Campanha encerra nesta sexta-feira. A meta é vacinar 95% do público-alvo, que são crianças até cinco anos
Jornalista: Jamile Carvalho
A campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite chega ao fim nesta sexta-feira, 31, em todo o Brasil. A meta é vacinar 95% do público-alvo, que são as crianças até cinco anos. Porém, a capital de Boa Vista registra uma cobertura até o momento de 40,31% contra a poliomielite e 40,59% contra o sarampo.
O sarampo é uma doença altamente transmissível e pode levar a sérias complicações, culminando inclusive com o óbito. Por isso é importante a vacinação e atualização do cartão de crianças e adultos.
O estado de Roraima vive um surto de sarampo, doença que já havia sido erradicada no país e foi reintroduzida por conta do fluxo migratório de estrangeiros. Apenas 9.501 crianças dentro da faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde foram imunizadas até o momento em Boa Vista.
Já a poliomielite continua eliminada no Brasil, mas devido registro de casos notificados de paralisia flácida aguda na Venezuela e a baixa adesão de vacinação durante o período de campanha, a doença é uma grande ameaça. Até agora, apenas 9.435 crianças foram imunizadas na capital.
A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda, extremamente grave que leva a um quadro de paralisia flácida. Ou seja, a pessoa pode perder o movimento das pernas, dos braços e pode levar a outras sérias complicações neurológicas.
A jornalista Vanderleia Ferreira é uma das vítimas da poliomielite e contraiu a doença quando tinha apenas dois anos de idade. Hoje, aos 43, convive com as sequelas da pólio e lamenta o descaso atual das pessoas em relação a vacinação.
“Na minha época tudo era muito difícil. Eu não tomei nenhuma vacina. Morava em um sítio, sem acesso a unidades de saúde. Se quisesse tinha que comprar e era muito caro pra gente. Por conta disso, tive algumas dificuldades. Fiquei um ano sem ter qualquer reação a nada. Tive que reaprender a falar, andar. Por sorte, fiquei hoje apenas com um problema auditivo do lado direito”.
Para Vanderleia, é preocupante que a baixa adesão das pessoas em relação a vacina. “Na minha época não tinha o acesso e a facilidade que hoje tem, e ainda assim as pessoas não procuram se vacinar”.
Público alvo – A vacinação contra pólio ocorre de forma indiscriminada, em que todas as crianças menores de 05 anos que chegarem às salas de vacinas devem receber o reforço, independente de já possuir as doses necessárias.
Já em relação ao sarampo, a vacinação é seletiva e de acordo com a avaliação do esquema vacinal. Por isso é importante que os pais e responsáveis procurem uma unidade básica de saúde munidos do cartão de vacina dos filhos, principalmente os da fixa etária de 1 a 4 anos.
Todas as unidades básicas de saúde que possuem sala de vacina, além das salas do programa Família que Acolhe e Cernutri, disponibilizam as doses em horário comercial. A Prefeitura também possui quatro unidades que com horário estendido até meia-noite como Mariano de Andrade (Caranã); Aygara Motta (Cidade Satélite); Délio Tupinambá (Nova Cidade) e Olenka Macellaro (Caimbé).
Nenhum comentário:
Postar um comentário