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quarta-feira, 23 de julho de 2025

Cavalos Árabes: Brasil Entra na Rota dos Grandes Circuitos

BRASIL

Com forte tradição e infraestrutura, o país destaca-se em competições que somam mais de € 24 milhões (R$ 141 milhões) em prêmios

Foto: Ciol


O Brasil entrou na rota dos grandes eventos equestres internacionais. Nos dias 13 e 14 de julho, o Helvetia Riding Center, em Indaiatuba (SP), recebeu pela primeira vez o Global Champions Arabians Tour (GCAT) — circuito global de prestígio que reúne os melhores cavalos árabes do mundo e movimenta mais de € 24 milhões (R$ 141 milhões) em premiações ao longo da temporada.

(Stefano Grasso/GCAT Ambiance/Divulgação)


A realização da etapa brasileira não aconteceu por acaso. Entre 2015 e 2024, o país exportou US$ 77 milhões (R$ 415,8 milhões) em cavalos vivos de raças com alto valor genético, como puro-sangue inglês (PSI), puro-sangue árabe (PSA), quarto de milha e lusitano. Em 2024, o total já soma US$ 8,5 milhões (R$ 45,9 milhões), com os Estados Unidos como principal destino — US$ 1,7 milhão (R$ 9,2 milhões) apenas em garanhões reprodutores de raça pura. Reconhecido pela consistência de seus criadores e pelo papel crescente no mercado internacional, o Brasil se consolida como uma potência emergente na equinocultura de elite.


Os números reforçam a escolha dos organizadores do evento para sediar uma das etapas no país, que ocupa a quarta posição global em rebanho de equinos, com 5,5 milhões de animais — atrás apenas de China, México e Estados Unidos. Indaiatuba, por sua vez, é considerada um polo estratégico do setor: além de abrigar o Helvetia Riding Center, a cidade sedia eventos de peso como a Exposição Nacional do Cavalo Árabe, a maior da América Latina. Em 2024, a exposição movimentou R$ 19 milhões em negócios, sendo mais de R$ 12 milhões apenas com a venda de animais, óvulos e embriões, segundo dados da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA). Indaiatuba também se destaca no treinamento de cavalos de polo, com um trabalho focado na preparação genética dos animais.

“Nossa missão é construir um legado que una excelência, integridade, prestígio e paixão. O cavalo árabe representa isso em cada detalhe”, afirmou à Forbes Brasil o sheik Mohammed bin Nasser Al Thani, deputy CEO do Tour e membro da família real do Qatar.


Com categorias que vão de fêmeas de um ano a machos adultos, o Tour avalia os animais por critérios como tipo, expressão da cabeça, pescoço, harmonia de corpo e movimentação — além da fidelidade aos padrões da linhagem árabe. A cada etapa, os cavalos somam pontos, e o grande campeão da temporada será definido na final em Doha.




Forbes Brasil