seis deputados do PDT, do PMDB e do PR, receberá o reforço de parlamentares oriundos de partidos considerados nanicos da base. No Senado, especula-se que Kátia Abreu (GO) pode trocar o PSD pelo partido de Paulinho. A tucana Lúcia Vânia é outra que estaria na conta da legenda, em virtude do acordo com Perillo.

Para reverter o processo de encolhimento de sua base de apoio, o governo trabalha nos bastidores para fortalecer o PROS, também aprovado pelo TSE na semana passada. Em outra frente, o Planalto atua para manter o cabresto sobre o volúvel PSD de Gilberto Kassab e faz figa para que Marina não consiga emplacar o Rede Solidariedade, que tem enfrentado problemas na Justiça Eleitoral para sair do papel. A torcida contra Marina, no entanto, tende a ser em vão. Em entrevista à ISTOÉ, nesta edição, o procurador eleitoral Eugênio Aragão praticamente confirma o parecer favorável ao partido idealizado pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência pelo PV.


Pelo menos a primeira estratégia do Planalto deve ser bem-sucedida.  Fundador do PROS, o ex-vereador Eurípedes Macedo Júnior disse já ter a adesão de ao menos dez deputados federais, entre eles Gilvaldo Carimbão (PSB-AL) e Vicente Arruda (PR-CE). Eles pertenciam a partidos que já se distanciaram do governo. A nova legenda ainda espera filiar os irmãos Cid e Ciro Gomes e o ministro da Secretaria Nacional de Portos, Leônidas Cristino. Quem negocia a transferência deles é a própria Dilma. Como esta semana é a última para filiações, o governo acredita que ainda há tempo de convencer os indecisos a permanecerem no consórcio governista.  

Por Claudio Dantas Sequeira

FONTE: Blog do Edson Sombra
Eleições 2014
  • Após o acordo, a máquina


    Agnelo e Filippelli reúnem-se com o secretariado a fim de referendar reedição da aliança entre PT e PMDB no pleito do ano que vem. Governador cobra secretariado e quer executar R$ 4,9 bilhões em investimentos

    Depois de uma semana agitada nos bastidores políticos do Distrito Federal, o governador, Agnelo Queiroz, o vice, Tadeu Filippelli, e todo o secretariado reuniram-se, na tarde de ontem, no Palácio do Buriti. Na pauta, a necessidade de unificar os discursos e as ações de governo na reta final do mandato e, assim, selar a reedição da aliança entre PT e PMDB para o ano que vem. Filippelli foi contundente em suas palavras ao ratificar que seria, novamente, candidato a vice em 2014 e que, em 2018, se colocaria como o candidato a governador pela aliança entre os dois partidos. Nesse plano, Agnelo estaria cotado para o Senado. O encontro foi avaliado como positivo pela equipe governista. ...

    A reunião foi aberta e encerrada pelo secretário da Casa Civil, Swedenberger Barbosa. Os discursos foram objetivos, e o encontro não durou mais que uma hora. Neste momento de definições político-partidárias, no qual os candidatos correm contra o prazo para se filiarem a partidos com vistas ao ano que vem, o esforço da reunião era deixar claro que PT e PMDB seguem remando na mesma direção.

    Filippelli falou primeiro, com um tom de discurso político mais motivacional. Afirmou que vai estar com o GDF como vice-governador e que é ciente de seu espaço na equipe. Ressaltou que Agnelo deve ser reconhecido como o mandatário da aliança e que isso não o constrange ou o diminui. As palavras de ontem já denotam uma mudança no discurso do início da semana, quando Filippelli afirmou que a coligação teria dado apenas o primeiro passo rumo à sua reedição, após um almoço entre os presidentes Rui Falcão, do PT, e Valdir Raupp, do PMDB.

    Ontem, Filippelli disse que há necessidades de ajustes no governo, mas que isso não seria empecilho para a continuidade do projeto. Com essas palavras, o vice-governador traduziu a vontade do PMDB por mais espaço. Reconheceu, no entanto, que isso deve vir com o tempo e que não seria motivo para o rompimento. Também deixou claro aos secretários que todos os seus movimentos são comunicados a Agnelo, inclusive quando se reúne com algum deles. Também destacou que o momento é de unidade para a consolidação das ações de governo, tema que foi repetido com mais ênfase pelo governador.

    Orçamento

    Agnelo endossou as palavras do vice. Disse que o momento era de entregar obras e que a equipe de governo deveria se dedicar mais e trabalhar mais unida nos próximos meses. “Cobrei muito do secretariado. Precisamos de eficiência para driblar, dentro da legalidade, todos os impedimentos que surgem para a realização dos nossos projetos. Nossa expectativa é de executar, em 2014, R$ 4,9 bilhões em investimentos”, apontou o governador, reconhecendo a importância de todos os partidos para a formação de governo e deixou o caminho aberto para aumentar essa aliança.

    Mudança de tom

    Depois do encontro entre Agnelo, Filippelli, Falcão e Raupp, os discursos tinham tons diferentes. Agnelo comemorou a confirmação da aliança. Mas Filippelli foi mais cauteloso ao dizer que o encontro teria representado “um primeiro passo para a reedição da aliança”. “Estamos no caminho, mas vamos continuar conversando. É preciso acertar todos os pontos”, disse Filippelli,
    após o almoço.

    Por Arthur Paganni

    FONTE: Blog do Edson Sombra

Atropelamento durante racha mata 6 pessoas em São Paulo


Rio de Janeiro, 28 set (EFE).- Um racha realizado neste sábado em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, terminou em tragédia depois que um veículo perdeu o controle e atingiu um grupo de dez pessoas que estavam reunidas em um terreno, matando seis delas.
O motorista do veículo que provocou o acidente e outra das pessoas que estava no terreno ficaram feridos e foram internados em um hospital próximo, enquanto outras três pessoas saíram ilesas.
Em estado de embriaguez, o motorista aparentemente conduzia o veículo a 140 km/h, segundo consta no velocímetro, que ficou travado depois do acidente, por uma via em que a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.
"Dois veículos disputavam uma corrida pela Avenida Japão e os carros se tocaram. Um deles derrapou e atingiu um grupo de dez jovens que estavam reunidos perto de um campo de futebol", afirmou o tenente da Polícia Militar, Kaio de Siqueira Domingues.
Apesar dos ferimentos, o motorista do veículo tentou fugir do local, mas foi impedido por algumas pessoas que presenciaram o acidente.
O motorista recebeu ordem de prisão no local e será acusado formalmente de homicídio doloso agravado, uma vez que estava dirigindo embriagado. EFE

Eleições 2014

Paulinho conseguiu. Será que Marina consegue?


