MUNDO
Representante do governo de Benjamin Netanyahu criticou falta de adesão ao distanciamento social e pediu cancelamento de eventos previstos no país para os próximos dias.
Israel irá impor uma quarentena parcial na próxima semana para combater uma alta nos casos de coronavírus, anunciou nesta quinta-feira (3) Ronni Gamzu, chefe da força-tarefa israelense para combater a pandemia. A ideia, segundo a imprensa israelense, é impor lockdown em locais com maior concentração de registros da doença.
Gamzu disse que Israel está enfrentando um "momento crucial" na tentativa de conter a disseminação da Covid-19, uma vez que cerca de 3 mil casos novos estão sendo relatados diariamente em uma população de 9 milhões de habitantes.
Ele atribuiu grande parte da culpa à falta de adesão da minoria árabe às regras de distanciamento social e às taxas altas de infecção em comunidades judias ultraortodoxas muito fechadas. Outros especialistas de saúde disseram que as lutas políticas internas entre membros da coalizão de governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu provocaram uma reação lenta a uma segunda onda de casos, depois que uma quarentena nacional inicial achatou a curva de infecções em maio.
"Por favor, nada de casamentos agora, nada de aglomerações... em lugar nenhum", implorou Gamzu.
"Há cidades de Israel que serão submetidas a toques de recolher e interdições na semana que vem e enfrentarão adversidades econômicas, sociais e pessoais".
Ele falou depois de o "gabinete do coronavírus" de Netanyahu aprovar uma quarentena nas chamadas "cidades vermelhas", com taxas altas de infecção, nesta quinta-feira. Cerca de 30 comunidades, a maioria com populações árabes e ultraortodoxas, já foram incluídas nesta categoria.
Até agora, Israel teve 122.799 casos confirmados de coronavírus e 976 mortes.
Fonte: Reuters
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