terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Dólar fecha em queda, com reunião ministerial e exterior em foco

ECONOMIA
A moeda norte-americana caiu 0,48%, a R$ 3,7153.
Resultado de imagem para dólar — Foto: Reuters dólar — Foto: Reuters dólar — Foto: Reuters O dólar fechou em queda nesta terça-feira (8), à espera do desfecho da reunião ministerial do governo Jair Bolsonaro e com os investidores aguardando novidades sobre as negociações entre Estados Unidos e China sobre um acordo comercial. A moeda norte-americana caiu 0,48%, a R$ 3,7153. Veja mais cotações. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,86, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Variação do dólar em 2019 Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento Em R$ Dólar comercial Dólar turismo (sem IOF) 28/12 2/1 3/1 4/1 7/1 8/1 3,7 3,8 3,9 4 4,1 3/1 ● Dólar turismo (sem IOF): 3,89 Fonte: ValorPro "O mercado entrou o ano com um viés otimista com o Brasil... além disso, tem a notícia de que a reforma da Previdência tende a ser até mais agressiva do que a de Temer. Isso nos ajuda a descolar do exterior, mesmo marginalmente", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. Ele se referia à notícia trazida pelo jornal "Folha de S.Paulo" de que a equipe econômica do novo governo estuda proposta de reforma da Previdência que prevê uma regra de transição de 10 a 12 anos, período bem mais curto do que os 21 anos previstos na versão do ex-presidente Michel Temer, o que representaria maior economia de gastos. Mesmo que no encontro ministerial desta terça-feira nenhuma medida seja anunciada, o mercado espera, ao menos, que a equipe econômica se alinhe depois do mal-estar da última semana, quando o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “se equivocou” ao dizer que havia assinado um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O episódio levou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a tecer uma série de elogios ao presidente na véspera e defender a existência de coesão na equipe. Cenário externo Os investidores também estavam atentos ao encontro entre representantes dos Estados Unidos e da China, na tentativa de costurar um acordo que dê fim à guerra comercial entre os dois países e ameaça uma desaceleração econômica global, destaca a Reuters. O mercado monitora ainda pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos. Com taxas mais altas, a economia norte-americana se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real. Por isso, os investidores seguem atentos aos indicadores econômicos dos EUA, especialmente os sinais da inflação - já que uma alta dos juros tende a acontecer em um ambiente com inflação em crescimento. Na sexta-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que, apesar do bom momento, o banco central norte-americano será sensível aos riscos ressaltados por investidores e paciente com a política monetária em 2019. Em dezembro, o Fed sinalizou que poderia aumentar os juros duas vezes neste ano, embora o mercado financeiro imagine que a trajetória será ainda mais suave, sobretudo por causa dos temores de desaceleração da economia global. Atuação do BC O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,350 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,46%, vendida a R$ 3,7331.

FOTO: REPRODUÇÃO

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (8), à espera do desfecho da reunião ministerial do governo Jair Bolsonaro e com os investidores aguardando novidades sobre as negociações entre Estados Unidos e China sobre um acordo comercial.
A moeda norte-americana caiu 0,48%, a R$ 3,7153. Veja mais cotações.Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,86, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Variação do dólar em 2019
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
Em R$Dólar comercialDólar turismo (sem IOF)28/122/13/14/17/18/13,73,83,944,1

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 Dólar turismo (sem IOF): 3,89
Fonte: ValorPro
"O mercado entrou o ano com um viés otimista com o Brasil... além disso, tem a notícia de que a reforma da Previdência tende a ser até mais agressiva do que a de Temer. Isso nos ajuda a descolar do exterior, mesmo marginalmente", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
Ele se referia à notícia trazida pelo jornal "Folha de S.Paulo" de que a equipe econômica do novo governo estuda proposta de reforma da Previdência que prevê uma regra de transição de 10 a 12 anos, período bem mais curto do que os 21 anos previstos na versão do ex-presidente Michel Temer, o que representaria maior economia de gastos.
Mesmo que no encontro ministerial desta terça-feira nenhuma medida seja anunciada, o mercado espera, ao menos, que a equipe econômica se alinhe depois do mal-estar da última semana, quando o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “se equivocou” ao dizer que havia assinado um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O episódio levou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a tecer uma série de elogios ao presidente na véspera e defender a existência de coesão na equipe.

Cenário externo

Os investidores também estavam atentos ao encontro entre representantes dos Estados Unidos e da China, na tentativa de costurar um acordo que dê fim à guerra comercial entre os dois países e ameaça uma desaceleração econômica global, destaca a Reuters.
O mercado monitora ainda pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos. Com taxas mais altas, a economia norte-americana se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.
Por isso, os investidores seguem atentos aos indicadores econômicos dos EUA, especialmente os sinais da inflação - já que uma alta dos juros tende a acontecer em um ambiente com inflação em crescimento.
Na sexta-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que, apesar do bom momento, o banco central norte-americano será sensível aos riscos ressaltados por investidores e paciente com a política monetária em 2019.
Em dezembro, o Fed sinalizou que poderia aumentar os juros duas vezes neste ano, embora o mercado financeiro imagine que a trajetória será ainda mais suave, sobretudo por causa dos temores de desaceleração da economia global.

Atuação do BC

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,350 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,46%, vendida a R$ 3,7331.


    FONTE: G1

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