A comparação entre o Solidariedade, de Paulinho da Força, e a Rede, de Marina Silva, revela duas facetas da política brasileira atual

ESTRATÉGIA. O deputado Paulinho da Força. Pragmático, ele registrou seu partido
VOLUNTARISMO. A ex-ministra Marina Silva. Ela aposta em seu exército de 12 mil “militantes autorais” (Fotos: Gabriela Biló/Futura Press/Folhapress e Pedro Ladeira/Folhapress)

Entre os participantes mais entusiásticos das reuniões da Rede Sustentabilidade, ou apenas Rede – o partido que Marina Silva, segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto para presidente, tentava registrar na semana passada –, está o cão Zeus Jurubeba. Ele comparece a todos os debates políticos do grupo, a ponto de virar uma espécie de símbolo da Rede, com direito a página no Facebook e videoclipe no YouTube. Zeus balança o rabo durante as discussões e até assinou, com a pata, uma ficha de apoio ao projeto. “Ele é bem persistente, solto, interage com as pessoas”, diz Guilherme Coelho, dono de Zeus, um vira-lata mestiço de labrador com pit bull. Ser signatário da Rede diz algo sobre o espírito descontraído de um partido político que tem como premissa a “horizontalidade” – tendências diferentes, e até opostas, como evangélicos e defensores do casamento gay, convivem em busca de um “consenso progressivo”. Até a última sex­ta-feira, dia 27, os partidários da Rede não haviam conseguido ainda assinaturas suficientes para registrar o partido. ...

Enquanto isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmava o registro de duas outras siglas: o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Solidariedade. Com eles, o Brasil soma hoje 32 partidos políticos, um número expressivo (na França são 15, e na Alemanha são 12). Entre os recém-fun­dados, o maior é o Solidariedade. Com nome inspirado no partido liderado pelo sindicalista polonês Lech Walesa, um ardoroso combatente do autoritarismo comunista em seu país, o Solidariedade é liderado por outro sindicalista, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical. Estima-se que conte com pelo menos 29 deputados vindos de outros partidos – pela lei brasileira, parlamentares não podem trocar de legenda sob risco de perder o mandato, a não ser que se trate de um partido novo. Ao contrário da Rede, o Solidariedade foi organizado com estratégia e articulações políticas inspiradas na experiência sindical. Comparar os dois casos – o partido de Marina e o partido de Paulinho – é instrutivo. E ajuda a entender por que um conseguiu registro e o outro ainda luta para isso.


Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, apostou numa estratégia definida. Ela envolvia base eleitoral, aliados disciplinados, organização e dinheiro. O trabalho começou em outubro do ano passado, num almoço com deputados descontentes com os atuais partidos. “Tudo na clandestinidade”, afirma Paulinho, rindo. Estavam lá desconhecidos, como o ex-deputado João Caldas e os deputados Augusto Coutinho, do DEM, Roberto Santiago, do PSD, e Henrique Oliveira, do PR. João Caldas levou para o encontro o advogado Marcílio Duarte, criador profissional de partidos políticos. Desde 1989, Marcílio participou da fundação de Prona, PGT, PTN, PTR, PSL e PST – e, agora, Solidariedade. Conhece tudo dos meandros da burocracia eleitoral. “Em dez dias, o partido estava pronto”, diz Paulinho.

Nas contas feitas sob a empolgação inicial, se cada um dos 1.700 sindicatos filiados à Força conseguisse 300 fichas de eleitores, a exigência de 492 mil assinaturas exigidas por lei seria atingida rapidamente. As coisas não saíram exatamente assim. Sindicalista desde que começou a vida profissional no Paraná, na década de 1970, Paulinho lembrou-se na prática de uma característica de seus pares. Os dirigentes sindicais prometiam entregar rios de mel com 10 mil assinaturas de eleitores. “Aí, eu ligava 15 dias depois, e o cara não tinha feito nada. Mas dizia ‘vou entregar, vou entregar...’”, diz Paulinho. Ele percebeu que os sindicalistas preferiam dar dinheiro para alguém fazer o trabalho a pegar no pesado em busca por apoio. Por sorte, dinheiro não era problema.“Os sindicatos deram uns R$ 500 mil para bancar o trabalho de coleta de assinaturas”, afirma Paulinho. Ele também criou um núcleo para azeitar a máquina sindical. Sua namorada, Samanta, e dois funcionários licenciados do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo passaram a coordenar as tarefas.

Ao mesmo tempo, em Brasília, Paulinho contava com os serviços de cinco advogados para atuar na Justiça Eleitoral. O principal deles é Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU). Tiago é advogado de Paulinho em dois inquéritos e numa ação penal a que ele responde no Supremo Tribunal Federal. Com apenas 31 anos, Tiago exibe desenvoltura de veterano. Foi o responsável pelos trâmites jurídicos do Solidariedade e por abrir as portas dos gabinetes dos ministros do TSE a Paulinho. “Ele sabe que botões apertar”, afirma Paulinho.

A intenção inicial era entregar as assinaturas e iniciar o processo de criação do Solidariedade na Justiça no final de junho passado. Por acaso, um pedido de impugnação do partido em 28 de junho, uma sexta-feira, penúltimo dia antes do recesso do Judiciário, ajudou. Os advogados retiraram o processo do Solidariedade, e a turma de Paulinho descobriu que faltavam cerca de 32 mil assinaturas. Os sindicalistas aproveitaram para trabalhar mais até a segunda-feira seguinte e entregaram os papéis à Justiça. O recesso durou o mês de julho e, no dia 26 de agosto, uma segunda-feira, às 8 da noite, chegou o resultado: o Solidariedade tinha assinaturas suficientes. Mesmo recém-operado de um câncer de próstata – ele implantou ainda 122 sementes radiativas na glândula para complementar o tratamento –, Paulinho foi tomar uma cachaça num bar perto de sua casa, no bairro da Aclimação, em São Paulo.

Havia obstáculos de outra ordem – e eles eram ainda mais perigosos. Em abril, o governo Dilma, temendo o novo partido de Marina e a força que o partido de Paulinho daria a Aécio Neves, fez de tudo para aprovar um projeto no Congresso impedindo a criação dessas legendas. Paulinho precisou de estratégia e astúcia para enfrentar essa barreira. Em 17 de abril, às vésperas da votação do projeto na Câmara, ele deu um “olé” no presidente da Casa, Henrique Alves. Os dois tiveram uma conversa a sós, no gabinete privativo de Alves. Paulinho trancou a porta e disse: “Henrique, quero falar sério com você”. “Não fala porque não tem como fazer nada nessa p...”, disse Alves, segundo Paulinho. “Eu vou votar nesse negócio.” “O que eu vou pedir você pode fazer”, disse Paulinho. “Vou entrar com esse requerimento dizendo que o projeto é inconstitucional. Você pode dizer que não é?” “Mas vou falar isso mesmo!”, disse Henrique. “Mas dá para você falar no meu requerimento?”, disse Paulinho. “Dá, dá...”, disse Henrique, já irritado, e batendo na mesa. (Procurado por ÉPOCA, Alves afirmou, por meio de sua assessoria, não se lembrar do encontro.)

