sábado, 6 de outubro de 2018

Estudante da UnB é preso por importunação sexual contra servidora

DF 
Agressão foi nesta sexta no subsolo do ICC Norte, em Brasília. Testemunhas disseram que homem 'estava sem camisa, bastante sujo e deu um tapa no seio da funcionária'.
Alunos no Instituto Central de Ciências (ICC) da Universidade de Brasília (UnB) — Foto: Secom/UnB
Um estudante da Universidade de Brasília (UnB) foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (5), por importunação sexual contra uma servidora pública. Esse tipo de assédio se tornou crime em setembro deste ano. Se comprovada a situação, a pena varia de um a cinco anos de prisão. A vítima, de 36 anos, contou à polícia que chegava ao trabalho na universidade, por volta das 13h, quando um homem "sem camisa e bastante sujo" deu um tapa no seio dela. A mulher gritou por ajuda e os seguranças correram atrás do suspeito. Ele foi detido no local.
Testemunhas disseram que o aluno estava com o "comportamento muito alterado". Os estudantes chegaram a acionar o Samu mas, por conta da agressividade, também chamaram a polícia. O rapaz de 22 anos foi levado à 5ª DP, na mesma região.
Corredor do ICC Norte, UnB — Foto: Bianca Marinho/G1Corredor do ICC Norte, UnB — Foto: Bianca Marinho/G1Corredor do ICC Norte, UnB — Foto: Bianca Marinho/G1

Segurança

Em nota, a UnB confirma que o agressor está matriculado na universidade. O comunicado divulgado neste sábado (6) cita, ainda, que a instituição se solidariza com a vítima, "a quem vem prestando o apoio necessário".
"A UnB repudia qualquer tipo de violência contra a mulher e vem trabalhando diariamente no aprimoramento dos mecanismos de segurança na universidade."

Importunação sexual

lei que tipifica crimes de importunação sexual entrou em vigor em 24 de setembro de 2018. Desde então – em menos de duas semanas de vigência – o DF registrou cinco casos do tipo, que foram enquadrados como crime.
Ocorrências com essa natureza (assédio e/ou ato libidinoso) foram registradas nas seguintes regiões administrativas:
  • Plano Piloto (2 ocorrências),
  • Sobradinho (1 ocorrência),
  • Park Way (1 ocorrência) e
  • Vicente Pires (1 ocorrência)

Lei mais rígida

Denúncias de homens que se masturbam ou ejaculam em mulheres no transporte público, por exemplo, antes da lei eram consideradas "contravenção". Bastava o agressor pagar a multa, que era liberado. Agora, a pena prevista é de um a cinco anos de prisão. O crime é inafiançável.
O texto também aumenta as penas nos casos de estupro coletivo, quando cometido por duas ou mais pessoas. Divulgação de imagens de estupro, cenas de nudez, sexo ou pornografia, sem o consentimento da vítima, também são passível de detenção.

G1 DF

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