Eleições 2014
Após o acordo, a máquina
Agnelo e Filippelli reúnem-se com o secretariado a fim de referendar reedição da aliança entre PT e PMDB no pleito do ano que vem. Governador cobra secretariado e quer executar R$ 4,9 bilhões em investimentos
Depois de uma semana agitada nos bastidores políticos do Distrito Federal, o governador, Agnelo Queiroz, o vice, Tadeu Filippelli, e todo o secretariado reuniram-se, na tarde de ontem, no Palácio do Buriti. Na pauta, a necessidade de unificar os discursos e as ações de governo na reta final do mandato e, assim, selar a reedição da aliança entre PT e PMDB para o ano que vem. Filippelli foi contundente em suas palavras ao ratificar que seria, novamente, candidato a vice em 2014 e que, em 2018, se colocaria como o candidato a governador pela aliança entre os dois partidos. Nesse plano, Agnelo estaria cotado para o Senado. O encontro foi avaliado como positivo pela equipe governista. ...
A reunião foi aberta e encerrada pelo secretário da Casa Civil, Swedenberger Barbosa. Os discursos foram objetivos, e o encontro não durou mais que uma hora. Neste momento de definições político-partidárias, no qual os candidatos correm contra o prazo para se filiarem a partidos com vistas ao ano que vem, o esforço da reunião era deixar claro que PT e PMDB seguem remando na mesma direção.
Filippelli falou primeiro, com um tom de discurso político mais motivacional. Afirmou que vai estar com o GDF como vice-governador e que é ciente de seu espaço na equipe. Ressaltou que Agnelo deve ser reconhecido como o mandatário da aliança e que isso não o constrange ou o diminui. As palavras de ontem já denotam uma mudança no discurso do início da semana, quando Filippelli afirmou que a coligação teria dado apenas o primeiro passo rumo à sua reedição, após um almoço entre os presidentes Rui Falcão, do PT, e Valdir Raupp, do PMDB.
Ontem, Filippelli disse que há necessidades de ajustes no governo, mas que isso não seria empecilho para a continuidade do projeto. Com essas palavras, o vice-governador traduziu a vontade do PMDB por mais espaço. Reconheceu, no entanto, que isso deve vir com o tempo e que não seria motivo para o rompimento. Também deixou claro aos secretários que todos os seus movimentos são comunicados a Agnelo, inclusive quando se reúne com algum deles. Também destacou que o momento é de unidade para a consolidação das ações de governo, tema que foi repetido com mais ênfase pelo governador.
Orçamento
Agnelo endossou as palavras do vice. Disse que o momento era de entregar obras e que a equipe de governo deveria se dedicar mais e trabalhar mais unida nos próximos meses. “Cobrei muito do secretariado. Precisamos de eficiência para driblar, dentro da legalidade, todos os impedimentos que surgem para a realização dos nossos projetos. Nossa expectativa é de executar, em 2014, R$ 4,9 bilhões em investimentos”, apontou o governador, reconhecendo a importância de todos os partidos para a formação de governo e deixou o caminho aberto para aumentar essa aliança.
Mudança de tom
Depois do encontro entre Agnelo, Filippelli, Falcão e Raupp, os discursos tinham tons diferentes. Agnelo comemorou a confirmação da aliança. Mas Filippelli foi mais cauteloso ao dizer que o encontro teria representado “um primeiro passo para a reedição da aliança”. “Estamos no caminho, mas vamos continuar conversando. É preciso acertar todos os pontos”, disse Filippelli,
após o almoço.Por Arthur PaganniFONTE: Blog do Edson Sombra
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