quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

MP suspeita de dinheiro de fundos de pensão na campanha do ex-governador do DF Rodrigo Rollemberg

DF
Hipótese é de procuradores responsáveis pela Operação Circus Maximus, que investiga financiamento do ex-Trump Hotel no Rio

Rodrigo Rollemberg participa de debate na campanha eleitoral Foto: Daniel Marenco/Agência O Globo/02-10-2018

BRASÍLIA —  Parte do dinheiro desviado de fundos de pensãopara financiar o LHS Lifestyle, o ex- Trump Hotel no Rio de Janeiro, pode ter sido usado para bancar despesas de campanha do ex-governador do Distrito FederalRodrigo Rollemberg (PSB), não reeleito para o cargo nas eleições passadas. As suspeitas sobre repasses do dinheiro da corrupção para a campanha do ex-governador foram levantadas pelos procuradores que estão à frente da Operação Circus Maximus, investigação sobre desvios de dinheiro de fundos de pensão para projetos de rentabilidade duvidosa como o LSH e outros empreendimentos.
As irregularidades teriam sido cometidas com a participação de Vasco Cunha Gonçalves, ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), banco do governo do Distrito Federal. Outros diretores da instituição também são suspeitos de envolvimento nas fraudes.
Segundo o Ministério Público, o repasse do dinheiro da propina para a campanha de Rollemberg teria sido intermediado por Ricardo Leal, ex- tesoureiro do ex-governador  ex-presidente do Conselho de Administração do BRB. A transação teve também a participação dos empresários Ricardo Rodrigues, um dos sócios do LHS Lifestyle, e Henrique Domingos Neto, dono da BIAM DTVM.
"Em fevereiro de 2015, Henrique Domingues Neto, sócio da BIAM DTVM, procura Ricardo Rodrigues afirmando que conseguiria um aporte de R$ 3 milhões do RPPS de Santos mediante o pagamento de R$ 250 mil em favor de Ricardo Leal, sendo R$ 100 mil em espécie para saldar dívidas da campanha para o governo do DF", diz nota divulgada pelos procuradores que estão à frente do caso.
O GLOBO procurou o PSB, partido de Rollemberg, mas ainda não teve retorno.
Ao todo, os procuradores investigam pagamento de mais de R$ 16 milhões em suborno para ex-dirigentes do banco estatal em troca de direcionamento de aplicações de fundos de pensão para empreendimentos duvidosos.
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira empresários e executivos do BRB. O único fora do radar da polícia no momento é o empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ex-presidente João Baptista de Figueiredo, o último presidente da ditadura militar. Figueiredo Filho só não foi preso porque está nos Estados Unidos, segundo disse ao GLOBO uma fonte vinculada ao caso.

FONTE: O GLOBO

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