terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Governo britânico oferece bolsas de estudos para pós-graduação no país

Governo britânico oferece bolsas de estudos para pós-graduação no país

27/02/2018 08:59h
A secretária de Estado de Municípios Sustentáveis, Izabela Jatene, falou sobre os desafios da sustentabilidade na Amazônia durante o evento Amazon Summer School, promovido pelo programa Chevening - que oferece bolsas de estudos de mestrado financiadas pelo Reino Unido e pelas Universidades da Amazônia (Unama) e Federal do Pará (UFPA). A coordenadora de Relações Internacionais do Governo do Estado, Larissa Chermont, também participou da programação, realizada na noite desta segunda-feira, 26, no auditório David Mufarrej, da Unama Alcindo Cacela.
Na ocasião, Izabela Jatene falou das ações governamentais em direção a uma nova forma de gestão, que alie desenvolvimento econômico ao social, e mostrou como se formou a estrutura do Pará Sustentável, que é o guarda-chuva no planejamento governamental do Pará 2030, Pará Social e Pará Ambiental. “Uma gestão responsável é o único caminho possível para o desenvolvimento sustentável, por isso o Governo estreitou os laços com os municípios, por meio da Secretaria de Municípios Sustentáveis”, explicou a titular da Semsu.
Izabela Jatene também ressaltou a importância de se discutir a Amazônia com a sociedade e, em especial com acadêmicos que entendem a importância do tema, e de se trocar experiências com outros países. “É uma chance de alavancar novas pesquisas, novos estudos, mas, sobretudo, trabalhar com essa possibilidade de intercâmbio, ou seja, fazer com que estudantes, professores, pesquisadores possam levar um pouco da nossa Amazônia, pela qual nós somos responsáveis, e trocar esse conhecimento com o Reino Unido, Estados Unidos e Europa de uma forma geral, sem esquecer-se de voltar com esse conhecimento”, ponderou a secretária de Municípios Sustentáveis.
O governo do Reino Unido, por meio do programa Chevening, oferece bolsas de estudos de mestrado financiadas pelo governo britânico com o objetivo de desenvolver indivíduos talentosos de todo o mundo, os quais demonstram liderança e possuem potencial para crescer e atingir cargos de influência. Os bolsistas atuam como embaixadores do Reino Unido, criando uma rede de atores e tomadores de decisão que queiram construir pontes entre o Brasil e o Reino Unido.
O debate promovido por membros da academia e do Governo do Estado, além de ex-bolsistas Chevening, priorizou o compartilhamento de experiências internacionais, a fim de provocar os estudantes e interessados a submeterem seus projetos de pós-graduação em universidade renomada do Reino Unido, como University of Oxford, University of Cambridge, University College London, University of Edinburgh, University of Manchester, University of Glasgow, entre outras.
O diretor da Pró-Reitoria de Relações Internacionais da UFPA, Cláudio Szlafsztein, mostrou que no mapa da Amazônia não é possível delimitar fronteiras e fez um comparativo com várias áreas que também não se limitam às fronteiras entre países. “Globalização, ciências, multinacional, isso tudo mostra que não há fronteiras que nos delimitem, por isso se permitam estudar fora, aproveitem essa experiência internacional, sejam pessoas adaptáveis”, reiterou.
“A experiência de morar e estudar fora é excepcional”, destacou Eduardo Mack, coordenador do Programa Chevening no Brasil. Ele falou da experiência como ex-bolsista do programa e lembrou que a Internet é um facilitador para quem busca a vivência em outros países. “É muito fácil conseguir as informações necessárias para se submeter à análise da bolsa. Se inscrevam”, finalizou.
O coordenador do curso de Relações Internacionais da Unama, William Monteiro, disse que o objetivo do evento é demonstrar que é possível ter acesso às bolsas oferecidas. “Aquilo que temos de muito rico é o nosso capital humano e temos muito o que trocar com os outros países”.
Para Larissa Chermont, coordenadora de Relações Internacionais do Governo do Estado, não se trata de uma questão de reter conhecimento, mas de ter rumos para onde se quer ir com políticas de ciência e tecnologia, de educação. “Como podemos atuar na internacionalização da nossa região, precisamos entender que temos massa crítica, temos pessoal e temos políticas públicas responsáveis por essa disseminação e internacionalização”, pontuou a ex-bolsista do programa sobre a importância de projetos como o Chevening.
As bolsas de estudo Chevening são concedidas desde 1983 pelo governo britânico para alunos de mais de 160 países, incluindo o Brasil, que tenham sido aprovados em universidades do Reino Unido. As bolsas são para mestrados de no máximo um ano – em qualquer área e em qualquer universidade do Reino Unido. Não há limite de idade para se candidatar. Atualmente, existem cerca de 43 mil ex-bolsistas Chevening pelo mundo. Mais detalhes em www.chevening.org.
Por Dani Filgueiras

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