Paulinho conta que destrancou a porta e saiu. Colocou um assessor ao lado da taquígrafa embaixo da mesa diretora da Câmara e deixou o advogado Cedraz a postos na portaria da Câmara. Minutos depois, Alves assumiu seu posto na mesa. Assim que ele citou o requerimento e o rejeitou, o assessor de Paulinho pegou uma cópia com a transcrição de sua frase e levou correndo para Cedraz. O papel com a frase de Alves foi levado imediatamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e anexado a um mandado de segurança, protocolado dias antes pelos advogados de Paulinho, aos cuidados do ministro Gilmar Mendes. A peça afirmava que o projeto que impedia a criação de novos partidos era inconstitucional e pedia sua interrupção. A correria para levar a transcrição da frase de Alves era a prova de que ele fora avisado da inconstitucionalidade do projeto e, mesmo assim, seguira com a votação. Naquela noite, o projeto foi aprovado na Câmara e seguiu para o Senado. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), outro interessado no tema, apresentou recurso semelhante ao STF.

AZEITADOS
Militantes coletam assinaturas. No Solidariedade, a máquina sindical funcionou (Foto: Evandro Monteiro/Valor/Folhapress)
Uma semana depois, quando a matéria seria votada no Senado, Paulinho e Rollemberg colocaram outro plano em ação. Rollemberg e os colegas Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT) fizeram longos discursos para prolongar a sessão do Senado e ganhar tempo, à espera de uma decisão do Supremo. Deu certo. À noite, o ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar que suspendeu a tramitação do projeto.

Para além da astúcia jurídica, o cacife de Paulinho tem outra fonte. Se, na Câmara, ele é um entre 513 deputados, na rua é o presidente da Força Sindical, o segundo maior conglomerado de sindicatos do país, com 1.700 entidades filiadas, representantes de cerca de 1 milhão de trabalhadores. Sozinha, a Força Sindical recebeu neste ano R$ 42 milhões de dinheiro do imposto sindical. Todos os anos, a Força reúne centenas de milhares de pessoas no Primeiro de Maio. Coloca milhares de manifestantes nas ruas das cidades e no Congresso para fazer barulho, pressionar e, com isso, influenciar resultados. Se o governo Lula contou com o mesmo tipo de poder sindical, por meio da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, para se defender de crises como o mensalão, Paulinho conta com seus sindicatos para defender causas como o fim do fator previdenciário ou a redução da jornada de trabalho. Além de espezinhar o governo Dilma, naturalmente.

Vinte e nove deputados já prometeram aderir ao Solidariedade. A maioria é atraída pela oportunidade de controlar um partido em seu Estado. Existe um outro anabolizante poderoso: dinheiro. Para atrair mais deputados, Paulinho promete distribuir metade do valor do fundo partidário aos deputados. O dinheiro será dividido de acordo com o número de votos que cada um precisa para se eleger em seu Estado. O fundo partidário é público, e o partido é entidade não lucrativa. Mas a gestão é empresarial. Por último, no caso do Solidariedade, conta também a origem sindical. Ela provê um ativo raro nos partidos políticos hoje: gente e capacidade de mobilização. Desde que os políticos perderam essas duas coisas, quem as fornece à política são igrejas evangélicas e sindicatos. Hoje, dos 594 parlamentares do Congresso, 72 são evangélicos e 86 são sindicalistas.

Paulinho será o presidente do Solidariedade – e o criador de partidos Marcílio Duarte será o secretário-geral. Para Paulinho, isso significa não só comandar uma bancada de deputados e ter acesso ao dinheiro do fundo sindical, mas também uma fração de tempo do horário eleitoral. Meia dúzia de governadores prometem engordar o Solidariedade com deputados estaduais para, em troca, usufruir o tempo de televisão em suas campanhas eleitorais. Criar um partido é um ótimo negócio, até mesmo para quem está fora dele.

O Solidariedade será oposição a Dilma Rousseff. Desde o início do mandato, Paulinho se afastou gradativamente do governo. Em 2007, ele e a Força esqueceram a rivalidade com a CUT e o PT. Aderiram ao governo quando Lula entregou o Ministério do Trabalho ao PDT, partido a que Paulinho era filiado. Lula conseguiu o impensável na ocasião: unir todo movimento sindical a sua volta. Em 2010, Lula chamou Paulinho para conversar com a candidata Dilma. “Eu disse que ela tinha de apoiar nossa pauta. A Dilma concordou com tudo, só não concordou com a redução da jornada. Mas, depois, esqueceu tudo”, diz Paulinho. Após a saída de Lula, ele esteve com Dilma apenas duas vezes. A recíproca de antipatia é verdadeira. Nas primeiras manifestações de rua em junho, o Palácio do Planalto chegou a suspeitar que Paulinho e a Força estivessem por trás de tudo.

Se, na eleição presidencial, o Solidariedade apoia Aécio Neves, nos Estados estará aberto a conversar com qualquer um. Apenas em São Paulo já está definido que apoiará a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) – Paulinho controla a Secretaria do Trabalho do tucano. “Ele tem uma massa importante para enfrentar o PT”, afirma o secretário da Casa Civil paulista, Édson Aparecido.

No dia seguinte à vitória no TSE, durante o almoço numa churrascaria à beira do Lago Paranoá, em Brasília, Paulinho tinha de tomar uma decisão. “Qual você prefere?”, disse a namorada, Samanta, mostrando em seu iPhone uma imagem enviada por publicitários. Paulinho sacou seus óculos, olhou um pouco, e disse: “Acho que fica melhor o laranja”. Ele opinava sobre seu novo cartão de visitas. Escolheu uma versão em que a frente tem uma parte pintada em laranja, com seu nome e o título “Presidente Nacional”; no verso, o fundo branco e o nome “Solidariedade” em preto, com uma tipologia quadrada. O laranja é a cor da Força Sindical, do Solidariedade e da gravata que Paulinho usava – ultimamente, todas são laranja. O número do Solidariedade será 77. Ao final do almoço, um assessor chamou a atenção: o vinho escolhido tinha uma estrela de sete pontas no rótulo. A conta ficou em R$ 770.

