domingo, 21 de janeiro de 2018

Saúde



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Metropolitano realiza mais de 600 mil atendimentos em 2017

21/01/2018 14:10h
O agente de trânsito Paulo da Silva Rosa completou 40 anos em 2017 em meio a uma tragédia pessoal. Dois dias antes de seu aniversário, em 10 de dezembro, o servidor público da Prefeitura de Breu Branco (PA), cidade localizada no sudeste do Estado, recebeu uma descarga elétrica que causou queimaduras nele e no filho de três anos.
Paulo e o menino brincavam em uma propriedade da família na zona rural do município, quando o servidor público encostou em um fio de alta tensão de uma rede, que se pensava até então estar desativada. Ao ver o pai ser atingido pela descarga, o garoto se abraçou à perna direita de Paulo e também foi eletrocutado.
Pai e filho receberam os primeiros atendimentos em Tucuruí  e foram transferidos 12 dias depois para o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. O centro é referência no tratamento de queimados para a região Norte.
O servidor público e o filho foram dois dos 511 pacientes vítimas de queimaduras atendidos no CTQ em 2017. Além do atendimento especializado a queimados, a unidade acumulou 604.961 atendimentos durante o ano, entre cirurgias (10.589), exames (372.685), internações (8.439), sessões de Fisioterapia (61.455), sessões de Terapia Ocupacional (8.935), atendimentos de Serviço Social (73.714), atendimentos de Psicologia (19.487), além de atendimentos de urgência e emergência e consultas ambulatoriais (49.657).
O acidente deixou sequelas com as quais Paulo terá que conviver pelo resto da vida. A principal delas é a amputação do antebraço esquerdo. A criança recebeu alta do Metropolitano, unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), na última segunda-feira (15).
O menino, que teve queimaduras na face e no couro cabeludo, visita o pai regularmente e dá forças para sua recuperação. O apoio da família é fundamental na recuperação do servidor público. “De agora em diante é cuidar da recuperação. Nós estamos felizes porque ele está vivo”, disse a mãe, a professora Rosária da Silva Rosa.
Rogério Kuntz, diretor-geral da unidade, conta que 2017 foi um ano extremamente importante para o Hospital Metropolitano, no qual a unidade consolidou seu perfil assistencial e a sua vocação em salvar vidas, como a  principal referência no tratamento do trauma e de queimados no Estado do Pará. "Para 2018, estamos investindo na melhoria contínua dos nossos processos e assim, ampliar a segurança e qualidade da assistência aos nossos pacientes", revelou o diretor.
Ação do Bem
Além do grande volume de atendimentos em 2017, o Hospital Metropolitano participou do projeto “50 Ações do Bem”, lançado pela Pró-Saúde para comemorar os 50 anos de atuação da entidade beneficente. A primeira ação do HMUE foi o lançamento do “Amiguinho do Metropolitano”, um boneco terapêutico lançado no Dia do Amigo, em julho.
A segunda Ação do Bem foi voltada para a orientação de pessoas com deficiência (PCD) visando sua entrada no mercado de trabalho. Colaboradores do setor de Gestão de Pessoas foram até a Associação Paraense de Pessoas com Deficiência (APPD), em Belém (PA), para levar instruções sobre a preparação para entrevista de emprego, elaboração eficaz do currículo e a importância da qualificação.
Durante o Círio de Nazaré, a unidade desenvolveu duas Ações do Bem. A primeira foi o apoio à campanha de sensibilização contra o trabalho infantil do Tribunal Tribunal Regional do Trabalho da 8º Região (TRT8) e o atendimento a romeiros do Círio de Nazaré. A unidade montou um posto de atendimento na rodovia BR-316. Foram disponibilizados curativos, massagens, além de lanches e água. Durante o Círio Fluvial nas águas da Baía do Guajará, a equipe realizou atendimentos ocasionados por mal-estar.
Na grande romaria do domingo, os colaboradores, residentes profissionais e estagiários da área de Saúde fizeram atendimentos em um posto montado na Caixa Econômica Federal na avenida Presidente Vargas, no centro de Belém. 
Em dezembro, o HMUE realizou a última Ação do Bem com uma edição especial do projeto 'Laços' focada em desospitalização. Uma parceria com o programa 'Melhor em Casa', do Governo Federal, levou esclarecimento às famílias de pacientes de longa permanência na unidade, cujo perfil coincide com o atendido pelo programa.
Cozinha certificada - A cozinha do HMUE foi reconhecida com o selo Green Kitchen. A certificação verifica o padrão de qualidade em termos de aspectos sociais e ambientais dos serviços de alimentação promovido pela Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam). Saiba mais aqui
Ensino e pesquisa de excelência
As pesquisas científicas desenvolvidas pelos integrantes do programa de Residência Multiprofissional do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) têm permitido que a unidade tenha mais informações sobre os resultados dos procedimentos clínicos em pacientes com queimaduras. Os trabalhos permitem ainda que a unidade trace o perfil do público infantil atendido no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).
O diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará, Paulo Czrnhak, explica que o Hospital Metropolitano tem um papel primordial de salvar vidas, mas também, de formar profissionais, para que assim o serviço de urgência e emergência da rede pública de saúde possa ser cada vez mais resolutivo.
"Para que haja uma saúde pública eficiente é necessário que hajam profissionais capacitados e que compreendam a importância de serem ágeis. No Hospital Metropolitano estamos fazendo isso. Incentivamos nossos residentes e graduandos que passam pela instituição a compreender que a saúde vai além da ciência, requerendo amor e ouvir o paciente. Estamos formando profissionais que humanizam a saúde e respeitam os direitos do paciente, garantindo, a segurança necessária para o tratamento", comentou.
Por Karla Soares

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