CCJ pode votar proposta que cobra de preso custo por monitoramento eletrônico
As despesas com
monitoramento eletrônico poderão ser custeadas pelo condenado de acordo
com proposta que está na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) de quarta-feira (16). Na reunião, marcada para as 10h,
os senadores analisarão uma pauta com 42 itens.
O PLS 310/2016,
do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), autoriza ainda, que o pagamento das
despesas de monitoramento eletrônico seja descontado da remuneração do
trabalho do preso.
Ao justificar a
proposta, Bauer cita dados do primeiro diagnóstico nacional sobre
monitoração eletrônica do Departamento Penitenciário Nacional (Depen),
que mostra a existência de dez situações em que os presos no Brasil são
monitorados, somando mais de 18 mil pessoas sob vigilância. O estudo
também aponta que são gastos em média R$ 300 por mês para monitorar
condenados. O principal item utilizado é a tornozeleira eletrônica.
"O gasto com a
manutenção do monitoramento eletrônico representa apenas 12% das
despesas de um condenado encarcerado. A sociedade brasileira não pode e
não deve arcar com esse custo", argumenta Bauer.
A relatora,
senadora Simone Tebet (PMDB-MS), é favorável à proposta. Ela apresentou
emenda para possibilitar aos presos comprovadamente hipossuficientes,
segundo decisão judicial, a isenção do pagamento das despesas com o
monitoramento eletrônico.
Arma branca
Os senadores vão
analisar também projeto que tipifica o crime de porte de arma branca. O
relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), lembra que a utilização
crescente desse tipo de arma para o cometimento de crimes revela a
necessidade de endurecimento do tratamento penal. Ele apresentou
relatório favorável ao PLS 320/2015, do senador Raimundo Lira (PMDB-PB),
e optou pela rejeição do PLS 311/2015, do senador Romero Jucá
(PMDB-RR), que tramita em conjunto.
O texto a ser
votado considera crime portar artefato perfurante, cortante ou
contundente, com a finalidade de praticar crime. A pena é de detenção de
um a seis meses, e multa.
Acúmulo de cargos
Consta ainda da pauta a proposta de emenda à Constituição (PEC 14/2015), do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que permite profissionais da engenharia e arquitetura exercerem cumulativamente dois cargos públicos.
O autor argumenta
que é crescente a demanda pelo trabalho desses profissionais nas áreas
de infraestrutura e tecnologia, bem como nas atividades fiscalizatórias
das prefeituras. Para ele, esse fato, aliado às condições especiais de
trabalho de engenheiros e arquitetos, justifica a extensão a esses
profissionais da permissão de acumular cargos, já aplicada a professores
e profissionais de saúde, desde que haja compatibilidade de horários.
O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), é favorável à proposta.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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