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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

SAÚDE DF

UBS 1 de Santa Maria recebe mais médicos e ampliará atendimento
Unidade funcionará com horário estendido em dias úteis e aos sábados

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF



A Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria, a maior da Região de Saúde Sul, recebeu recentemente mais sete médicos, aprovados em concurso público, para reforçar o quadro da Estratégia Saúde da Família (ESF). Além disso, por meio do programa federal Mais Médicos, a unidade recebeu ainda dois novos profissionais.
Antes, havia apenas dois médicos na UBS para atuar em 10 equipes multiprofissionais, responsáveis por atender em torno de 3,5 mil pessoas cada uma. Com os novos profissionais, será possível aumentar a qualidade e quantidade de atendimentos à população, de acordo com a diretora de Atenção Primária à Saúde da Região Sul, Ana Flávia Saraiva.
"É um ganho para a região. Só um médico atende, normalmente, 20 pessoas em um dia. Se tinha dois médicos atuando, havia uma média de 40 atendimentos diários. Ao aumentar para mais sete profissionais, dá uma média de 140 atendimentos por dia", calcula Saraiva, com relação ao trabalho dos servidores.
Para a diretora, o reforço é muito bem-vindo. Especialmente para as áreas de maior vulnerabilidade onde a UBS 1 é responsável, como a população do Setor Habitacional Porto Rico, em Santa Maria. "Em uma equipe da Estratégia Saúde da Família é muito importante a presença de todos os profissionais que atuam nela. Um médico completa essa função multidisciplinar e traz qualidade ao atendimento assistencial", ressalta.
Médico Fábio Carvalho
É o caso do clínico Fábio de Carvalho, que veio do Maranhão para Brasília após passar no concurso da Secretaria de Saúde. "Lá eu já tinha experiência com a Estratégia Saúde da Família, atuando na área preventiva, e sei como é um serviço essencial. Creio que isso é um dos fatores que contribuiu para a boa resposta dos pacientes que estamos tendo aqui. Eles têm elogiado muito a vinda dos médicos."
Para a balconista Maria Lourdes de Oliveira, de 52 anos, o principal benefício com a chegada dos profissionais foi a rapidez no atendimento. "Aqui chegou e é atendido. Não fiquei esperando muito tempo para fazer o preventivo com o médico. Antes, teria que madrugar para conseguir fazer uma consulta de prevenção. Agora está melhor", comemora a paciente.
Balconista Maria de Lourdes é atendida pelo médico Fábio de Carvalho
Além da recepção dos usuários, os próprios funcionários da UBS também têm elogiado os novos profissionais, segundo o médico de família e comunidade Fernando Gonçalves. "Foi muito boa a receptividade deles. Creio que esse reforço era muito aguardado para fortalecer a atenção básica, tão necessária para a rede."
HORÁRIO AMPLIADO – Com a vinda dos médicos para compor as equipes, a UBS 1 de Santa Maria ampliará seu horário de atendimento a partir de fevereiro, abrindo nos dias úteis das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 12h. A UBS 6 do Gama, cidade que junto com Santa Maria integra a Região de Saúde Sul, também funcionará em horário ampliado no próximo mês.
médico de família e comunidade Fernando Gonçalves durante atendimento
"Hoje funciona até às 18h na semana e não tem aos sábados. Com esses novos médicos, conseguiremos ter uma escala perene e fazer um atendimento ampliado com dimensionamento, que não tenha desassistência durante a semana", explica a diretora de Atenção Primária à Saúde da Região Sul.
A previsão é que a partir de março a UBS 2 de Santa Maria, localizada na quadra 217/317, também passe a funcionar em horário ampliado.
NOVA UBS – Como parte da estratégia de ampliar a cobertura de atenção primária à saúde na Região Sul, uma licitação será aberta em agosto deste ano para a construção de uma UBS em Santa Maria, na Quadra 109. A unidade deverá abarcar até sete equipes da Estratégia Saúde da Família.
"Com isso, vamos poder desfazer os pontos de aluguel ou locais cedidos para a Saúde e, assim, alojar essas equipes em local apropriado", informou Ana Flávia Saraiva.
diretora de Atenção Primária à Saúde da Região Sul, Ana Flávia Saraiva
COBERTURA – Atualmente, a cobertura da Região Sul, após a conversão do modelo para Estratégia Saúde da Família, é de 83,33%. No Gama, essa cobertura é de 90,47 % e é feita por 48 equipes multiprofissionais, sendo duas delas prisionais. Já em Santa Maria, a cobertura é de 75%, realizada por 28 equipes.

