COVID-19
Imagens exibiam paciente no hospital de campanha no Hangar, entubado e recebendo tratamento com ajuda do respirador que, segundo a própria Sespa, não poderia ser utilizado.
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Municípios do interior receberam equipamentos comprados da China que não funcionam. — Foto: Reprodução / Agência Pará
Os kits são para atender pacientes em tratamento com a Covid-19, sendo que 80 foram destinados para o Hospital de Campanha de Belém e 30 para o Hospital Galileu, todos em Belém.
Os equipamentos respiradores também já haviam começado a ser distribuídos para municípios do interior do estado, como Tucuruí, Abaetetuba, Parauapebas, Redenção e Altamira.
Imagens exibiam paciente no hospital de campanha no Hangar, entubado e recebendo tratamento com ajuda do respirador que, segundo a própria Sespa, não poderia ser utilizado.
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Municípios do interior receberam equipamentos comprados da China que não funcionam. — Foto: Reprodução / Agência Pará
Uso inadequado traz risco a paciente, diz médico
Desde a quarta (9), vídeos circularam pela internet mostrando um suposto profissional da saúde apontando as falhas nos respiradores adquiridos pelo governo do Pará. A Sespa, até então, não confirma a veracidade das imagens nem se ocorreram em hospital público do estado.
Um médico, que preferiu não ser identificado, disse que o caso registrado em vídeo ocorreu no Pará e evidencia os mesmos problemas citados por Pontes na teleconferência.
Segundo ele, as falhas ocorreram nas configurações do nível de oxigênio dado ao paciente, devido aos problemas nos ajustes de pressão positiva no final da expiração, tradução livre do inglês Positive end-expiratory pressure (Peep); e do misturador, ou blender, dispositivo que permite a mistura do oxigênio com o ar comprimido para formar o ar possível de ser inspirado.
"O risco de usar um aparelho com esses problemas é de não dar o suporte que o paciente precisa, e por isso, não gerar a correta oferta de oxigênio para que o pulmão faça as trocas gasosas. Ou seja, o paciente não conseguiria manter uma boa saturação e, dependendo da situação, poderia até ocorrer óbito. A recomendação é que um profissional fisioterapeuta fizesse esses ajustes", explicou.
Pelo Twitter, o governador Helder Barbalho disse que o aparelho deveria ter "normas brasileiras de funcionamento e ter calibragem que não mande oxigênio demais nem de menos" ao paciente. O ajuste, segundo Barbalho, "tem que ser absolutamente preciso, o que não aconteceu nos testes".
Barbalho disse, ainda que, o governo estadual "pagou o menor preço entre os compradores brasileiros", mas não vai aceitar, "em hipótese alguma, prejudicar o erário público, que será preservado".
O G1 também tentou ouvir o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) e Conselho Regional de Medicina (CRM), mas não obteve resposta.
Entenda o caso
O governo do Pará adquiriu 400 kits de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), contendo 400 respiradores, 400 monitores multiparamétricos, 400 oxímetros de pulso e 1.600 bombas de infusão. O total de investimentos foi de R$100, segundo o governo, sendo que R$50,4 milhões foram gastos somente com os respiradores.
Os kits são para atender pacientes em tratamento com a Covid-19, sendo que 80 foram destinados para o Hospital de Campanha de Belém e 30 para o Hospital Galileu, todos em Belém.
Os equipamentos respiradores também já haviam começado a ser distribuídos para municípios do interior do estado, como Tucuruí, Abaetetuba, Parauapebas, Redenção e Altamira.
Evolução da Covid-19 no PA
G1 - Pará
18/03
● Casos confirmados: 1
● Casos confirmados: 1
Fonte: Secretaria de Saúde do Pará - Sespa
FONTE: G1 PA
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