Ministério Público Federal pede que Delcídio perca benefícios da delação premiada
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O ex-senador Delcídio do Amaral foi cassado em 2016. (Foto: Leandro Abreu/G1MS)
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O Ministério Público Federal do Distrito Federal pediu à Justiça nesta
sexta-feira (1º) que o ex-senador Delícido do Amaral perca os benefícios
do acordo de delação premiada. De acordo com o MPF-DF, Delcídio mentiu
em depoimentos aos procuradores e à Justiça.
O procurador do MPF-DF Ivan Marx se manifestou em alegações finais
enviadas à Justiça no processo que investiga suposta compra do silêncio
do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
As investigações se basearam nos depoimentos de Delcídio, que disse que
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o banqueiro André Esteves,
do banco BTG, teriam encomendado ao senador o silêncio do Cerveró.
No entanto, para Marx, o silêncio do ex-diretor, de acordo com as
provas coletadas, não foi encomendado e interessava apenas a Delcídio.
“Delcídio estava agindo apenas em interesse próprio. E Cerveró estava
sonegando informações no que se refere a Delcídio, e não sobre Lula, a
quem inclusive imputava fatos falsos, no intuito de proteger Delcídio”,
diz o documento.
O MPF conclui o documento pedindo as condenações, além de Delcídio, do
ex-assessor dele, Diogo Ferreira, do advogado Edson Ribeiro, de Maurício
Bumlai e do pai dele, o pecuarista José Carlos Bumlai pelos crimes de
obstrução de justiça e patrocínio infiel.
Absolvição de Lula e Esteves
No mesmo documento, o MPF-DF pediu a absolvição de Lula e Esteves no processo.
O órgão diz não ter encontrado evidências de que Lula e André Esteves cometeram crimes de obstrução de Justiça.
Na época da delação de Delcídio, Esteves chegou a ser preso.
Histórico
Em 2015, Delcídio foi gravado
pelo filho de Cerveró oferecendo ajuda para o ex-diretor escapar do
país, em troca de Cerveró não fazer acordo de delação premiada. A
gravação foi entregue ao Ministério Público. De acordo com os
investigadores, Delcídio oferecia R$ 50 mil mensais a Cerveró.
G1 DF
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