BofA diz que se o País precisa melhorar relação dívida/PIB e defende reforma da Previdência como saída ‘saudável’


Jornal GGN - O banco norte-americano Bank of America Merrill Lynch (BofA) se soma as entidades internacionais que pressionam o Brasil para realizar a reforma da Previdência. Em um recente relatório assinado pelos economistas David Beker e Ana Madeira, a instituição prevê que o país deverá ter a sua nota rebaixada pelas agências internacionais de rating caso não consiga conter o crescimento da dívida pública. As informações são do Estado de S.Paulo.
Segundo o BofA a relação entre o nível de endividamento do governo e o Produto Interno Bruto (PIB) deve superar em breve os 80% apontando a reforma da Previdência como um fator importante para reverter esse movimento. Ao mesmo tempo, o banco se referiu a "expansão da economia brasileira", que redunda na elevação da arrecadação do governo, os juros baixos como fatores que podem contribuir com a economia local e impedir que Moody's e a Fitch repitam o movimento da S&P Global Ratings, que rebaixou a nota do Brasil em janeiro.
Um dos indicadores de solvência (se o governo tem fluxo de caixa suficiente para gerenciar suas dívidas) é relação dívida/PIB que é monitorada pelas agências de risco. O BofA ressalta que a relação subiu de 70% em 2016 para 74% em 2017 no Brasil e, dependendo do ritmo poderá superar 80% no ano que vem.
A instituição aponta em nota que "a sustentabilidade de longo prazo da dívida depende de medidas fiscais adicionais, das quais a mais importante é a reforma da Previdência", entretanto achando "baixa" a possibilidade do Congresso brasileiro em aprovar as mudanças no INSS.
"A Moody's e a Fitch têm uma perspectiva negativa para o rating do Brasil e ainda precisam anunciar uma decisão. Não há um claro 'timing' para a revisão, mas uma rejeição da reforma da Previdência pode desencadear um rebaixamento", conclui o relatório.
FONTE: JORNAL GGN
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