terça-feira, 3 de julho de 2018

Polícia de Florianópolis investiga duas hipóteses para morte de advogada do DF

BRASIL
Polícia de Florianópolis investiga duas hipóteses para morte de advogada do DF

Mulher foi encontrada por empregada do albergue onde estava hospedada sem sinais de violência. Havia caixas de remédios por perto.


POR Rafaella Panceri 
A Polícia Civil de Santa Catarina tem duas linhas de investigação para o caso da advogada brasiliense encontrada morta em um hostel de Florianópolis (SC) nesta segunda-feira (2). Uma das hipóteses levantadas é de que Aline Stela Xavier Ázara, 37, tenha se suicidado no local, apontado pela Polícia Civil como Floripa Hostel, na rua Duarte Schutell (Centro).
Outro cenário possível é que tenha havido morte natural. A Polícia Militar encontrou medicamentos próximos ao corpo, mas as caixas estavam lacradas. Até o momento, a hipótese de homicídio é descartada porque a vítima não tinha ferimentos pelo corpo.
O delegado Wanderley Redondo, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Florianópolis, relata que os funcionários do albergue perceberam, nesta manhã, que Aline Stela não havia acordado. Ao fazer o procedimento comum de limpeza, uma empregada notou que ela estava morta e a equipe acionou a Polícia Militar por volta das 7h.

A advogada do DF Aline Stela Xavier Ázara, 37 anos, foi encontrada morta por uma faxineira por volta das 7h da manhã desta segunda-feira (2). Ela fez check-in no albergue Floripa Hostel há exatamente uma semana e estava em um quarto coletivo. Foto: Booking
O delegado aguarda o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) para confirmar a causa da morte, mas adianta que há indícios de suicídio. “Foram encontrados vários medicamentos próximos ao corpo”, destaca, “mas ainda há possibilidade de morte natural”.
Isso é uma hipótese porque as caixas de comprimido estavam fechadas e porque a vítima não apresentava ferimentos pelo corpo, como endossa a Polícia Militar de Santa Catarina.
Caso a hipótese de suicídio seja confirmada, será o primeiro caso com essas características registrado em Santa Catarina. “A perícia já foi realizada no local e os funcionários higienizaram o quarto”, relata o delegado.
Síndrome do pânico
Aline Stela chegou ao Floripa Hostel na última segunda-feira (25), sozinha, e estava hospedada em um quarto coletivo. O check-in foi registrado por volta das 22h e os funcionários não notaram “nada de anormal” no comportamento da moça, conforme a Polícia Civil.
Segundo o delegado Wanderley Redondo, a família informou que ela tinha episódios de síndrome do pânico e sofria de depressão.
Até a conclusão desta reportagem, a gerência do Floripa Hostel e a chefia da 13ª Delegacia de Polícia, responsável pela investigação do caso em Brasília, e familiares da advogada não responderam às tentativas de contato do JBr.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (seccional DF), que ajudou na divulgação do desaparecimento, informou estar disponível “a prestar todo o auxílio necessário para a família da advogada”. Acrescentou que, no momento, aguarda a chegada da família até Florianópolis.
Disque 188
Desde junho, o atendimento telefônico do Centro de Valorização da Vida (CVV) é gratuito. Pessoas com transtorno de ansiedade, depressão, vontade de tirar a própria vida ou qualquer um que precise conversar pode fazer uma ligação para o número 188 — de telefone celular, orelhão ou fixo.
O serviço é referência no auxílio na prevenção do suicídio. Disponibiliza voluntários 24 horas por dia para auxiliar possíveis vítimas a buscar ajuda profissional.
A gratuidade é possível por meio de um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017. Antes, o CVV funcionava pelo Disque 141.
FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA 

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