As principais cotações registraram altas entre 2,50 e 3,25 pontos por volta das 08h52 (horário de Brasília)

O último dia da semana começa com os preços internacionais do milho futuro apresentando valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas entre 2,50 e 3,25 pontos por volta das 08h52 (horário de Brasília).
Segundo analistas da ARC Mercosul, o mercado se movimentou desde ontem com rumores sobre uma demanda adicional chinesa por milho norte-americano, que voltou a dar sustento as cotações.
A retórica política entre os Estados Unidos e a China está para ganhar um novo capítulo, com novas rodadas de encontros cara-a-cara. A expectativa da ARC continua para um fim da Guerra Comercial, com a adição de um comércio bilateral mais intenso, entre os envolvidos.
De acordo com informações da Agência Reuters, as altas chegaram perto do pico do último mês, também sendo influenciadas pelas enchentes em uma região produtora da América do Norte que geraram temores de atrasos de plantio na nova safra americana.
"Partes do Meio-Oeste dos EUA estão olhando para o atraso de plantio por causa da chuva forte. E isso pode desviar alguns hectares de milho para a soja", disse Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank of Australia.
Confira como fechou o mercado na última quinta-feira:
Possível atraso nas plantações de milho americano sustentam altas em Chicago nesta quinta-feira
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a quinta-feira (21) com os preços internacionais do milho futuro valorizados. As principais cotações registraram altas entre 3,25 e 4,75 pontos. O vencimento maio/19 foi cotado a US$ 3,76, o julho/19 valeu US$ 3,85 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,91.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho aumentaram cerca de 1% na quinta-feira, já que as inundações generalizadas entre as planícies e o centro-oeste podem levar a plantações tardias no final da primavera.
As ofertas de base de milho foram praticamente inalteradas, mas estritamente misturadas quinta-feira, movendo-se apenas um centavo mais alto ou mais baixo em todas as localidades do Centro-Oeste hoje.
A avaliação mais recente da inundação na primavera da NOAA aponta problemas moderados ou graves para a maior parte do Centro-Oeste entre agora e maio. A perspectiva de 3 a 4 semanas da agência mostra que a precipitação continuou acima do normal, provavelmente para uma grande parte das Planícies e do Cinturão Ocidental do Milho até o início de abril.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo boletim semanal de vendas para exportação apontando vendas semanais de milho da safra velha em 855,9 mil toneladas, com a maior parte destinada ao Japão. O volume ficou dentro do intervalo esperado pelo mercado, de 600 mil a 1,3 milhão de toneladas.
Em todo ano comercial, as vendas americanas do cereal já somam 41.753,6 milhões de toneladas, contra pouco mais de 45 milhões do mesmo período da temporada anterior. A expectativa do departamento é de que os EUA exporte 60,33 milhões de toneladas.
Da safra 2019/20 foram vendidas 60 mil toneladas de milho para os japoneses também.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a valorização apareceu somente na praça de Sorriso/MT, disponível, (4,17% e preço de R$ 25,00).
Já as baixas foram encontradas em Londrina/PR (1,75% e preço de R$ 28,00), Assis/SP (2,48% e preço de R$ 31,50), Castro/PR (2,78% e preço de R$ 35,00), Dourados/MS (3,13% e preço de R$ 31,00), Não Me Toque/RS (3,17% e preço de R$ 30,50) e Campinas/SP (3,49% e preço de R$ 40,88).
De acordo com a XP Investimentos, as referências do milho seguem pressionadas, com indústrias e granjas paulistas permanecendo fora das compras, testando o mercado diferido. Os estoques robustos e o bom fluxo de milho tributado favorecem a estratégia e, as que tem alguma intenção de compra, pagam na casa dos R$ 37,00/sc.
Intermediários e silos, assim como produtores, tentam reduzir o volume ofertado, mas, aos poucos, vão entregando seus estoques para não criar alarde. A boa evolução das colheitas em lavouras paulistas e dos plantios de Inverno no Sul e Centro-Oeste projetam uma boa disponibilidade futura.
O acordo entre o Brasil e EUA, envolvendo a compra de trigo estrangeiro, também preocupa, dado que o cereal é um possível substituto do milho, soja e outros na composição de rações animais.
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