Em comparação com o caso de Paulinho, o principal erro de Marina ocorreu logo no começo. Embora tivesse 12 mil colaboradores, contra 4 mil do Solidariedade, a Rede não tinha pessoal especializado na triagem de fichas. Segundo o TSE, para criar um partido são necessárias 482 mil assinaturas – o equivalente a 0,5% dos votos válidos da última eleição para a Câmara dos Deputados. Até a sexta-feira passada, Marina colhera 910 mil – mas a maioria não trazia assinaturas válidas. Para reunir os apoios, a Rede formou um time de voluntários. Em sua maioria, eles tinham pouca ou nenhuma experiência com a prática da política. “Nossos colaboradores eram quase todos voluntários, sem pagamento e estrutura financeira bastante reduzida”, diz o deputado Walter Feldman (PSDB), um dos principais idealizadores da Rede.

Entre esses voluntários – gente com ideias próprias em busca do “consenso progressivo” – está a cantora e compositora Tereza Miguel, de 58 anos. Ela defende a liberação do consumo de drogas, desde que monitorado pelo Estado, com acompanhamento médico. É autora de “Plantar e colher”, canção inspirada na trajetória de Marina Silva. Tereza faz parte dos 12 mil mobilizadores que exercem o que, na Rede, se chama “militância autoral” (os adversários chamam esses “militantes autorais” de “sonháticos”). Segundo Marcela Moraes, advogada de 32 anos que coordena as coletas de assinatura da Rede, militantes autorais são aqueles que não se enxergam dentro das hierarquias rígidas dos partidos tradicionais. Algumas das ideias defendidas “horizontalmente” parecem já ter atingido um “consenso progressivo”. A maior parte dos integrantes da Rede defende o fim das obras na usina de Belo Monte, no Pará, critica as mudanças no Código Florestal e defende o direito dos animais. “Isso está no estatuto, essa coisa da interação com o mundo, com todos os seres vivos”, afirma Guilherme Coelho, de 36 anos, o dono do cão Zeus.

Outro ponto em comum é a insatisfação com a política e seus partidos tradicionais, PT e PSDB no topo. Essa insatisfação ocorre, principalmente, por causa da corrupção. ÉPOCA ouviu vários apoiadores da Rede. Quase todos estão indignados com o julgamento do mensalão no STF. “Aceitar os recursos pelo menos desmonta o discurso do PT de julgamento político. Amigas petistas dizem que os fins justificam os meios, mas a ética tem de ser levada a sério”, afirma Tereza.

Durante a jornada pelas assinaturas, uma das grandes dificuldades dos mobilizadores foi atrair o apoio de militantes gays. Por uma razão simples: Marina Silva é evangélica e já defendeu o pastor Marco Feliciano (PSC) em entrevistas. Os militantes tentam convencer os grupos gays dizendo que, mesmo que Marina seja contrária ao casamento entre homossexuais, ela abriria um plebiscito para discutir o tema. Esse argumento não teve tanto eco entre a comunidade gay nos mutirões de coletas. O pastor Reinaldo Mota, de 49 anos, um dos fundadores da Rede, é contra a união estável entre gays ou a liberação das drogas, tese defendida pela militante Tereza Miguel. Mas diz conviver bem com a diversidade ímpar de apoiadores da Rede. “Partido não é igreja. Sou contra vários aspectos e ideias de pessoas da Rede, mas é preciso respeitar as diferenças. Nosso principal motivo de união é o descontentamento com a política. Buscamos ética”, afirma Mota.

O amadorismo e as divergências não são as únicas razões das dificuldades para o registro da Rede. Políticos que apoiam a Rede reclamam de má vontade da burocracia. “Os cartórios eleitorais funcionam com muitos funcionários requisitados. Há servidores da Justiça Eleitoral, mas a maioria é de prefeituras, de câmaras municipais, de governos. Esse poder local muitas vezes não quer um partido obviamente de oposição”, diz o deputado Miro Teixeira, do PDT, um apoiador da Rede. A média nacional de rejeição de assinaturas é de 24%. Segundo Feldman, o município com maior índice de invalidação é São Bernardo do Campo, com 55%. A cidade é um feudo político do PT. É comandada pelo prefeito Luiz Marinho (PT) e é onde mora o ex-presidente Lula.

Esse tem sido o maior drama na reta final de criação do partido. Noventa e cinco mil assinaturas foram invalidadas. Ficou famoso o caso da cantora Adriana Calcanhotto. Ela gravou um vídeo se queixando porque sua assinatura foi rejeitada por pendências com a Justiça Eleitoral. “Nunca esperávamos ter esse problema”, diz a advogada Marcela. Até mesmo entre os integrantes da executiva estadual houve casos de invalidação. Foi o caso de Júlia D’Ávila, de 24 anos, ativista ambiental e responsável pela coleta de assinaturas entre jovens. “Ficamos sem saber o porquê de tantas assinaturas, como a minha própria, terem sido anuladas”, diz Júlia. Sozinha, ela diz ter angariado 12 mil apoiadores. Muitos deles com assinaturas tão válidas quanto a pata do vira-lata Zeus Jurubeba.

Por Leandro Loyola, Vinícius Gorczeski e Leopoldo Mateus, com Alberto Bombig

FONTE: Blog Edson Sombra

Manifestantes protestam contra proibição de parada gay na Sérvia


Belgrado, 28 set (EFE).- Centenas de pessoas do coletivo LGBT realizaram na madrugada deste sábado um "passeio de protesto" pelo centro de Belgrado, que transcorreu sem incidentes, depois da proibição pelo terceiro ano consecutivo da parada do orgulho gay da capital da Sérvia.
Os manifestantes, acompanhados por jornalistas e agentes da polícia, marcharam do edifício do governo até o Parlamento da Sérvia, em uma ação não anunciada publicamente, e organizada através de mensagens de texto e pelo Facebook, segundo a emissora "B92".
"Nosso objetivo é demonstrar que nós também temos o direito de nos reunir, que essa liberdade deve ser garantida a todos os cidadãos. Hoje fomos privados dessa liberdade", comentou Goran Miletic, membro do conselho de organização da parada gay.
As centenas de manifestantes sofreram com gritos ofensivos por parte de alguns cidadãos, enquanto o tráfego pelo centro da capital era brevemente suspenso durante o protesto.
As autoridades sérvias proibiram ontem a parada do orgulho gay, que estava prevista para hoje, por considerar que existia risco que ocorressem incidentes.
Em outubro de 2010, quando os homossexuais sérvios realizaram sua primeira marcha em Belgrado, grupos homofóbicos deixaram mais de 150 feridos, a grande maioria deles policiais. EFE

Raúl Castro se reúne com o presidente de Timor Leste e líder da Swapo


Raúl Castro durante encontro xom Taur Matan Ruak

O presidente de Cuba, Raúl Castro, manteve encontros em Havana com seu colega de Timor Leste, Taur Matan Ruak, e com o secretário-geral do partido namíbio Swapo, Nangolo Mbumba, informou a imprensa oficial.
Os dirigentes conversaram na sexta-feira sobre o excelente estado das relações bilaterais e manifestaram sua vontade de consolidar os acordos de cooperação, especialmente na área da saúde e educação, segundo o jornal Granma.
As relações entre Namíbia e Cuba começaram antes que o país africano conseguisse sua independência, quando as tropas cubanas destacadas na vizinha Angola ajudaram o exército de libertação namíbio a lutar contra as tropas da África do Sul.

