Salão do Livro
Escritor Celso Antunes debate a formação dos professores
02/05/2018 16:25h
O quinto dia do Salão do Livro do Sul e Sudeste do Pará, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) em Marabá, foi um dos mais aguardados por profissionais ligados à educação, devido à presença no Papo Cabeça e no Encontro Literário do professor Celso Antunes, autor de centenas de livros didáticos, muitos dedicados à temática da educação. A importância de ler, a maneira de exercitar a memória e a formação dos professores foram temas abordados pelo escritor.
“Assim como os músculos aumentam no tamanho da proporção, acontece com a mente. Se você exercita sua memória, sua linguagem, seus pensamentos, aquilo vai progredindo de uma forma extraordinária. Pense que a sua inteligência está no patamar que você a deixou”, frisou.
Segundo Celso Antunes, a formação de pedagogos e professores poderia ter um lado prático mais extenso, como em cursos da área da saúde. “Em qualquer área ligada à saúde nenhum profissional conclui totalmente seu curso sem a residência, momento que ingressa em atividades que o levam a exercer a prática. Infelizmente, no Brasil não existe a residência na área de pedagogia para professores. A gente sabe que no máximo existe aquele estágio supervisionado”, pontuou.
Formação pedagógica - A explicação chamou a atenção da professora Rosimar dos Santos, que considerou “mais interessante a questão da mente humana. Ele é um educador da nossa geração, eu sempre leio os livros dele. Gosto muito quando ele fala da memória e da pedagogia, e fiquei muito feliz ao ouvir o que o professor falou da formação pedagógica, que poderia ter uma residência como no curso de medicina".
Para o mediador do Papo Cabeça, o escritor paraense Daniel Leite - que atualmente faz doutorado em Portugal -, “o Celso Antunes, além de ser um grande pensador em nível mundial sobre o acesso ao conhecimento, sobre educação, sobretudo é um homem que, na minha leitura, mostra esse processo que ele teve da educação para a sensibilidade, que eu acho que a gente precisa sempre lembrar. O conhecimento tem que vir como uma resposta sensível ao mundo. Estou em Portugal há três anos com minha pesquisa de doutorado, mas eu gosto muito disso. No fundo eu sou um mediador, aprendo um monte de coisas, sempre estou à disposição de vir e fazer essas mediações”.
Auditório João Brasil – Nesta quarta-feira (2), o bate-papo no Auditório João Brasil é sobre crendice popular com o escritor Antônio Juracy Siqueira; na quinta-feira (3), Walmir Gomes falará sobre o perfil do jovem contemporâneo, e na sexta-feira (4) o tema será imagem e reputação nas redes sociais, abordado pela jornalista Ana Lacerda.
Já o encontro literário desta quarta-feira apresenta os escritores Antonio Juraci Siqueira, Javier de Mayrabá e Zeca Tocantins. Na quinta, será a vez dos poetas Airton Souza, Eleazar Carrias e Rosa Peres. Na sexta-feira, o encontro será com Ignácio de Loyola Brandão.
Por Kelia Santos
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