quarta-feira, 14 de maio de 2025

Trump se reúne com presidente da Síria após suspender sanções dos EUA ao país

 MUNDO

Interação com republicano é uma reviravolta impressionante para al-Sharaa, que liderou um braço da al-Qaeda e chegou a ficar detido em uma prisão americana no Iraque, antes de romper laços com o grupo


O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (dir.) observa o presidente dos EUA, Donald Trump (centro), cumprimentar o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, em Riad. 14/05/2025 - (Saudi Royal Palace/Bandar Al-Jadoud/AFP)


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou nesta quarta-feira, 14, com o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, durante sua viagem à Arábia Saudita. A reunião ocorreu depois do republicano anunciar, na noite anterior, a suspensão de todas as sanções americanas contra a nação árabe. O chefe da Casa Branca e al-Sharaa se encontraram antes de uma conferência do Conselho de Cooperação do Golfo, parte da visita de quatro dias de Trump ao Oriente Médio, onde corteja a Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes para fazerem investimentos nos Estados Unidos.


A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, elogiou Trump por suspender as sanções à Síria, uma medida que chamou de “corajosa”. Em uma publicação no X, antigo Twitter, ela escreveu que o líder americano disse a al-Sharaa que “ele tem uma tremenda oportunidade de fazer algo histórico em seu país”, além de ter encorajado seu governo a assinar os Acordos de Abraão – uma iniciativa que Trump começou em seu primeiro mandato para que as nações do Oriente Médio normalizem as relações com Israel – e “ordenar a todos os terroristas estrangeiros que deixem a Síria”. Sharaa, por sua vez, afirmou aos líderes que espera que seu país possa servir como um elo comercial crucial entre o leste e o oeste, segundo Leavitt. O encontro foi o ápice de meses de diplomacia por parte dos sírios, bem como de seus aliados turcos e sauditas, que acreditavam que um encontro pessoal com Trump seria fundamental para encerrar o isolamento internacional da Síria após anos de ditadura de Bashar al-Assad. Seu governo foi derrubado por grupos rebeldes, liderados por al-Sharaa, em dezembro.



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