quarta-feira, 15 de abril de 2020

Mundo já soma US$ 8 trilhões em medidas fiscais, diz diretora do FMI Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/04/15/mundo-ja-soma-us-8-trilhoes-em-medidas-fiscais-diz-diretora-do-fmi.ghtml ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.

ECONOMIA
Para Kristaliana Georgieva, foi impressionante como os países conseguiram agir rapidamente
FOTO: VALOR ECONÔMICO

 O mundo já disponibilizou US$ 8 trilhões em medidas fiscais para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus, apontou nesta quarta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristaliana Georgieva.
“Foi realmente impressionante como os países conseguiram disponibilizar o montante em tão curto espaço de tempo”, disse em coletiva do encontro anual do órgão e do Banco Mundial, realizado virtualmente.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, fala durante entrevista à Bloomberg TV, em Berlim
Krisztian Bocsi/Bloomberg
Para a dirigente da entidade multilateral, essas ações são fundamentais para se preservar vidas e assegurar proteção a famílias e empresas durante a travessia pelos meses de duração da pandemia. “São tempos excepcionais que requerem medidas excepcionais”, afirmou.
Segundo Georgieva, “pela primeira vez na história do FMI, epidemiologistas estão sendo ouvidos e providenciando dados para o fundo poder realizar suas projeções macroeconômicas”.
O FMI, afirmou, trabalha com três pontos básicos: financiar os sistemas de saúde mundiais, assegurar que empresas e famílias tenham crédito e o sistema financeiro continue a funcionar, e, por fim, ajudar os países a se preparar para a recuperação pós-pandemia.
Georgieva também informou que 102 países já solicitaram ajuda emergencial ao fundo devido à pandemia. De acordo com ela, uma das prioridades da entidade é ajudar as nações mais pobres, que precisarão de apoio maior da comunidade internacional.
“Durante a reunião do G20, foi unânime o suporte para que o fundo faça mais, especialmente aos países que mais precisam”, disse.
Ela citou uma famosa frase do ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln, que simboliza a esperança de dias melhores: “and this too shall pass away” (“e isso também passará”, em tradução livre).
Entretanto, conforme a diretora-gerente do FMI acrescentou, “o quão bem isso passará, depende de como faremos isso ir embora juntos”.
Segundo ela, grandes setores da economia mundial pararam subitamente, causando restrições de oferta e demanda que permeiam vários países e contribuem para quedas de preços nos mercados financeiro e de commodities.
“Esses choques se tornam desafios, especialmente para mercados emergentes e países de baixa renda. São países que enfrentam capacidade limitada de cuidados de saúde, suprimentos médicos insuficientes, grande necessidade de financiamento e crescimento do peso da dívida pública”, disse.
De acordo com Georgieva, o cenário-base do fundo é de uma recuperação parcial no ano que vem, mas se trata de uma projeção ainda repleta de incertezas.
“Medidas extraordinárias são necessárias para conter a pandemia e proteger as pessoas e são pré-condição para a retomada da economia global”, afirmou. Ao mesmo tempo, ela defendeu o uso eficiente e igualitário dos recursos públicos
“Em tempos de pandemia, a política fiscal é um ponto-chave para salvar vidas e proteger as pessoas. Os governos têm de fazer tudo o que for preciso. Mas também têm de manter os recibos, a transparência, de tudo o que for feito.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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