Miss filipinas é coroada Miss Mundo 2013


Megan Young. de 23 anos, venceu outras cinco finalistas, entre elas a brasileira Sancler Frantz

A miss filipinas foi coroada neste sábado Miss Mundo 2013 na final realizada na ilha indonésia de Bali, que contou com um forte esquema de segurança devido a protestos de muçulmanos contra o evento.
A jovem Megan, de 23 anos, venceu outras cinco finalistas, entre elas a brasileira Sancler Frantz, em uma cerimônia de gala transmitida para mais de 180 países.
Young, nascida nos Estados Unidos e residente nas Filipinas desde os dez anos, prometeu, entre lágrima, "ser a melhor miss Mundo".
A jovem estuda cinema, quer ser cineasta, se considera ambiciosa e adora os livros de Harry Potter, segundo o site do Miss Mundo.
Cento e vinte e nove "rainhas da beleza" competiam pelo título, em um evento em estado de alerta pelas ameaças dos islamitas que protestam contra "um concurso de prostitutas".
O grupo radical Frente de Defensores Islâmicos havia prometido uma manifestação nas imediações do local onde foi realizado o concurso, mas limitou-se a organizar uma oração em massa em uma mesquita de Jacarta para expressar sua oposição.
Em função disso, o balneário de Nusa Dua, sul de Bali, foi colocado sob fortes medidas de segurança e 675 policiais foram mobilizados para vigiar a final do concurso, segundo a polícia nacional.
Bali, onde em 2002 ocorreram os piores atentados sofridos pela Indonésia, com 202 mortos, temia as ameaças dos islamitas, que prometeram perturbar o concurso.
Nos últimos meses, milhares de radicais saíram às ruas para protestar, pois consideram o "concurso de prostitutas" uma ofensa ao Islã, o que obrigou o governo a ordenar que a final do evento fosse transferida de Jacarta para Bali.
Esta ilha paradisíaca é a única região da Indonésia com uma população majoritariamente hindu e não muçulmana, como o resto do país. Habituada aos turistas ocidentais que se exibem meio desnudos em suas praias de areia fina, Bali não se escandaliza com as modelos com biquíni.
No entanto, nem a mudança do local do concurso, nem a promessa dos organizadores de desistir do desfile em traje de banho bastaram para acalmar os radicais.
As embaixadas da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália advertiram para o perigo de possíveis atentados contra o Miss Mundo, apesar de não fornecerem maiores detalhes.
A polícia local minimizou o perigo, descartando qualquer ameaça significativa.
O Miss Mundo já provocou outras polêmicas. Em 2002, foi transferido da Nigéria para o Reino Unido, depois da morte de 200 pessoas em confrontos entre muçulmanos e cristãos. Um artigo publicado na imprensa afirmando que o profeta Maomé teria escolhido uma mulher entre as jovens candidatas desencadeou a violência.
Este concurso de origem britânica foi criado em 1951. Nessa época se chamava Concurso Biquíni. Compete com o Miss Universo, um concurso organizado por Donald Trump.

Manifestantes chamam o presidência sudanês de assassino


O presidente Omar al-Bashir fala à imprensa em 22 de setembro de 2013

Cerca de 2.000 manifestantes chamaram neste sábado o presidente sudanês Omar al Bashir de assassino, no sexto dia de protestos contra a elevação dos preços dos combustíveis, durante os quais morreram dezenas de pessoas e outras 600 foram detidas.
As forças de segurança dispersaram a manifestação com gases lacrimogêneos.
Na véspera, os Estados Unidos criticaram a "repressão brutal e desproporcional" das manifestações de oposição ao governo no Sudão.
"Os Estados Unidos condenam a repressão brutal das manifestações em Cartum realizada pelo governo do Sudão, onde o uso excessivo da força contra os civis causou dezenas de mortos", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, em uma nota.
Milhares de sudaneses desafiaram as bombas de gás lacrimogêneo na sexta-feira para demonstrar sua revolta com o governo, em mais uma onda de protestos contra a alta dos preços dos combustíveis.
Os manifestantes reivindicam a renúncia do presidente Omar el Bashir.
O governo se mantém em silêncio diante dos protestos, que tiveram uma repercussão inédita desde a chegada de Bashir ao poder em 1989.
Washington já pediu ao governo sudanês que autorize "manifestações pacíficas", depois que mais de 600 pessoas foram detidas nesta sexta por participação nos protestos.

Caixa de Pandora

Benedito vai ao Tribunal no dia 8


A definição do futuro político do deputado distrital Benedito Domingos (PP) já tem data para ocorrer. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) marcou, para o dia 8 de outubro, o julgamento, por parte do Conselho Especial, de ação penal que tramita contra o parlamentar. Caso seja condenado à pena pedida pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) — quando do oferecimento da denúncia, no final de maio deste ano —, ele pode pegar de 40 a 90 anos de prisão, em regime fechado, perder o mandato e ficar inelegível pelo período que durar a condenação e mais oito anos — conforme determina a Lei da Ficha Limpa. A análise chega à instância final na Justiça do DF mais de dois anos depois do início de sua tramitação. ...

O caso em questão se refere a 2008. O MPDFT acusa o distrital de ter facilitado a contratação de empresas de seus familiares, por administrações regionais, para fazer a ornamentação natalina daquele ano. De acordo com a denúncia, Benedito Domingos teria usado sua influência política, como deputado, administrador regional de Taguatinga e presidente do PP, para conseguir que fossem contratadas as empresas LSS e S4 Produções, pertencentes a um de seus filhos e a um neto, para o fornecimento de enfeites natalinos para várias cidades do DF.

