Carnaval
Casais de Mestre-sala e Porta-bandeira são destaque no desfile das Crias
19/01/2018 09:51h
A equipe de produção da Escola de Samba Crias do Curro Velho segue na preparação para o desfile do Carnaval 2018, que será no dia 3 de fevereiro. Entre as indumentárias que estão sendo confeccionadas, o destaque fica com as fantasias de Mestres-Salas e Portas-Bandeiras, que se encontram na fase de acabamento.
A função de Mestre-Sala e Porta-Bandeira tem grande importância em uma escola de samba. O casal é o responsável por conduzir e apresentar a bandeira da agremiação ao público durante o desfile. Daí, o esmero dos figurinistas e costureiras para fazer com que os casais brilhem na passarela com belas fantasias. A produção já dura duas semanas e aposta no uso de materiais simples.
O responsável pela equipe de produção das fantasias de Mestres-Salas e Portas-Bandeiras, Bach Sampaio, afirma que a equipe vem usando de toda criatividade para montar os figurinos com o uso de material guardado de desfiles anteriores e também fruto de doações. “Estamos correndo para terminar essas fantasias no prazo. O material que utilizamos vem de fantasias usadas em desfiles carnavalescos do sudeste do país que são doadas ao Curro Velho. Aqui conseguimos reaproveitá-los e, por vezes, de uma única fantasia desmontada fazemos até outras duas novas, de acordo com o que pede o figurino dos personagens”, afirma.
Criatividade e diversidade
O design das fantasias fica a cargo de Raimundo Júnior. Mas, de acordo com Bach Sampaio, o objetivo é chegar quase ao mesmo ponto desenhado previamente. “Não há necessidade de seguirmos fielmente o desenho dele. Trabalhamos com o que temos, então enxugamos ao máximo com o uso de cetim e outros materiais”, esclarece.
Bach Sampaio revela que duas fantasias de portas-bandeiras já estão em fase de acabamento e a terceira começou a ser montada. “Teremos a representação da Indústria e Natureza, o Sol com a Lua, o Lagarto e a Borboleta. O primeiro porta-estandarte será um anjo. Ainda estamos criando o segundo casal, em cima do samba-enredo”, revela.
O quarto casal serão os ciganos, personificados por pessoas com deficiência, que vão puxar a ala de cadeirantes e especiais. “É preciso uma produção diferenciada, pois a bandeira já pesa um quilo e meio, mas o peso aumenta durante o percurso”, comenta.
Voluntariado
A comunidade interessada pode participar da produção de forma voluntária. A bióloga, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Márcia Bezerra, de 45 anos, é uma dessas pessoas. “Comecei aqui participando das oficinas de artesanato, como forma de eliminar o estresse do dia a dia. Fiquei feliz com o convite para ajudar no Carnaval. Vou amar ver as crianças desfilando”, afirma.
(Colaboração Victor Barra)
Por Andreza Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário