terça-feira, 26 de setembro de 2017

BRASIL

Greve nos Correios atinge 23 Estados e DF; SP e RJ também podem parar

A greve dos funcionários dos Correios completou sete dias nesta terça-feira (26) e atinge agora 23 Estados e o Distrito Federal, segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares). De acordo com a entidade, a paralisação é parcial. (Veja os locais abaixo)Trabalhadores da região metropolitana de São Paulo, Bauru (no interior do Estado) e os Estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão ainda não estão em greve, mas os sindicatos desses locais farão assembleia nesta terça-feira para decidir se vão paralisar, ou não, suas atividades.Conta não chegou por causa da greve? Ainda assim tem que pagar.
Entre as reivindicações, a federação queria reajuste salarial de 8% e aumento de outros benefícios. "Além de adiar a negociação por três vezes e jogar vários temas para depois do combinado, a empresa segue retirando cláusulas e sugerindo alterações que ferem apenas os direitos dos trabalhadores", informa nota da entidade. A federação também é contra a privatização dos Correios.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que uma oferta inicial de ações na Bolsa pode ser uma boa alternativa para os Correios, como um passo anterior à privatização total.Serviços afetadosDe acordo com o último balanço divulgado pelos Correios, 9,41% dos funcionários não foram trabalhar nesta terça-feira. Na segunda-feira (25), 9,23% dos empregados não tinham comparecido, de acordo com a empresa.Os Correios afirmam que os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão com postagens suspensas para: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e algumas cidades do interior de São Paulo."O volume dos serviços com hora marcada postado para esses destinos representa apenas 0,5% de todas as encomendas entregues pelos Correios e a suspensão foi realizada com o intuito de redirecionar os recursos para os demais serviços, que são os mais utilizados pelos clientes", afirmam os Correios, em nota.A empresa diz que sua rede de atendimento está aberta em todo o país e que os demais serviços, inclusive o Sedex e o PAC, "continuam sendo postados e entregues em todos os municípios do país, sem exceções".
A empresa diz, ainda, que realizou um mutirão no final de semana para manter o serviço em dia, tendo sido entregues 1,7 milhão de cartas e encomendas, e que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) concedeu liminar na segunda-feira determinando que os sindicatos garantam no mínimo 80% dos trabalhadores em cada unidade dos Correios, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia se isso for descumprido.Entidades de defesa do direito do consumidor alertam que, mesmo com a greve, os clientes devem pagar em dia contas que chegarem atrasadas, para evitar multas.Estados afetados pela greveVeja os locais de paralisação, segundo a Fentect: AcreAlagoasAmapáAmazonasBahiaDistrito FederalCearáEspírito SantoGoiásMato GrossoMato Grosso do SulMinas Gerais ParáParaíbaParanáPernambucoPiauíRio Grande do NorteRio Grande do SulSão Paulo (Campinas, Santos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Vale do Paraíba)RondôniaRoraimaSergipeSanta CatarinaSP e RJ podem entrar em greveA região metropolitana de São Paulo, Bauru (SP) e os Estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão ainda não foram afetados pela greve.Isso porque os trabalhadores desses locais são representados por outra federação, a Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios), que ainda não aprovou a paralisação.Assembleias dos sindicatos ligados à Findect estão marcadas para esta terça-feira, quando pode ser aprovada a greve.A Findect orienta os sindicatos a aprovarem a greve. Ela diz que a proposta apresentada pelos Correios prevê reajuste salarial de 3% só em janeiro do ano que vem, ponto "que impossibilita o fechamento de um acordo", segundo a entidade.Os sindicatos querem que o reajuste seja retroativo à data-base da categoria, que é 1º de agosto.De acordo com a Findect, apenas a região metropolitana de São Paulo e o Estado do Rio de Janeiro, juntos, representam 70% do fluxo postal do Brasil. A entidade representa cerca de 40 mil funcionários dos Correios, ou aproximadamente 40% do total de trabalhadores da empresa.

FONTE: UOL

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