terça-feira, 27 de abril de 2021

Butantan localiza variante suíça do novo coronavírus em SP e confirma outro caso da sul-africana

 PANDEMIA



Variante suíça, conhecida pela sigla B.1.1.38, já tinha sido reportada em análise de Santa Catarina. Já a sul-africana, antes verificada em Sorocaba, agora foi achada em amostra coletada na Baixada Santista.

Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram, pela primeira vez no estado de São Paulo, a presença da variante suíça do novo coronavírus, a B.1.1.38. Além disso, a rede de monitoramento identificou um novo caso da variante sul-africana, a B.1.351.

(CORREÇÃO: ao ser publicada, a reportagem informou incorretamente que a variante B.1.1.38 era sueca. O Butantan corrigiu a informação às 21h31 e o texto foi atualizado.)

Mutações fazem parte da dinâmica natural dos vírus, e nem todas as variantes formadas viram motivo de alerta para os cientistas. A variante sul-africana B.1.351é considerada uma "variante de preocupação", assim como a brasileira P.1, ambas com mutações associadas a um maior potencial de transmissão.

Em um nível inferior de alerta estão as chamadas "variante de interesse", classificação que indica que ela é acompanhada com atenção, mas ainda não foi ligada ao agravamento da pandemia. No caso, a suíça B.1.1.38 é monitorada, mas ainda não entrou em nenhuma das duas classificações internacionais anteriores.

Imagens de microscópio mostram partículas do coronavírus que causam a Covid-19 retiradas de um paciente nos EUA — Foto: NIAID-RML via AP

Imagens de microscópio mostram partículas do coronavírus que causam a Covid-19 retiradas de um paciente nos EUA — Foto: NIAID-RML via AP

A variante suíça – identificada pelo Butantan em uma amostra da cidade de Itapecerica da Serra, a cerca de 40 km da capital paulista – já tinha sido reportada ao menos uma vez em uma análise de Santa Catarina divulgada no começo de março.

A sul-africana, antes verificada em dois pacientes de Sorocaba, no sudoeste do estado, agora foi confirmada em uma amostra coletada na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.

Todas as análises foram feitas em amostras coletadas na semana passada.

Gravidade dos casos e eficácia da vacina

A diretora do Centro de Desenvolvimento Científico (CDC) do Instituto Butantan, Sandra Coccuzzo, diz em entrevista ao G1 que os próximos estudos sobre estas descobertas recentes vão avaliar como a doença afeta os pacientes infectados pelas variantes.

Os pesquisadores querem descobrir qual o impacto das variantes B.1.1.38 e da B.1.351 na evolução do quadro dos pacientes, mas antes, a preocupação maior é entender como a vacina CoronaVac – desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac – atua diante dessas versões do vírus.

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