MUNDO
Foto: Reprodução
Em 2022, Organização Mundial de Saúde vai substituir "senilidade" por “velhice” na Classificação Internacional de Doenças, decisão reprovada por pesquisadores e idosos.
A OMS pretende substituir, na 11ª versão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID11), a ser publicada em janeiro, a “senilidade” (código R54) por “velhice” (código MG2A), categorizando a fase da vida como patologia.
Em agosto deste ano, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) se posicionou contra a inclusão do termo na CID, e direcionou um documento à OMS pedindo que países membros, especialistas, associações e representantes das pessoas idosas sejam consultados para chegar a uma alternativa.
Incluir ‘velhice’ como potencial negativo pode associá-la a doença e aumentar o preconceito e o estigma a esta população, interferindo no tratamento e pesquisa de enfermidades e na coleta de dados epidemiológicos.Conselho Nacional de Saúde
O CNS destacou, ainda, que “o envelhecimento da população é um fenômeno global”, de modo que deve se chegar a consenso sobre um novo termo que “esteja em consonância com a Década do Envelhecimento Saudável” e contra o “preconceito de idade”.
EFEITOS NEGATIVOS NA SAÚDE
Charlys Barbosa, geriatra, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria no Ceará e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), aponta que a encarar a velhice como uma CID é preocupante, e pode afetar o atendimento em saúde.
“Envelhecer é fisiológico, é algo esperado para todo ser vivo, e precisamos, como profissionais, identificar o que são as alterações normais e o que é doença. Que os nossos idosos possam envelhecer cada vez melhor, mais ativos e participativos”, pontua o médico.
Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário