Santa Casa é referência em atendimento a pacientes com fissura labiopalatal
23/04/2018 11:52h
A Fundação Santa Casa do Pará acaba de ser designada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), como hospital de referência para o atendimento de pacientes portadores de fissura labiopalatal. A primeira cirurgia já ocorreu no dia 20 deste mês.
A primeira criança a ser atendida pela Fundação para esse tratamento veio de Marudá, no município de Marapanim, no nordeste paraense, juntamente com a mãe, Lúcia Ferreira da Luz. Ela não conteve a emoção ao ver a filha, de dois anos, sendo tratada e com a possibilidade de não sofrer os mesmos constrangimentos vividos pela irmã, também com problema de fissura labiopalatal.
"Minha filha, de 18 anos, passou por muitas situações tristes por causa desse problema. Por vergonha, até desistiu de estudar. Já a minha filhinha de dois anos, que agora está sendo operada, vai ficar bem e não irá passar pelas mesmas situações. Estou muito feliz, ela terá uma vida normal" disse.
A cirurgiã plástica responsável pelo procedimento, Cynthia Rocha ressaltou que a cirurgia ocorreu conforme o esperado; a criança passa bem e deve receber alta nas próximas 24 horas.
Conforme o Ministério da Saúde, a incidência de pessoas com fissura labiopalatal no Brasil é de um para cada 650 nascimentos. Essa incidência cresce com a presença de familiares fissurados e quando existe predisposição hereditária. Acredita-se que a conjugação de fatores ambientais pode precipitar o aparecimento da anomalia, sendo uma dessas causas, o não acompanhamento adequado da gestação, por meio do pré-natal, além da ausência de diagnóstico precoce da enfermidade e de informações seguras sobre a incidência da malformação congênita.
A partir de agora, os pacientes de todo o Estado do Pará, que aguardavam cirurgias e outros procedimentos referentes a esse tipo de atendimento, serão atendidos pela equipe multiprofissional da Santa Casa composta por médicos - pediatras, otorrinolaringologistas e cirurgiões plásticos - ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos, geneticistas, radiologistas e protéticos, visando a reabilitação morfológica, funcional e psicossocial.
Colaboração (texto): Joelza Silva
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