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Diferenças de 1.475% na renda local Lago Sul tem padrão europeu
Diferenças de 1.475% na renda local Lago Sul tem padrão europeu
Setor público mantém nível alto

Sérgio Lima/Poder360 (10.abr.2020)
Brasília completa 60 anos na 3ª feira (21.abr.2020) sendo a unidade da federação mais desigual do país. A capital tem discrepâncias de renda gritantes, com bairros com níveis de riqueza equivalentes a alguns países da Europa, e outros que se igualam aos padrões de nações pobres da África.
Neste ano, o aniversário da capital será marcado pelo isolamento social provocado pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Há anos, porém, a capital tem o distanciamento financeiro das regiões com desafio.
De acordo com dados mais atualizados da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal), de 2018, o Lago Sul, região mais nobre de Brasília, onde moram empresários, políticos, juízes e outras autoridades, tem renda domiciliar per capita de R$ 7.654,91. Valor equivalente a países desenvolvidos, como Portugal, por exemplo.
A pouco mais de 15 km de distância, a Estrutural, região mais pobre do Distrito Federal, tem renda de R$ 485,97 per capita. Zâmbia, República do Iêmen e Zimbábue são países que convivem com valores per capita similares.
A renda da Estrutural é 1.475% abaixo dos padrões do Lago Sul..
Segundo a Codeplan, Brasília teve uma média de renda per capita de R$ 2.039 em 2018. Considerando os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o valor médio do país era R$ 1.373 –quase 50% inferior ao da capital.
Especialistas de Brasília defendem que essa diferença de renda é explicada, em parte, pelo funcionalismo público e pela ocupação irregular da cidade. Isso porque, assim como na capital de outros países, a economia é baseada em serviços que envolvem governos. Não só servidores públicos, mas também atividades auxiliares como terceirizados, empresas com licitações e lobistas movimentam o mercado local.
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