De máscara, Bolsonaro pede suspensão de manifestações do dia 15
POLÍTICA
Presidente afirmou que é preciso evitar que "haja uma explosão de pessoas infectadas" no Brasil, pois os hospitais não dariam conta de atender todo mundo
Utilizando uma máscara branca, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sugeriu nesta quinta-feira que os movimentos de rua suspendam as manifestações marcadas para o próximo domingo, dia 15 de março. O apelo foi feito durante live publicada em sua página oficial do Facebook. Após ter incentivado os atos no último fim de semana, Bolsonaro agora decidiu desestimulá-los com a perspectiva de que o número de contaminados por coronavírus tende a crescer nas próximas semanas no Brasil.
“O que nós devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão para atender todo mundo. Se o governo não tomar nenhuma providência, sobre e depois não dá mais, o sistema não suporta”, disse o presidente, que estava acompanhado do ministro da Saúde, Henrique Mandetta – também de máscara.
“Uma das ideias é adiar, suspender. Depois de um mês, dois meses, faz”, completou ele, ressalvando que o “movimento não é meu”. As manifestações foram convocadas por grupos bolsonaristas e de direita em defesa do seu governo e contra parlamentares do chamado “centrão” e receberam o apoio do presidente.
Os movimentos Nas Ruas e São Paulo Conservador atenderam à recomendação do presidente e já anunciaram que irão adiar a manifestação. “O momento agora é de união e responsabilidade. Pedimos que o Congresso, governo e Supremo trabalhem juntos para a aprovação das reformas da forma mais rápida possível”, disse o coordenador do grupo, Marcos Bellizia.
“Pela pandemia de coronavírus, aliada ao alerta do presidente que a gente acompanhou através da live, entendemos que nesse momento é importante adiar a manifestação do dia 15. Vamos nos manter alinhados para que a ordem seja mantida”, afirmou Ted Martins, coordenador do Movimento São Paulo Conservador.
Nesta quinta-feira, o presidente fez o teste para verificar se contraiu coronavírus depois que o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Fábio Wajngarten, testou positivo para a doença.
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