Polêmica sobre modalidade
de
votação interrompe trabalhos
sobre reforma política
FOTO: LULA MARQUES |
A
princípio, a Comissão Especial da Reforma Política deveria ter encerrado
as votações nesta quinta-feira, mas uma polêmica acabou conturbando o
clima da reunião.
O problema começou quando o presidente do
colegiado, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), anunciou que a votação
de destaque do PCdoB que tratava da exclusão do sistema distrital misto
do parecer seria simbólica, quando os deputados não precisam registrar o voto nominalmente.
A decisão provocou a crítica acirrada de parlamentares contrários à
manutenção do sistema no relatório. Eles alegaram que havia um acordo
político para que nos temas mais importantes a votação fosse nominal,
com o registro no painel eletrônico da comissão. Deputados do PCdoB, PT
e Psol disseram que Lima “manobrou” em favor do sistema.Discussão
Houve bate-boca entre os deputados. “Essa é a votação mais importante. É uma vergonha. É golpe”, protestou Henrique Fontana (PT-RS). “A esquerda acha que está tudo bem no Brasil, não precisa mudar nada”, rebateu o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). O partido dele é favorável ao distrital misto.
O presidente do colegiado chegou a suspender a reunião por dez minutos, mas o resultado a favor da manutenção do sistema distrital foi mantido.
Lima contestou que houvesse um acordo para a votação nominal e afirmou que o acordo previa que ele definiria a cada destaque o tipo de votação (simbólica ou nominal). “Afasto qualquer tentativa que queira me imputar que estou quebrando o acordo”, afirmou.
Continua:
Reportagem - Janary Júnior
Edição - Ralph Machado
Fonte: Câmara Notícias – Câmara dos Deputados
Edição - Ralph Machado
Fonte: Câmara Notícias – Câmara dos Deputados