segunda-feira, 13 de abril de 2020

Saiba quais as recomendações do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência para prevenção à Covid-19



13/04/2020 - Gabriela Santos/Governo do Tocantins
A pessoa com deficiência é um segmento da população que compõe os grupos de risco da Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus devido às fragilidades físicas. Preocupado com isso, o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede/TO), vinculado à Secretaria do Estado de Cidadania e Justiça (Seciju), elaborou recomendações específicas de prevenção ao vírus para esse grupo. 
O documento é destinado principalmente para quem tem sequelas graves provocadas por paralisia cerebral, síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Atrofia Muscular Espinhal (AME), Esclerose Múltipla (EM), distrofias musculares e outras semelhantes e destaca a necessidade de mais atenção ao monitoramento das pessoas com condições genéticas ou neurológicas que possuem restrições respiratórias ou dificuldades profundas de comunicação.
O presidente do Conselho, Ele Pedro, ressalta que o isolamento e o distanciamento social são medidas necessárias e que seguir as recomendações específicas para cuidar da saúde das pessoas com deficiência é muito importante. “As recomendações do Conselho são embasadas no que os órgãos de saúde têm feito para proteger a população e, principalmente, aqueles que pertencem ao grupo de risco, no qual a pessoa com deficiência está inserido, por isso a importância de seguir rigorosamente essas recomendações", explica.
Para o universitário Matheus Amorim, de 23 anos, que possui paralisia cerebral, o isolamento social tem sido um grande desafio. "Para mim, tem sido muito difícil esse período de quarentena, venho sentindo falta da faculdade, dos amigos e dos professores. Não estou saindo para lugar nenhum no momento", relata.
Matheus destaca que o isolamento social e os cuidados durante esse período preservam não só a sua saúde, como também a de seus familiares que pertencem ao grupo de risco. "Estou fazendo higienização com álcool em gel e permanecendo dentro de casa, me preocupo não só com a minha saúde, mas também com a dos meus avós que convivem comigo e precisam de cuidados," disse o acadêmico de jornalismo. 
Transmissão do vírus
A Covid- 19 se prolifera através de excreções de espirro, tosse e gotículas de saliva. Para combater a transmissão, é necessário lavar com frequência as mãos até a altura dos punhos com água e sabão ou fazer higienização com álcool em gel 70%; ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou o braço. Em ambientes públicos, mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa, evite abraços, beijos e apertos de mãos; higienize celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados e outros objetos para evitar a contaminação. Além desses cuidados gerais, a pessoa com deficiência precisa de cuidados específicos.
Portadores de doenças raras
Segundo o Conselho, pessoas que apresentem baixa imunidade ou que tomam remédios imunossupressores devem tomar cuidado especial, isolando-se o máximo que puder; doentes crônicos não podem descuidar dos tratamentos em andamento e caso utilize medicamento de uso contínuo, procure seu médico ou posto de saúde para buscar uma receita com validade ampliada, essa iniciativa reduz o trânsito desnecessário aos postos de saúde e farmácias.
Aqueles que que utilizam ventilação mecânica e traqueostomizadas precisam cuidar muito bem da higienização dos equipamentos. Para pessoas que realizam tratamentos no exterior é preciso cuidado redobrado, pois podem ser mais arriscados, e se possível, suspenda a idas a clínicas de reabilitação.
Deficientes Físicos
Aqueles com lesões medulares é importante realizar a limpeza de objetos que toca com frequência, incluindo o aro de impulsão de cadeira de rodas, o joystick, as órteses e próteses e os meios de locomoção como bengalas, muletas e andadores, para deter a contaminação. A Coede recomenda somente em casos de urgência a ida a hospitais, à fisioterapia ou atividades com equipamentos compartilhados. 
Deficiência visual 
O tato é um sentido muito explorado por quem possui deficiência visual, seja ela binocular, monocular, baixa visão e surdocegueira, por isso recomenda-se lavar as mãos com frequência e, principalmente, após tocar em mapas táteis, corrimões, maçanetas, entre outros. Também é necessário utilizar álcool em gel 70% para limpar objetos tocados com frequência, incluindo a bengala longa, óculos e lentes. E ao aceitar ajuda de outras pessoas na rua, pegue no ombro, em vez do cotovelo, visto que a recomendação é tossir e espirrar no antebraço. 
Deficiência auditiva 
Conforme recomenda a Coede, aqueles se comunicam por meio de Libras, tentem não tocar o rosto durante a conversação, se as mãos não estiverem limpas.
Deficiência intelectual
Deficientes intelectuais podem ter dificuldade de compreender as recomendações, diante disso podem necessitar de maior supervisão, nestes casos é necessário redobrar o cuidado com a higiene pessoal. 

Edição: Alba Cobo
Governo do Tocantins

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