Preocupação além do coronavírus: casos de dengue no DF aumentam 76%
SAÚDE DF Secretaria de Saúde acredita que incremento nos casos se deve ao início do período chuvoso na capital do país
AGÊNCIA BRASÍLIA
Funcionários da Fiocruz liberaram na natureza mosquitos Aedes aegypti que não transmitem o vírus da dengue. Os ovos dos mosquitos foram contaminados com a bactéria Wolbachia, encontrada em 60% dos insetos. A bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes aegypti, ao impedir que o vírus da dengue se multiplique no organismo do mosquito, que deixa de transmitir a doença. O teste foi realizado em Tubiacanga, favela da Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. - Crédito:FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:178286
ASecretaria de Saúdedivulgou, nesta sexta-feira (01/05), oboletim epidemiológico semanaldadengue. Até 18 de abril, foram notificados 22.090 casos prováveis da doença, um aumento de 76,76% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando registraram 12.497 ocorrências. Ao todo, 14 óbitos foram confirmados.
Conforme o boletim, o Distrito Federal tem 22 regiões administrativas com alta incidência de dengue: Cruzeiro, Plano Piloto, Varjão do Torto, Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Fercal, Planaltina, Sobradinho I e II, Brazlândia, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Gama e Santa Maria.
A Região de Saúde Sudoeste apresentou 4.914 casos (22,2%), seguida da Sul, com 4.294 registros (19,4%), e Norte, com 3.442 ocorrências (15,6%). Embora a Região Sudoeste tenha apresentado o maior número de casos, a Região Sul tem a maior taxa de incidência (1.573,13 registros por 100 mil habitantes).
A Secretaria de Saúde tem trabalhado para diminuir o número de casos, eliminando os focos do mosquito e orientando a população quanto aos cuidados que devem ser tomados. Diariamente, o carro fumacê (UBV) tem circulado pelas regiões administrativas no início da manhã e ao final do dia.
A contratação de 600 agentes também reforçou as ações de visita e mobilização da população, com vistoria em imóveis e orientações sobre como combater o mosquito. E a parceria com outros órgãos vem ajudando a manter a cidade livre de lixo, entulhos e carcaças, itens esses que servem de criadouro do mosquito.
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