Depoimentos de administradores regionais que não aceitaram favorecer as empresas da família de Domingos reforçam a tese da prática de crimes. A Procuradora-Geral do DF, Eunice Carvalhido, pediu a condenação do deputado em 24 delitos de dispensa ilegal de licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha. “O acusado representa parcela significativa da população do Distrito Federal e valeu-se dessa representantividade e do mandato que lhe foi conferido para a prática dos atos ilícitos versados nos autos, razão pela qual a censurabilidade de sua conduta é substancialmente mais gravosa”, diz trecho da denúncia, assinada pela procuradora e pelos promotores Antonio Suxberger e Renato Bianchini.

No documento encaminhado ao TJDFT no fim de maio, o MPDFT defende a necessidade da soma da pena de cada um dos supostos atos criminosos imputados ao parlamentar. Se o pedido for aceito, Benedito terá de arcar com a responsabilidade por todos os contratos firmados entre as administrações regionais e as empresas dos familiares do distrital. Também foi pedido o ressarcimento dos valores pagos pelos contratos. Cabe agora ao Conselho Especial posicionar-se sobre o assunto, acompanhando ou não o voto do relator, que é o desembargador Humberto Adjuto Ulhôa. O revisor é o desembargador Jair Soares. A data da sessão de julgamento foi confirmada na última quarta-feira e publicada no Diário da Justiça Eletrônico.

Até agora, durante toda a tramitação do processo, o distrital e sua defesa têm garantido que ele não teve interferência nos contratos assinados entre as administrações e as empresas pertencentes a seus familiares. Outra sustentação repetida foi a de que os serviços prestados foram profissionais e eficientes. Além do caso que vai a julgamento, Benedito Domingos tem outros quatro processos tramitando na Justiça, isso sem contar uma representação parada na Câmara Legislativa do DF (CLDF) que pede sua cassação por quebra de decoro.

Por Almiro Marcos

FONTE: Blog do Edson Sombra

Cinzas de Margaret Thatcher são enterradas em hospital londrino

Lápide de Thacher

As cinzas da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, falecida em 8 de abril, aos 87 anos, foram enterradas nos jardins do Royal Hospital Chelsea junto as de seu marido Denis, falecido em 2003, em Londres, neste sábado.
Uma cerimônia íntima foi realizada na capela do hospital, antes de a urna de carvalho contendo as cinzas da Dama de Ferro ser enterrada nos jardins adjacentes, conforme seus últimos desejos.
A lápide carrega a inscrição "Margaret Thatcher 1925 - 2013".
O hospital serve de residência para ex-combatentes do Reino Unido, e está localizado no bairro de Chelsea, em Londres.
Doze moradores locais, vestindo seu tradicional casaco vermelho, formaram uma guarda de honra, enquanto os filhos da ex-primeira-ministra, Mark e Carol Thatcher, depositaram uma rosa vermelha ao lado da urna.
Margaret Thatcher criou uma forte ligação com o Royal Hospital Chelsea nos últimos dez anos de sua vida, e após sua morte sua família pediu que ao invés de flores, as pessoas fizessem doações para o hospital.

Aliado de premiê britânico e dono da Crombie detido por estupro


O premiê David Cameron designou Lewis para vice-presidência de seu partido

Um alto dirigente del Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron foi preso por suspeitas de ter estuprado uma adolescente nos anos 1960.
O vice-presidente do partido, Alan Lewis, de 75 anos, foi preso na sexta-feira, em Londres, depois que uma mulher o acusou de tê-la estuprado nos anos 1960, na cidade de Manchester (noroeste), indicou a polícia.
Lewis, um magnate que ganhou milhões graças a sua cadeia de roupas de luxo Crombie, foi designado vice-presidente do partido por Cameron em 2010 e distinguido pela rainha Elizabeth II por seus serviços ao empresariado britânico.
A prisão aconteceu um dia antes da conferência anual do Partido Conservador em Manchester, que se celebra a partir deste domingo até quarta-feira.

Chega a 45 o número de mortos em desabamento de prédio em Mumbai


Socorrista procura vítimas em escombros

Chega a 45 o número de vítimas do desabamento na sexta-feira de um prédio residencial de cinco andares em Mumbai.
Segundo a imprensa local, ainda há pessoas presas nos escombros do prédio.
No fim da tarde de sexta-feira, as equipes de resgate haviam conseguido retirar mais de 40 sobreviventes dos escombros do edifício desabado, de propriedade de um órgão do município, a Corporação Municipal da Grande Mumbai, no leste da cidade.
Muitos escavadeiras trabalhavam para erguer algumas das maiores lajes de concreto, permitindo que as equipes de resgate, utilizando equipamentos pesados, retirassem corpos e procurassem por sobreviventes.
Não está claro quantas pessoas permaneciam soterradas, mas as autoridades locais afirmaram que 22 famílias viviam no edifício.
Multidões de mulheres que esperavam nas proximidades por notícias podiam ser ouvidas chorando.
Um ursinho de pelúcia destruído e um fogão a gás desmantelado estavam entre os itens que apareciam em meio aos escombros.
A Corporação Municipal da Grande Mumbai declarou que seus funcionários e suas famílias estavam alojados na estrutura e foram convidados a deixar o local mais cedo neste ano.
"O prédio tinha cerca de 30 anos. Nós tínhamos emitido um aviso para eles em abril, para desocuparem o prédio, mas eles não agiram", declarou o porta-voz Khabale-Patil.
Ele não explicou por que as famílias foram convidadas a se retirar.
Outros cinco prédios desabaram em Mumbai ou em suas proximidades nos últimos meses, incluindo um em abril, que matou 74 pessoas.
Três prédios desabaram em junho, matando 25 pessoas. Acredita-se que as fortes chuvas registradas nas temporadas de monções tenham agravado seus problemas estruturais.

