terça-feira, 5 de novembro de 2019

Policial militar da reserva é condenado a 32 anos por feminicídio e homicídio em Águas Lindas de Goiás

ENTORNO GO
Crime aconteceu há 3 anos e policial chegou a colocar fogo no carro com o corpo da vítima
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Foto: divulgação O Popular


O Tribunal do Júri da comarca de Águas Lindas de Goiás condenou, em sessão que durou 18 horas, o policial militar reformado Orlando Bernardino de Melo a 32 anos de reclusão, por feminicídio e homicídio. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por ter assassinado a ex-companheira Milena Barbosa de Melo e Antônio Vidal da Silva, por destruição de cadáveres e fraude processual. A sessão foi presidida pelo juiz Luís Flávio Cunha Navarro e teve a atuação do promotor de Justiça Daniel Lima Pessoa, na acusação. A defesa do réu foi realizada pelos advogados Mauro Silva de Castro, Natália Barros de Souza e Mariah Beserra Barbalho.
Orlando de Melo está preso e aguardará o julgamento dos recursos na prisão. O crime ocorreu no dia 27 de agosto de 2016, dentro da residência de Milena de Melo. De acordo com a denúncia do MP-GO, Orlando de Melo invadiu a casa armado com uma faca. A vítima dormia ao lado de Antônio da Silva, com quem estava se relacionando. Depois de cometer os dois homicídios, o policial militar foi até um posto de combustível, onde comprou gasolina. Em seguida, retornou à casa e colocou os dois corpos dentro do carro que estava na garagem e ateou fogo.
Orlando de Melo colocou fogo no colchão e em roupas que continham vestígios do crime, além de jogar a faca utilizada nos crimes e o celular da vítima dentro da fossa da residência, com o propósito de destruir provas. A investigação dos homicídios, realizada pelo delegado Cléber Martins, do Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas de Goiás, detectou que o réu, inconformado com o fim do relacionamento, começou a perseguir a vítima de forma obsessiva e abusiva. Descobriu também que o casal vivia em meio a agressões e ameaças. O caso teve grande repercussão na cidade de Águas Lindas de Goiás, já que as vítimas eram professores reconhecidos na sociedade.
A 6ª Promotoria de Justiça de Águas Lindas de Goiás, com atribuição para atuar nos feitos relativos a violência doméstica contra a mulher, já havia requerido medidas protetivas de urgência para a vítima em desfavor do acusado à época em que ocorreu o crime. Também participou da instrução processual e obteve êxito na pronúncia e condenação. A instrução em plenário ficou a cargo da 7ª Promotoria de Justiça.

Fonte: MPGO

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