10/03/2020 - Raquel Oliveira/Governo do Tocantins
O projeto Parceria para o Bom Desenvolvimento na região do Matopiba, que visa reduzir o desmatamento na fronteira agrícola e promover a produção sustentável de soja na região foi pauta de reunião realizada nesta terça-feira, 10, na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro). A Conservação Internacional (CI-Brasil) é responsável pela implementação do projeto financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
“Estamos apresentando um projeto, ao GEF, para liberação de 30 milhões de dólares, a fundo perdido, para ser aplicado no Matopiba. A conversa inicial desse projeto se deu na nossa ida ao Peru. Lá, conhecemos Gustavo Fonseca, um brasileiro que reside nos EUA e, hoje, é diretor de Programas do GEF e veio ao Tocantins para nos dar o sinal verde para prosseguirmos com o projeto”, explicou o secretário e representante do grupo de secretários de Agricultura do Matopiba, César Halum.
“Os avanços do projeto, nas propriedades rurais tocantinenses, são bastante auspiciosos. Além disso, o comprometimento do governo tocantinense, de secretário e técnicos da Seagro é ingrediente necessário para que uma agricultura mais moderna, competitiva e sustentável possa ocorrer de fato”, detalhou o vice-presidente do CI-Brasil, Maurício Bianco.
“Além de debater e conhecer as oportunidade encontradas na implementação do projeto Parceria para o Bom Desenvolvimento, representantes do GEF e CI-Brasil conheceram outras iniciativas desenvolvidas pelo governo tocantinense, que aliam produção e sustentabilidade e podem ser multiplicadas em outras regiões”, explicou o secretário César Halum, que, após a reunião, também acompanhou a comitiva ao Centro Agrotecnologico de Palmas.
O projeto
Iniciado em 2017 e, com o prazo de conclusão para março de 2021, o Parceria para o Bom Desenvolvimento na região do Matopiba conta com investimentos na ordem de R$ 22 milhões e desenvolve projetos-pilotos demonstrativos em dois polos prioritários na Bahia e no Tocantins. Na prática, em solo tocantinense, 20 produtores rurais estão recebendo suporte técnico em tecnologia de agricultura de baixo carbono, aumentando a produtividade sempre aliada à sustentabilidade.
O objetivo é desenvolver um sistema para ajudar o produtor a adotar boas práticas agrícolas e de manejo sustentável da propriedade, incluindo restauração da vegetação nativa. A região também deve ser mapeada, ajudando a definir as áreas destinadas à expansão da produção ou à conservação.
O projeto brasileiro foi escolhido entre diversas outras iniciativas que priorizam a criação de modelos sustentáveis de negócio pelo mundo. Além do Brasil, o GEF também investirá em projetos de sustentabilidade na Libéria e na Indonésia, com recursos destinados para pesquisas com óleo de palma; e no Paraguai, em incentivo à pecuária.
Também participaram da reunião os especialistas em Meio Ambiente do GEF, Paul Hartman e Mohamed Bakar; o diretor de programas do GEF, Gustavo Fonseca; o assessor do Pnud, Haroldo Machado; a avaliadora do Pnud, Alida Spadafora; bem como a gerente de produção sustentável (CI-Brasil) e coordenadora de projetos (CI-Brasil), Iamilly Cunha. Pela Seagro, participaram o secretário-executivo Adenieux Santana e os diretores José Américo, Corombert Leão e Fernando Garcia.
Edição: Lenna Borges
Revisão: Marynne Juliate
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