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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

MEIO AMBIENTE



Dados sobre a água do Rio Doce serão divulgados online e em tempo real


Rio Doce em Colatina (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
A partir de agora, a qualidade da água do Rio Doce é monitorada em 22 pontos da extensão da bacia em Minas Gerais e no Espírito Santo em tempo real. O programa, desenvolvido pela Fundação Renova, órgãos ambientais e agências de água, terá duração de 10 anos e os resultados serão divulgados online.
A divulgação será feita em um sistema integrado de banco de dados que apenas órgãos ambientais e públicos têm acesso, mas eles podem passar os resultados para o público em geral. Inclusive já está sendo estudada uma forma para o público ter acesso direto aos dados.
As estações fazem parte do Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático (PMQQS) de água e sedimentos. Com os resultados, será formada uma rede de informação e alerta para o Poder Público.
As informações servem para auxiliar no planejamento preventivo dos principais sistemas de abastecimento público de água, servir de base de dados para ações dos órgãos públicos e ser indicadores para acompanhar a recuperação do Rio Doce após ele ser atingido pela lama de minérios da Samarco em novembro de 2015, com o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais.
Realizado de forma automática, o monitoramento é feito através de uma estrutura fixa no local de medição com o auxílio de equipamentos que medem o nível da água e parâmetros meteorológicos, tais como temperatura do ar e quantidade de chuva. Além disso, oito estações são equipadas com sonda que verifica dados como acidez (PH), temperatura da água, presença de micro-organismos, entre outros.
Além disso, é realizado o monitoramento manual em 55 pontos do Rio Doce, desde os diques das barragens em Mariana, em Minas Gerais, até a foz do Rio Doce, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Dos 22 pontos automáticos, 21 também têm coleta manual de dados. Há ainda 36 pontos no litoral em áreas estuarinas e do litoral Sul do Espírito Santo até o Sul da Bahia. A amostragem manual prevê monitoramento mensal da água e de sedimentos, além de indicadores biológicos.
Em julho deste ano, os órgãos ambientais que participaram do projeto realizaram uma inspeção na bacia do Rio Doce.
“É a primeira vez no país que uma bacia hidrográfica tem uma rede de monitoramento e alerta, com análises tão completas da qualidade da água”, ressalta a diretora da Agência Nacional de Águas (ANA), Gisela Forattini.
Já a presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Manhuaçu e membro do CBH-Rio Doce, Senisi de Almeida Rocha, acredita que as informações em tempo real darão referências mais precisas e imediatas.
Além da Fundação Renova, participam deste projeto a Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A Gazeta