Guiné vai às urnas para superar anos de "caos"


Mesários esperam eleitores em colégio eleitoral

Guineense expatriado no Senegal consulta lista de canditados

Os guineenses foram às urnas neste sábado para as primeiras eleições parlamentares em mais de 10 anos na Guiné, em um clima de tensão após os atos de violência pré-eleitoral.
"Espero que o povo da Guiné vote esmagadoramente e em paz. Tudo vai ficar bem. A Guiné irá avançar", declarou o presidente Alpha Condé, depois de votar no centro da cidade sob forte esquema de segurança.
"A partir de agora, o Estado vai exercer as suas responsabilidades e o país será tranquilo", assegurou Condé que, um dia antes, considerou que a eleição permitirá a seu país "deixar uma transição (...) caótica".
A votação, prevista para acontecer das 8h00 às 18h00 local, iniciou com antecedência em partes da capital Conakry, de acordo com jornalistas da AFP.
Os colégios eleitorais abriram suas portas, em geral, no horário previsto nas províncias de Kankan (leste), Pita, Labe (norte), Siguiri (nordeste) e Forécariah (sul), indicaram à AFP testemunhas e funcionários eleitorais.
Em Kankan, as eleições foram, no entanto, perturbadas por tempestades. Em Siguiri, muitos eleitores tiveram dificuldades para encontrar os locais onde foram registrados.
Problemas foram relatados em alguns locais em Conakry, como a falta de tinta e cartões eleitorais não encontrados.
Depois de depositar seu voto em Conakry, Lamine Camara, uma professora de 57 anos, declarou que espera a "vitória de seu candidato e a aceitação dos resultados pelos partidos políticos".
Mais de cinco milhões de eleitores estão aptos a votar nessas eleições legislativas, as primeiras desde 2002.
Elas deveriam ter sido realizadas seis meses após a posse, em dezembro de 2010, de Alpha Condé, que se tornou o primeiro presidente democraticamente eleito da Guiné, após dois anos de uma transição agitada por um golpe militar.
As eleições foram adiadas várias vezes devido à falta de consenso entre governo e a oposição, especialmente quanto ao registo eleitoral.
Cerca de 1.800 candidatos disputam 114 assentos.
Apesar do grande números de candidatos, a batalha nas urnas se resume essencialmente a um confronto entre duas coalizões: a União do Povo da Guiné (RPG, tendências socialistas) do presidente Condé, e a União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG, liberal) do principal opositor Diallo, ex-primeiro-ministro.
Durante vários meses, o processo eleitoral foi tomado por um impasse entre governo e a oposição, que foi resolvido por um acordo assinado em julho entre os dois lados, sob os auspícios da comunidade internacional.
Um dos pontos fundamentais de discordância era o registo eleitoral. A oposição suspeita de estar "inflado" em favor do poder em áreas consideradas pró- Condé e "reduzido" em áreas consideradas redutos da oposição.
Nos últimos meses, várias manifestações degeneraram em confrontos neste país de língua francesa de 11 milhões de habitantes, cuja história é marcada pela violência política, militar e étnica desde a sua independência da França em 1958.
Os recentes confrontos entre partidários do poder e da oposição, em 22 e 23 de setembro (um morto e mais 70 feridos) elevou os temores de mais violência.
As eleições são supervisionados por mais de mil observadores nacionais e mais de 100 observadores da União Europeia e da União Africana. Os resultados preliminares devem ser anunciados pela comissão eleitoral no prazo de 72 horas após as eleições.

Presidente iraniano é recebido com festa após telefonema histórico


Rohani chega ao Irã

Jornais iranianos dão destaque a conversa entre presidentes

O presidente iraniano Hasan Rohani foi recebido por centenas de manifestantes neste sábado, após uma intensa semana diplomática em Nova York, marcada por uma conversa telefônica histórica com Barack Obama.
Enquanto a comitiva de Rohani deixava o aeroporto de Teerã, cerca de 60 radicais islâmicos gritavam "morte aos Estados Unidos" e "morte a Israel".
Um deles atirou um sapato contra o carro presidencial, sem acertá-lo.
Um grupo de 300 partidários do presidente gritavam, por sua vez, "obrigado Rohani", saudando o presidente, cuja eleição em junho, após oito anos do governo conservador de Mahmoud Ahmadinejad, aumentou as esperanças de uma reaproximação entre o Irã e o Ocidente.
Na sexta-feira, antes de deixar Nova York, onde participou da Assembleia Geral da ONU, Rohani conversou por 15 minutos por telefone com Obama, o primeiro contato entre os líderes desses países em mais de três décadas.
Em uma primeira declaração, Rohani indicou que a iniciativa do telefonema partiu do presidente dos Estados Unidos, enquanto fontes americanas revelaram que o presidente iraniano disse às autoridades que gostaria de falar com o presidente Obama antes de sair de Nova York.
"Nós estávamos indo para o aeroporto, quando fui informado de que a Casa Branca tinha telefonado ao nosso embaixador na ONU dizendo que Obama queria conversar comigo", declarou Rohani.
Esta é a primeira comunicação direta entre os líderes das duas nações desde a Revolução Islâmica em 1979.
Rohani também indicou que defendeu em Nova York a posição do Irã, especialmente sobre a questão nuclear, sem abrir mão dos "direitos" e "objetivos nacionais".
"Nós conversamos sobre as negociações entre o Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) e a janela está aberta", disse ele, referindo-se a uma reunião em Nova York, após a qual foi anunciado que as negociações sobre a questão nuclear serão retomadas em meados de outubro, em Genebra.
"Nós concordamos que devemos aproveitar esta oportunidade" para encontrar uma solução rápida, acrescentou.
Fim de um tabu que durou 35 anos
O presidente do Parlamento iraniano, o conservador Ali Larijani, declarou que os Estados Unidos devem mostrar através de ações que sua política externa mudou.
"O tom das autoridades americanas mudou nos últimos dias, mas devem provar por atos que sua política em relação ao Irã realmente mudou", considerou.
"Não acredito que estamos sob pressão ou cansados de resistir (sobre a questão nuclear). Ao contrário. A única solução para os Estados Unidos é parar de usar a linguagem da ameaça", acrescentou.
Por sua parte, o presidente da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento, Allaedin Borujerdi, expressou apoio a Rohani, dizendo que a conversa entre os dois líderes foi um sinal de "poder" do Irã.
A imprensa iraniana elogiou o contato "histórico" entre o Irã e os Estados Unidos, com destaque para "o fim de um tabu que durou 35 anos".
Em um artigo publicado no jornal Etemad, Mohamad Ali Basiri, professor de relações internacionais, advertiu para os riscos dos "extremistas", que se opõem ao contato entre as duas nações.
"Além dos extremistas (dentro do país) hostis à melhoria das relações entre o Irã e os Estados Unidos, há adversários na região. Muitos países, incluindo o regime sionista, sentem que os seus interesses estão ameaçados com um regresso à normalidade das relações entre o Irã e os Estados Unidos e vão tentar evitá-lo", explicou.
Desde sua eleição, Rohani adotou um tom conciliador com o Ocidente e se mostra aberto ao diálogo.