FONTE: AGÊNCIA SAÚDE

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

BRASIL

Governo federal quer mudar 

modelo de atendimento básico de 
 
saúde no Brasil


Pela nova PNAB, cada UBS teria autonomia para compor as equipes como julgar necessário

Saúde ; atendimento em hospital público ; sistema público de saúde ;  (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde apresentou nesta quinta-feira (10), as novas propostas para a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Entre as alterações relacionadas à gestão estão a possibilidade de financiamento de outros modelos de atenção básica, além da Estratégia de Saúde da Família (ESF), e a unificação das funções dos agentes comunitários e de combate às endemias. Há ainda mudanças no acesso às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e implementação obrigatória do prontuário eletrônico.

Segundo o ministério, ao possibilitar o financiamento de outros modelos de atenção básica, será possível aumentar o número de equipes assistidas pelos Núcleos de Apoio à Família (Nasf). Atualmente, apenas equipes da Estratégia de Saúde da Família recebem suporte.
Outra alteração é que, pela nova PNAB, cada UBS teria autonomia para compor as equipes como julgar necessário. Hoje, elas são formadas por, no mínimo, um médico generalista ou especialista em Saúde da Família, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Dentistas podem integrar o grupo.
O governo também quer que a UBS passe a receber a indicação de um gerente, que não precisaria ser da área de saúde - hoje há muitos enfermeiros com a incumbência. E aposta na integração da atenção básica com outras áreas, como a vigilância em saúde. Com isso, o Agente de Combate à Endemia poderia compor as equipes com Agentes Comunitários de Saúde. Dessa forma, haveria a unificação do agente comunitário com o de combate às endemias.
"O que estamos fazendo é adequar o PNAB à realidade do País", afirmou ontem o ministro da Saúde, Ricardo Barros. De acordo com ele, as propostas devem começar a ser implementadas no fim deste mês - os municípios têm autonomia para aderir ou não às mudanças.
As medidas foram criticadas por especialistas e entidades ligadas à saúde pública. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) lançaram notas oficiais contra as propostas. "O texto repete várias vezes que a Saúde da Família é estratégica, mas rompe com essa suposta prioridade ao estabelecer que usará verbas específicas para financiar outras formas de atenção básica", afirma a pesquisadora Ligia Giovanella, da Ensp-Fiocruz.
Para as instituições, ao permitir que o gestor municipal flexibilize equipes de atenção básica, a revisão da PNAB revoga a prioridade do modelo assistencial de Saúde da Família. Segundo Lígia, a mudança poderá minar um dos aspectos que tornou a ESF uma "iniciativa exemplar", reconhecida internacionalmente.
"Hoje, os profissionais das equipes trabalham em tempo integral, e isso é uma característica fundamental para estabelecer o vínculo com os pacientes de cada comunidade. Na nova conformação, qualquer grupo de profissionais, independentemente da carga horária, será considerado de atenção básica - e drenará os recursos."
"Desinformação"
O ministro da Saúde saiu em defesa das propostas. "Há uma desinformação muito grande. Alguns setores alegam prejuízos que não existem com a nova PNAB", afirmou Barros. De acordo com ele, a flexibilização da atuação das equipes de Saúde da Família vai "facilitar o trabalho e as ações desempenhadas pelos profissionais".
O diretor do Departamento de Atenção Básica do ministério, Alan Nunes, disse que não haverá retirada de investimento da área de Saúde da Família. "Reconhecemos que é preciso haver investimentos em outros modelos de organização. Estamos ampliando as possibilidades de reconhecimento, sem prejuízo ao orçamento já destinado à saúde da família."
O epidemiologista Luiz Augusto Facchini, ex-presidente da Abrasco e coordenador da Rede de Pesquisas em Atenção Primária em Saúde, observa que o sistema atual "dá cobertura a 60% da população e é preciso de fato expandi-lo".
"É razoável fazer alterações na PNAB para incluir no Saúde da Família a população hoje atendida por unidades tradicionais. Mas, quando se faz uma mudança nas políticas de saúde, é preciso assegurar recursos para isso. O ministro não deixou isso claro."
Financiamento
Hoje, para financiar a atenção básica, o governo federal transfere aos municípios o Piso de Atenção Básica (PAB), que é proporcional à população - cerca de R$ 24 por habitante por ano. Além do PAB fixo, os municípios recebem recursos extras se adotarem equipes de Saúde da Família - o PAB variável, a partir de R$ 7 mil por equipe.
"O PAB fixo é muito baixo. O governo deveria aumentá-lo para apoiar investimentos na rede básica de saúde e articular o Saúde da Família com as unidades tradicionais. Do jeito que está sendo feito, a revisão vai tirar dinheiro da área, promovendo iniquidades", defendeu Facchini.


ÉPOCA NEGÓCIOS

segunda-feira, 31 de julho de 2017

DF

Dez unidades básicas de saúde ampliam horário de funcionamento