quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CRF utiliza o cinema como ferramenta à reinserção social das internas

 


Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, retoma o “Projetar o Futuro”, iniciativa da Diretoria de Reinserção Social, da Seap

02/02/2021 13h37 - Atualizada em 02/02/2021 14h02
Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)

Em 29 de janeiro, 16 internas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, assistiram ao filme “Preciosa”Foto: SEAP / DivulgaçãoA Secretaria de Estado de Administração Penitenciária retomou neste mês de janeiro de 2021, no Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, o “Projetar o Futuro”. A iniciativa é  desenvolvida pela Diretoria de Reinserção Social, da Seap, com o intuito de promover reflexões sobre comportamentos junto às pessoas privadas de liberdade. Em 29 de janeiro, 16 internas do CRF assistiram ao filme “Preciosa”.

De acordo com a Seap, desde o dia 15 de janeiro deste ano, sempre nas sextas-feiras há exibições, no CRF, do "Projetar o Futuro". Esse momento se volta para a promoção de uma visão crítica entre as internas, que participam, ainda, de uma roda de debate sobre o filme exibido.

“A retomada do Projetar o Futuro tem importância significativa e alcança resultados positivos diretamente ligados ao comportamento das presas", afirmou a diretora do CRF, Erica Sousa.

A diretora do Centro acrescentou que "as custodiadas aguardam com expectativa o dia do projeto e nesse momento elas têm a oportunidade de assistir um bom filme, refletir, projetar e elaborar uma redação construtiva sobre o tema abordado”.

Pedagoga do CRF, Natali Benassuly afirmou que o projeto foi iniciado no primeiro semestre de 2020, mas teve uma pausa por causa da pandemia da Covid-19. A ação acontecia todas as sextas-feiras com um cronograma mensal de filmes a serem exibidos. "Felizmente, este ano o projeto terá continuidade", disse a pedagoga.

Ainda de acordo com Natali Venassuly, a iniciativa busca promover, também, o sentimento de pertencimento à sociedade entre as internas, e “que minimizem a situação delas de cárcere”. Ela explicou ainda que, por meio da mediação de profissionais da área de Reinserção Social da casa penal, o projeto possibilita a criação de debates sobre as temáticas dos filmes e questões como empoderamento, visão de futuro etc.

“Ajuda também a mudar nosso estímulo, mudar nosso jeito e nos ressocializar. Está muito legal. Uma coisa muito boa que a casa penal trouxe”, afirmou a interna, Bárbara Miranda.

O diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado, observou que "a maior expectativa do projeto é de que as mulheres (internas) consigam resgatar os valores que sustentam a existência de qualquer ser humano. Para isso, utilizando o cinema, em todas suas leituras, nosso objetivo é fomentar reflexões acerca dos mais diversos temas, o que também contribui para o aperfeiçoamento das habilidades cognitivas delas”, disse.

AGÊNCIA PARÁ 

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