O julgamento da denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Fernado Collor
(PTC-AL) pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e
organização criminosa foi interrompido hoje (15) após a sustentação do
advogado de defesa e será retomada na próxima terça-feira (22) com os
votos dos integrantes da Segunda Turma, colegiado responsável pelo
julgamento. Além do relator Edson Fachin, que leu nesta terça-feira seu
relatório, devem votar os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo
Lewandowski e Celso de Mello. O senador Fernando Collor pode virar réu nas investigações da Operação Lava JatoAntônio Cruz/Arquivo/Agência Brasil A
defesa do senador Fernando Collor (PTC-AL) defendeu no Supremo Tribunal
Federal (STF) a rejeição da denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o parlamentar. No julgamento, Collor pode virar réu nas investigações da Operação Lava Jato.
O
defensor de Collor sustentou durante o julgamento que não há prova de
que o parlamentar teria recebido dinheiro desviado. Para o advogado
Juarez Tavares, não há ato de ofício que possa comprovar contrapartida
por parte do senador para receber a suposta propina.
"Não há
prova efetiva de que o senador Collor de Mello tivesse recebido dinheiro
destas entidades às quais estaria vinculado, ou seja, a BR
Distribuidora, os postos de gasolina ou as empresas privadas às quais
fazia contrato. Não há uma prova de que o ingresso nas contas do senador
advém dessas empresas ou de atos vinculados à realização desses
contratos”, disse. PGR
A PGR acusa o
parlamentar de receber R$ 29 milhões em propina pela suposta influência
política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. Segundo o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, além de Collor, estão
envolvidos no suposto esquema a mulher do senador, Caroline Collor, e
mais seis acusados que atuavam como “operadores particulares” e “testas
de ferro” no recebimento dos valores.
A denúncia afirma que o
senador comprou carros de luxo com o dinheiro da suposta propina. Entre
os veículos estão um Lamborghini, avaliado em R$ 3,2 milhões, uma
Ferrari (R$ 1,4 milhão), um Bentley e duas Land Rover. Em julho de 2015,
os carros de luxo foram apreendidos na residência particular do senador
em Brasília, conhecida como Casa da Dinda.
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