Delação da Siemens

Trem pagador


E-mails, agenda e depoimento de secretária ao Ministério Público revelam como operava Jorge Fagali Neto, o homem da propina no escândalo do Metrô de São Paulo

Uma disputa travada na Justiça do Trabalho revelou como opera um dos principais agentes do propinoduto montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para drenar dinheiro público dos cofres da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô paulista. Trata-se do consultor Jorge Fagali Neto, indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de receber e intermediar o pagamento de propinas da multinacional francesa Alstom a autoridades do PSDB paulista. ISTOÉ teve acesso ao depoimento e a uma série de e-mails comprometedores entregues ao Ministério Público, em junho de 2010, por sua ex-secretária Edna da Silva Flores. A documentação deixa clara a proximidade de Fagali Neto com agentes públicos e o seu interesse em contratos do Metrô paulista e da CPTM. Nas mensagens, o consultor revela, por exemplo, preocupações com a obtenção de empréstimos e financiamentos junto ao Banco Mundial (Bird), BNDES e JBIC que viabilizem investimentos nas linhas 2 e 4 do Metrô paulista. ...

OPERADOR
Indiciado pela Polícia Federal, acusado de intermediar pagamento de propina, Fagali Neto matinha frequentes contatos com agentes públicos sobre obras do Metrô e da CPTM
 

O material entregue por Edna ao Ministério Público demonstra pela primeira vez a ligação direta de Fagali Neto com os irmãos Teixeira, Arthur e Sérgio, apontados como lobistas do esquema Siemens e responsáveis por pagar propina a políticos por intermédio de offshores no Uruguai, conforme revelou reportagem de ISTOÉ em julho. Em um trecho de seu depoimento ao MP, Edna diz que os três mantinham “relacionamentos empresariais” e “atuavam antes da assinatura de contratos” com o governo de São Paulo. Copiados por Fagali em uma série de e-mails envolvendo contratos com as estatais paulistas de transporte sobre trilhos, os irmãos Teixeira também têm seus nomes citados na agenda pessoal de Fagali Neto. Em uma das páginas da agenda, está registrado um encontro com Sérgio Teixeira, hoje falecido, às 11 horas na alameda Santos, no Jardim Paulista, região nobre de São Paulo. Em outra, constam o telefone, o e-mail e o nome da secretária de Arthur Teixeira.
 
ELO ENTRE OS ESQUEMAS
Segundo depoimento de ex-secretária de Fagali Neto ao MP, ele atuava em
parceria com Arthur Teixeira (em destaque), apontado como lobista do esquema Siemens
A ex-funcionária narra também os cuidados do antigo chefe com eventuais investigações. No período de 2006 a 2009, em que trabalhou para Jorge Fagali Neto organizando o seu escritório, ele a mandava se ausentar do seu gabinete quando precisava se reunir com clientes. Também a pedido de Fagali Neto, ela comprou quatro celulares para que os aparelhos fossem usados por ele apenas para tratar de negócios. O consultor acreditava que assim dificultaria interceptações policiais. A espécie de “faz tudo” da empresa era proibida até de mencionar ao telefone os nomes de representantes de companhias às quais Fagali prestava consultoria. Ela ainda recebeu orientação para se referir a personagens do círculo de negócios do consultor por apelidos. José Geraldo Villas Boas – também indiciado pela PF por ter participado do esquema de corrupção – era chamado de “Geólogo”. O temor do consultor em não deixar rastros era tão grande que ele fazia questão de pagar tudo em espécie. “Ele sempre mantinha algumas quantias em local desconhecido em sua casa”, disse. A ex-secretária afirma no depoimento que ele costumava emitir, por meio da empresa BJG Consultoria e Planejamento Ltda., notas de R$ 260 mil e R$ 180 mil, mesmo tendo apenas ela como funcionária. Pelo jeito, dinheiro não faltava para o operador do esquema do propinoduto tucano. Em 2009, o ex-secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo (1994) e ex-diretor dos Correios (1997) na gestão Fernando Henrique Cardoso teve uma conta atribuída a ele com mais de R$ 10 milhões bloqueada por procuradores suíços. Procurado, o advogado de Fagali Neto, Belisário dos Santos Jr., diz que os e-mails foram obtidos pela ex-funcionária por meio de fraude junto ao provedor. Ele, no entanto, não quis se pronunciar sobre o teor das mensagens.

Apesar das tentativas de Fagali de manter a discrição, segundo sua ex-secretária, o elo do homem da propina no escândalo do Metrô com agentes públicos ligados ao PSDB é irrefutável. Em 2006, Fagali trocou mensagens e recebeu planilhas por e-mail de Pedro Benvenuto, então coordenador de gestão e planejamento da Secretaria de Transportes Metropolitanos, órgão responsável pelas estatais. Entre o material compartilhado, como revelou o jornal “Folha de S.Paulo” na última semana, estavam as discussões sobre o Programa Integrado de Transportes Urbanos do governo até 2012, que ainda não estava definido. Até a quarta-feira 25, Pedro Benvenuto ocupava o cargo de secretário-executivo do Conselho Gestor do Programa de PPPs (Parcerias Público-Privadas) do governo de São Paulo, quando pediu demissão na esteira das denúncias.

FONTE: Blog do Edson Sombra
Valeu a pena trocar? Veja o aproveitamento dos técnicos no Brasileirão

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Valeu a pena trocar? Veja o aproveitamento dos técnicos no Brasileirão - 1 (© Divulgação)

O Santos trocou Muricy (16,6% de aproveitamento) por Claudinei, que tem 50,7%

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O recordista Náutico começou com Silas (11,1%), teve Zé Teodoro (23,3%), Jorginho (8,3%), Levi Gomes (6,6%) e agora Martelotte (33,3%)

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O Flamengo começou com Jorginho (16,6%), depois Mano Menezes (44,4%) e agora Jayme de Almeida (33,3%)

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A Ponte começou com Guto Ferreira (25%), teve Carpegiani (33,3%) e agora está com Jorginho (22,2%)

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O Grêmio começou o campeonato com Luxemburgo (53,3%) e trocou para Renato Gaúcho (57,4%)

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O São Paulo começou com Ney Franco (53,5%), teve Paulo Autuori (25,6%) e recorreu a Muricy Ramalho (75%)

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O Atlético Paranaense começou com Ricardo Drubscky (33,3%) e trocou para Vágner Mancini (68,6%)

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O Vasco começou com Paulo Autuori (38,8% de aproveitamento) e agora tem Dorival Júnior (33,3%)

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A Portuguesa iniciou o campeonato com Edson Pimenta (25,9%) e agora é comandada por Guto Ferreira (50%)

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O Fluminense começou o campeonato com Abel (33,3% de aproveitamento), mas demitiu o técnico e fechou com Luxemburgo (50%)

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O Criciúma teve Vadão (31,1%), depois Silvio Criciúma (41,6%) e agora Argel Fucks (33,3%)

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O Vitória começou o campeonato com Caio Junior (43,1%) e trocou por Ney Franco (50%)