Grupos de trabalho iniciam debates sobre o Plano Mineiro do Artesanato
Trabalhos serão divididos em Legislação e Políticas Públicas; Comercialização; Desenvolvimento Regional; Inclusão e Desenvolvimento Social; e Salvaguarda dos Mestres Artesãos
Plano Mineiro do Artesanato tem previsão de lançamento para março
O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), oficializou nessa terça-feira (30/1) a instalação dos cinco Grupos de Trabalho que irão apresentar diretrizes para a primeira política pública de artesanato no Estado de Minas Gerais – o Plano Mineiro Mais Artesanato. O Plano Mineiro do Artesanato tem previsão de lançamento para o próximo dia 19 de março.
Os grupos de trabalho serão compostos por representantes da área econômica do Governo como o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico (Indi) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig); secretários de Estado; representantes do Legislativo Estadual, de associações de artesãos e artistas renomados como a pintora Yara Tupynambá.
Professores, reitores e líderes de associações felicitaram o governo mineiro pela iniciativa da criação do Plano mineiro do artesanato. "Me sinto emocionado neste dia de hoje, nunca tivemos o olhar e a atenção que estamos tendo agora", afirmou Gutti Piannetti, presidente da Federação do Artesanato de Minas.
Eles se dividirão em cinco grupos de trabalho: Legislação e Políticas Públicas; Comercialização; Desenvolvimento Regional; Inclusão e Desenvolvimento Social; e Salvaguarda dos Mestres Artesãos. Os grupos serão responsáveis por elaborar diagnósticos que subsidiarão a escolha de prioridades e linhas de ação; apoiar o trabalho de sistematização do texto; organizar, junto com Comitê Gestor do Projeto Mais Artesanato, eventos e fóruns para debater e divulgar o plano; e acompanhar e apoiar ações necessárias à sua implementação.
Também serão realizadas seis rodadas de reuniões com artesãos e membros da sociedade civil das cidades de Jequitinhonha, Diamantina, Congonhas, Ouro Preto, Juiz de Fora, Montes Claros e Belo Horizonte. Segundo o secretário de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), Wadson Ribeiro, o programa tem como principal objetivo retirar o artesanato da lateralidade.
“Precisamos ter consciência de que mais de 300 mil famílias mineiras têm no artesanato sua principal fonte de renda. Além de toda a questão histórica e cultural do nosso artesanato ele também precisa ser reconhecido como vetor de desenvolvimento econômico”, explica Wadson.
Dados do Sebrae apontam que o artesanato de Minas Gerais corresponde a 10% do setor nacional e movimenta anualmente cerca de R$ 3 bilhões. O Governo de Minas Gerais tem realizado uma série de ações para identificar e valorizar a produção artesanal.
Ao longo de 2017 foram realizados mutirões de cadastramento da Carteira Nacional do Artesão em todo Estado. No total foram cadastrados mais de dois mil artesãos— um aumento de 75% no número de emissão de carteiras em relação a 2016.
Para Wadson além de representar a cultura de uma região, o artesanato também é um forte alento econômico neste momento de crise. “Muitas pessoas, na maioria mulheres, têm na atividade comercial do artesanato um importante apoio neste momento de recessão”, afirma Ribeiro.
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