Além das máscaras, a ideia é que, em breve, as detentas também passem a confeccionar jalecos
13/04/2020 17h41 - Atualizada hoje 18h28
Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
O Governo do Pará tem atuado intensivamente em todo o território estadual para conter o avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus. A população penitenciária é um dos alvos das ações desenvolvidas nesse sentido, tanto no que diz respeito às medidas de proteção quanto na utilização dessa mão de obra em iniciativas que beneficiam outros segmentos. É o caso da parceria firmada entre o Centro de Reeducação Feminino de Marabá (CRFM) e a Universidade do Estado do Pará (Uepa) para produção de máscaras de proteção.
A confecção das unidades começou no último dia 8 e a previsão é que sejam entregues 600 máscaras.A produção está a cargo de três internas do CRFM, que participam da oficina de costura ofertada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Elas trabalham 8h por dia, de segunda a sexta-feira, conforme disposto na Lei de Execução Penal (LEP), e utilizam todos os equipamentos de proteção individual necessários ao trabalho. Além das 600 máscaras, a ideia é que, em breve, elas também passem a confeccionar jalecos.
Do total a ser produzido, 500 máscaras serão destinadas à Uepa, responsável pela doação do material necessário à confecção (TNT, elástico, linha de costura e arame para molde nasal), e as 100 restantes serão destinadas para uso na própria unidade prisional. O objetivo é garantir também alguns itens para uso de interno do CRFM, especialmente os servidores que atuam diretamente com as Pessoas Privadas de Liberdade.

De acordo com Belchior Machado, diretor de Reinserção Social da Seap, a produção das máscaras supre uma necessidade, além de promover o trabalho de reinserção. “Diante do quadro de pandemia e da falta de equipamentos de proteção no mercado, a utilização do trabalho prisional na fabricação de máscaras torna-se uma boa alternativa no combate à covid, sobretudo dentro das próprias unidades prisionais. Demonstra o desejo e a vontade que eles têm de se reinserirem socialmente", afirmou o diretor.
agencia pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário