segunda-feira, 1 de abril de 2019

Caiado divulga medidas para contingenciar superlotação do Materno Infantil em Goiás

GOVERNO DE GOIÁS
Unidade referência em pediatria de Goiás, HMI sofre com superlotação, pacientes 'internados' em cadeiras e até a morte de um garoto de 5 anos. Governador também negocia assumir a gestão do Cais de Campinas.Resultado de imagem para Caiado divulga medidas para contingenciar superlotação do Materno Infantil em Goiás
FOTO: REPRODUÇAO

O governado de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) disse nesta segunda-feira (1º) que determinou a ocupação de uma ala do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) para tentar diminuir a demanda no Hospital Materno Infantil (HMI), referência em pediatria no estado. A unidade de saúde sofre com superlotação, motivando mães a ficarem com filhos "internados" em cadeiras no corredor. Um garoto de cinco anos, que estava nessa situação, acabou morrendo.
Caiado não deu detalhes sobre quando deve ser feita essa ocupação ou qual a quantidade de leitos que serão disponibilizados. Mas afirmou que está "invadido" um contrato do Hugol com uma Organização Social (OS) para ampliar o atendimento.
"A falta de espaço é uma realidade, mas nem por isso o corpo médico deixou de atender as crianças. Não faltou a elas o medicamento. As condições não são adequadas. Mesmo o Hugol tendo um contrato com a OS, eu determinei e já está em fase de andamento a ocupação nossa de uma ala para atendimento de crianças graves, UTI e centro cirúrgico", afirmou.
Caiado diz que vai ocupar ala do Hugol para atender crianças e tentar diminuir demanda no HMI em Goiás — Foto: Sílvio Túlio/G1Caiado diz que vai ocupar ala do Hugol para atender crianças e tentar diminuir demanda no HMI em Goiás — Foto: Sílvio Túlio/G1Caiado diz que vai ocupar ala do Hugol para atender crianças e tentar diminuir demanda no HMI em Goiás — Foto: Sílvio Túlio/G1
O governador também disse que a lotação do HMI se deve ao fato da unidade atender pacientes não só de Goiás, mas também de outros estados, como Mato Grosso e Tocantins.
Diante dessa situação, ele revelou que a o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, negocia com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) assumir a gestão do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) do Setor Campinas, única unidade pública da prefeitura que realiza atendimento pediátrico em Goiânia.
"Existe a proposta do secretário de Saúde que está em contato e discutindo com a própria secretária municipal para que possa ter uma ação maior junto ao Cais, para que haja uma triagem e que o HMI receba os casos mais graves", destaca.
Diogo Soares Carlo Carmo, de 5 anos, morreu no Hospital Materno Infantil, em Goiânia  — Foto: Reprodução/TV AnhangueraDiogo Soares Carlo Carmo, de 5 anos, morreu no Hospital Materno Infantil, em Goiânia  — Foto: Reprodução/TV AnhangueraDiogo Soares Carlo Carmo, de 5 anos, morreu no Hospital Materno Infantil, em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Caso Diogo

O garoto Diogo Soares Carlo Carmo, de 5 anos, morreu na última quinta-feira (28), após passar 11 horas em uma cadeira do HMI aguardando vaga para um leito. O menino tinha Síndrome de Down.
A mãe dele, Ana Carolina da Silva, de 23 anos, afirma que chegou a questionar a pediatra sobre o atendimento.
É como se tivesse arrancado um pedaço de mim, porque tudo que eu podia fazer pelo meu filho eu fazia. Era pouco, mas eu cuidava do meu filho bem”, disse emocionada.
A diretora do HMI, Rita de Cássia Legal, reconhece a falta de vagas para internação na ocasião, mas afirma que não houve falha.
“Foi garantido a ela [criança] todo o atendimento. Foram prescritas medicações diante da suspeita de diagnóstico, que inicialmente seria um quadro respiratório, solicitados todos os exames. Mas, infelizmente, essa criança, o quadro dela se agravou com o tempo, foi uma coisa rápida.”

FONTE: G1 GOIÁS

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