sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Israel continuará com medidas de isolamento após alta de casos de coronavírus

 MUNDO

Representante do governo de Benjamin Netanyahu criticou falta de adesão ao distanciamento social e pediu cancelamento de eventos previstos no país para os próximos dias.

Coronavírus.Movimento contra o antissemitismo destaca como Israel luta  contra o Covid-19. - Menorah Brasil


Israel  irá impor uma quarentena parcial na próxima semana para combater uma alta nos casos de coronavírus, anunciou nesta quinta-feira (3) Ronni Gamzu, chefe da força-tarefa israelense para combater a pandemia. A ideia, segundo a imprensa israelense, é impor lockdown em locais com maior concentração de registros da doença.

Gamzu disse que Israel está enfrentando um "momento crucial" na tentativa de conter a disseminação da Covid-19, uma vez que cerca de 3 mil casos novos estão sendo relatados diariamente em uma população de 9 milhões de habitantes.

Ele atribuiu grande parte da culpa à falta de adesão da minoria árabe às regras de distanciamento social e às taxas altas de infecção em comunidades judias ultraortodoxas muito fechadas. Outros especialistas de saúde disseram que as lutas políticas internas entre membros da coalizão de governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu provocaram uma reação lenta a uma segunda onda de casos, depois que uma quarentena nacional inicial achatou a curva de infecções em maio.

"Por favor, nada de casamentos agora, nada de aglomerações... em lugar nenhum", implorou Gamzu.

"Há cidades de Israel que serão submetidas a toques de recolher e interdições na semana que vem e enfrentarão adversidades econômicas, sociais e pessoais".

Ele falou depois de o "gabinete do coronavírus" de Netanyahu aprovar uma quarentena nas chamadas "cidades vermelhas", com taxas altas de infecção, nesta quinta-feira. Cerca de 30 comunidades, a maioria com populações árabes e ultraortodoxas, já foram incluídas nesta categoria.

Até agora, Israel teve 122.799 casos confirmados de coronavírus e 976 mortes.


Fonte: Reuters

Nenhum comentário:

Postar um comentário