O caso ocorreu na sexta-feira (15), mas veio à tona apenas nesta quarta (20). De acordo com o processo registrado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Edmar ignorou o pedido de parada em uma blitz e foi perseguido por policiais militares.
O G1 conversou com tenente-coronel. Edmar disse que se exaltou na ocasião, mas relatou ser vítima de "perseguição" por parte dos militares. (veja mais abaixo).
Segundo o documento, que reúne depoimentos de dois policiais que trabalhavam na blitz, os militares seguiram Edmar por cerca de um quilômetro e precisaram entrar com o veículo da corporação na frente do automóvel do tenente-coronel, para que ele parasse.
Irritado, o militar teria se recusado a apresentar a habilitação e a documentação do veículo. Além disso, ele também se negou a retirar o automóvel, que estava parado no meio da via, o que impactou na fluidez do trânsito, segundo o processo.
Durante a abordagem, o tenente-coronel também teria xingado os outros militares. "Me aguarde, você vai ver, me aguarde", teria dito o tenente-coronel em tom de ameaça.
Segundo o relato dos policiais, Edmar chutou cones de sinalização, "em atitude desrespeitosa" e ainda bateu na mão de um sargento, que filmava a situação.
Procedimento interno
Em nota, a Polícia Militar confirmou que "houve um desentendimento" entre o tenente-coronel com o policial que atuava na blitz, durante uma abordagem de rotina. Segundo a corporação, Edmar estava de folga, foi preso e conduzido à corregedoria da PM.
"Foi lavrado o auto de prisão em flagrante e o policial responde a processo criminal. Além disso, a Polícia Militar irá instaurar sindicância interna a fim de apurar os fatos."
Versão do tenente-coronel
O documento da Justiça também cita o depoimento do policial. Ele contou à Polícia Civil que estava de férias e que mora em Planaltina. De acordo com Edmar, essa foi a terceira vez que ele foi abordado pelos policiais.
Segundo o relato, os militares que estavam na blitz teriam dito "desce do veículo, vagabundo" e que a ofensa foi repetida no momento em que o coronel se identificou. De acordo com Edgar, ele é vítima de perseguição dos policiais que o pararam.
Ao G1, Edmar contou que essa foi a terceira vez que ele foi abordado pelos mesmos policiais. De acordo com o militar, ele mora a seis quilômetros do posto policial em que a blitz foi montada e que precisa passar pelo local para chegar em casa.
"Tenho 27 anos de corporação e já fui comandante desse posto. Eles insistem nessa abordagem, que virou uma coisa constrangedora para mim e para minha família", relatou.
Na sexta, Edmar conta que se exaltou, mas que a ideia inicial era ir à corregedoria fazer uma representação contra os militares. "Agora, vamos responder penalmente", comentou.
"O meu veículo é o mesmo, eles já sabem qual é. Não sei o que está acontecendo e tudo precisa ser devidamente esclarecido", disse.
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