quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Defesa Agropecuária retira Sandolândia da área de foco do mormo

Defesa Agropecuária retira Sandolândia da área de foco do mormo

O Tocantins conta com 271,9 mil equídeos e, para se tornar zona livre do mormo, é preciso estar três anos sem notificação de focos da doença

O Tocantins avança mais uma vez no combate ao mormo, doença infectocontagiosa, com a retirada do município de Sandolândia, localizado na região sudoeste do Estado, da área de foco da doença, após a conclusão do saneamento das propriedades rurais. Agora, fica autorizada a realização de eventos de equídeos (equinos, asininos e muares), desde que fiscalizados pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). Com a conquista, apenas ficarão suspensas cavalgadas e tropeadas nos municípios de Palmas e Formoso do Araguaia, onde há propriedades passando pelo saneamento e nos municípios limítrofes.
De acordo com o presidente da Adapec, Humberto Camelo, a Agência está colhendo frutos de um trabalho sério, pautado em orientações técnicas, palestras e ações de controle, prevenção e erradicação da doença. “Já conseguimos baixar em 57% a incidência de novos casos de Mormo e concluímos o saneamento em 90% das propriedades focos, restando apenas três para finalizarmos o processo. Nosso principal objetivo é tornar novamente o Estado livre da enfermidade”, disse.
Instrução Normativa
A conquista está de acordo com a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 06, de 16 de janeiro de 2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que adota diretrizes gerais para prevenção, controle e erradicação do mormo no Território Nacional, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE).
O Tocantins já se antecipou e cumpre grande parte das exigências previstas na IN, a exemplo da realização de capacitação específica para médico veterinário da iniciativa privada e cadastro no Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos (Pese); atualização cadastral dos equídeos; identificação de vínculos epidemiológicos com investigação da movimentação de equídeos, dos últimos seis meses, das propriedades focos e das propriedades vizinhas, além de já realizar comunicado sobre a doença às autoridades locais de saúde pública, entre outros.
Em relação à IN, o presidente considera mais um reforço no direcionamento das atividades executadas pelos órgãos oficiais em todo o país. “Desde que a doença surgiu em 2015 no Estado, temos colocado em prática estratégias para impedir sua disseminação, por isso consideramos que a nova medida vem reforçar o trabalho que já está sendo realizado”, enfatizou.
Segundo o responsável pelo Pese, Raydleno Mateus Tavares, o próximo passo é concluir o saneamento das propriedades restantes, reforçar a investigação de animais suspeitos e intensificar ainda mais o trânsito de equídeos. “Para o Tocantins se tornar zona livre do mormo, é preciso estar três anos sem notificação de focos da doença, além de passar pelos processos normativos do Mapa, mas estamos engajados nessa luta”, ressaltou. O Tocantins conta com 271,9 mil equídeos.
Trânsito
No Tocantins, as aglomerações de equídeos só poderão ser autorizadas após vistoria dos técnicos da Adapec, além disso, para realizar o trânsito desses animais é obrigatório apresentar a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), exames negativos e dentro do prazo de validade para Mormo e Anemia Infecciosa Equina (AIE). Em caso de participação em eventos pecuários, além destes exames citados é preciso apresentação da comprovação de vacinação contra Influenza.
Dinalva Martins/Governo do Tocantins





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